O Brasil pode ser conhecido pelo samba, pelo churrasco e pela caipirinha, mas os doces da nossa terra também conquistam corações (e estômagos, é claro). Confira a nossa galeria de fotos com 14 delícias açucaradas que mostram, com orgulho, os costumes e a culinária da nação verde-e-amarela.

Em Goiás, além dos celebrados versos, Cora Coralina era bem conhecida por seus doces. Frutas do cerrado, abóbora, figos e laranjas eram glaceados em pesadas receitas que levavam muito açúcar, ovos e, pasmem, banha de porco. O açúcar tão abundante por aqui suavizava os amargos e azedos, transformando as frutas em pequenos bocados de puro prazer (Luis Roberto Pereira/Reprodução)


Alguns lugares do Brasil chamam o doce de negrinho, mas o nome brigadeiro vence de longe. As bolinhas de chocolate teriam sido feitas no Rio de Janeiro, para as festas que arrecadavam dinheiro para a candidatura do Brigadeiro Eduardo Gomes à presidência em 1946. Ele perdeu na urna para Eurico Gaspar Dutra, mas ganhou a doce homenagem – política também traz coisas boas! (Creative Commons/Poperotico/Reprodução)

Ovo, açúcar e coco ralado – a receita nordestina conquistou o Brasil com sua cor amarelinha e cremosidade irresistível. Inspirada em uma receita portuguesa (brisa-do-lis), o doce ainda foi batizado com nome africano: em banto, significa dengo, encanto. Não é à toa que Monteiro Lobato resolveu colocar o nome Quindim no rinoceronte bonzinho que mora no Sítio do Pica-Pau Amarelo! (Mauro Holanda/Reprodução)

Ainda que “pamonha” possa ser considerado um xingamento em algumas regiões, o doce não tem nada de ofensivo. Milho ralado, leite e açúcar formam o doce firme e macio que é embalado quentinho na própria casca do milho – uma receita africana, que aproveitava tudo! Mas o nome veio do tupi, pamuña, que significa “pegajoso”. Fato curioso: Piracicaba (SP) pode ser a líder no mercado – para desdém dos goianos, mas a maior pamonha do mundo tinha 408 kg e foi produzida na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina! (Heudes Regis/Reprodução)

A origem do doce é um pouco nebulosa: uns dizem Rio Grande do Sul, outros Rio de Janeiro, outros Minas Gerais. O fato é que o doce é tipicamente brasileiro, seja aquele durinho em forma de coração, seja em compotas com coco ralado, seja em pedaços quadradinhos com açúcar. Muito visto em festas juninas, a delícia pode ser apreciada o ano inteiro (Fábio Castelo/Reprodução)

De origem tupi-guarani, a tapioca é como um crepe, mas tipicamente brasileiro. A fécula da mandioca é colocada em uma frigideira e vira quase uma massa de panqueca, que é recheada com os mais diversos sabores – do tradicional coco a até goiabada, doce de leite e morango com chocolate. Em 2006, a tapioca recebeu o título de Patrimônio Imaterial e Cultural da cidade de Olinda (Heudes Regis/Reprodução)

Típico de Recife, o bolo de rolo é quase um rocambole feito de pão-de-ló bem fininho e recheado com goiabada – é uma verdadeira tentação. O que poucos sabem é que o doce foi inspirado no “colchão de noiva”, um bolo português que é quase igual, porém recheado com nozes. Por muito tempo ele foi restrito aos senhores de engenho e à alta sociedade, mas depois caiu no gosto do povo. Em 1980, o Papa João Paulo II provou uma fatia e, em 2007, o bolo de rolo foi reconhecido como Patrimônio Imaterial de Pernambuco (Divulgação/Divulgação)

Do tupi “po-çoc”, que significa esmigalhar, o doce é típico do estado de São Paulo, mais precisamente da cozinha caipira do Vale do Paraíba. Amendoim, farinha de mandioca e açúcar socados no pilão formam um clássico das festas juninas que derrete na boca (Alex Silva/Reprodução)

Nas franjas da Floresta Amazônica, uma alta palmeira de folhagem espalmada produz pequenos frutos que darão origem a um dos doces mais apreciados no Norte e Nordeste brasileiros. Entre o Pará e o Maranhão – e mais além – você o encontrará em forma de compota, como recheio de bombons ou como complemento a um bom queijinho (Saulo Mazzoni/Reprodução)

O lento cozimento de leite com ovos é uma receita fácil e amplamente adotada mundo afora. Mas nada se compara ao feito por aqui, com aquela brilhante calda de caramelo que a colher talha com maciez. Favorito de crianças e adultos, é o amigo ideal das tardes esfomeadas (ORMUZD ALVES/Reprodução)

Falando em pudim, o curau talvez seja o mais autêntico representante brasileiro da família. Feito do milho apresentado pelos índios, a receita europeia é perfeitamente complementada pela canela vinda das Índias. Campeão das festas juninas e dos ranchos da pamonha, aquele tom amarelo deixa qualquer feliz (Alex Silva/Reprodução)

Depois do pau-brasil, o açúcar de cana tornou-se o principal produto de exportação brasileiro. Mas o transporte do açúcar mascavo era difícil e frequentemente estragava nas longas viagens. Transformar o melaço de cana em tijolos facilitava tanto o manuseio como a conservação. Nascia a rapadura, que, hoje, pode ser encontrada tanto na forma tradicional como em pequenos bloquinhos recheados. Só cuidado com os dentes... (SECRETARIA DO TURISMO DO CEARÁ/Divulgação)

Cozer frutas com muito açúcar é uma tradição tipicamente portuguesa, trazida para o Brasil e disseminada no interior do país. Foi assim com a banana, é assim com o marmelo, mas nenhum destes doces é tão querido como a goiabada. O puro cascão com queijo minas é tão perfeito, tão romeu e julieta, que deu origem a musses, tortas e pudins. Sua receita é tão simples que até hoje é feito artesanalmente por muitas donas de casa (Creative Commons/ Dougphotos/Reprodução)
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