A colombiana Leonor Espinosa foi eleita a melhor chef do mundo na categoria feminina do The World’s 50 Best Restaurants, prêmio promovido anualmente pela revista britânica Restaurant. A cozinheira comanda o restaurante Leo em Bogotá, conhecido pelas receitas inspiradas nos biomas da Colômbia que combinam ingredientes indígenas e técnicas ancestrais. Os pratos são servidos a la carte e em menus degustação de sete a treze etapas.
Formada em Economia e Belas Artes, Leonor Espinosa trabalhou como publicitária executiva até os seus 35 anos, quando aprendeu a cozinhar por conta própria e abriu, em 2007, o seu restaurante Leo. No ano seguinte, ela criou a organização sem fins lucrativos Funleo, que reivindica as tradições gastronômicas das pequenas comunidades colombianas como patrimônio biológico e imaterial.
Além de já ter sido eleita a melhor chef da América Latina em 2017, Leonor Espinosa é a terceira latino-americana seguida a conquistar o título mundial, depois da mexicana Daniela Soto-Innes em 2019 e da peruana Pía León em 2021 (por conta da pandemia, não houve premiação em 2020). O seu restaurante Leo já esteve oito vezes na lista dos melhores da América Latina e foi o primeiro endereço colombiano a aparecer na lista dos melhores restaurantes do mundo em 2019, quando conquistou a 46ª posição.
A chef também é autora de um livro, Lo que cuenta el caldero, com uma porção de crônicas culinárias baseadas nas suas andanças pela Colômbia.
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The World’s 50 Best Restaurants
A lista dos 50 melhores restaurantes do mundo será divulgada no dia 18 de julho – veja aqui os vencedores da categoria América Latina em 2021. Enquanto isso, o prêmio divulgou apenas a vencedora do prêmio de melhor chef feminina e os três “campões da mudança”, títulos concedidos a pessoas ou grupos que de alguma forma estão desenvolvendo projetos para melhorar o mundo.
Comandado por Dieuveil Malonga, o restaurante Meza Malonga em Ruanda dá treinamento culinário e aulas de inglês para dez aspirantes a chef todos os anos. Já a ucraniana Olia Hercules e a russa Alissa Timoshkina lançaram o #CookforUkraine, iniciativa em que restaurantes de Londres criam pratos especiais para arrecadar fundos que são destinados às famílias deslocadas pela Guerra da Ucrânia. Koh Seng Choon, por fim, abriu duas praças de alimentação comunitárias administrada por pessoas com deficiência, as Dignity Kitchen, uma em Singapura e outra em Hong Kong.