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União Europeia quer proibir a venda de kebabs

Comissão de Saúde do Parlamento Europeu pode proibir o uso de conservantes que são usados em larga escala por kebaberias na Europa

Por Ariene Leite
Atualizado em 6 dez 2017, 13h34 - Publicado em 5 dez 2017, 19h25

A Comissão de Saúde do Parlamento Europeu vetou na semana passada uma proposta da Comissão Europeia que buscava autorizar o livre uso de fosfato nas carnes dos kebabs, um aditivo que pode trazer riscos à saúde. Segundo o Parlamento Europeu, existe atualmente uma lista de produtos que podem utilizar o conservante, mas que o kebab não seria um deles.

O fosfato é usado para conservar o sabor e reter o líquido das carnes de cordeiro, frango ou vaca que são utilizadas no preparo do sanduíche. De acordo com a Comissão de Saúde da Europa, o aditivo está diretamente relacionado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Segundo o El País, a resolução que impediria o uso do aditivo nos kebabs passou com 32 votos a favor e 22 contra, no entanto, a decisão final do Parlamento será tomada daqui duas semanas. Se for decidido pela proibição do uso de fosfatos, o kebab poderá entrar para a ilegalidade.

A resolução tem provocado revolta entre os moradores e vendedores da França, Reino Unido e Alemanha, lugares onde o kebab possui grande popularidade. Se aprovada, a lei vai afetar cerca de 200 mil pessoas que trabalham em restaurantes especializados na iguaria. Só no Reino Unido, são 20 mil estabelecimentos.

Essa não é a primeira vez que a venda do kebab é colocado na corda bamba. No dia 3 de maio de 2017, uma “lei antikebab” foi aprovada pela prefeitura de Veneza proibindo a abertura de novos estabelecimentos para vender a iguaria. A iniciativa tem como objeto valorizar a culinária italiana, que estaria ameaçada com a proliferação de kebaberias.

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