Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Terroir: um restaurante surpreendente na Baixa de Lisboa

Novidade no centro, o Terroir é um belo motivo para se enveredar pelas ruas da região à noite

Por Rachel Verano
Atualizado em 25 mar 2024, 18h53 - Publicado em 29 nov 2021, 20h13
Sala de restaurante com algumas mesas de madeira ocupadas, garçons circulando entre elas e a cozinha aberta ao fundo
O salão do restaurante: ilha moderninha em plena Baixa. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)

A Rua dos Fanqueiros, no coração da Baixa de Lisboa, não tem lá muito boa fama à noite. Escura, meio decadente, com umas tascas de luz branca aqui e ali, lojas de chineses vendendo suvenires de gosto duvidoso. Estacionamos numa quarta-feira às 21h quase na porta (coisa praticamente impossível no centro) e andamos dois quarteirões sempre com a sensação de ter errado o endereço. E foi só passando realmente em frente ao número 186 que, literalmente, se fez luz.

Duas mesas de madeira, quadradas e preparadas para o jantar, com copos e guardanapos
Detalhes das mesas. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)

Do lado de dentro, o teto, com uma estrutura suspensa de ondas, iluminava as mesas cheias, as pessoas animadas, o simpático vai e vem dos garçons e a cozinha aberta, onde o chef Tiago Rosa fazia malabarismos com as panelas. A música estava alta. E uma taça de espumante aterrisou nas nossas mãos quase ao mesmo tempo de sentarmos.

Pato redondo de cerâmica cinza com folhas de alecrim e dois bolinhos de beterraba decorados com flores
Snack de beterraba e gel. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)
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A proposta do pequeno Terroir é adicionar uma veia contemporânea aos sabores portugueses. Entre os menus degustação, a grande aposta da casa, há pratos que incluem carne e frutos do mar, mas optamos por uma sequência vegana, com a exceção da sobremesa, que seria vegetariana. Desde que cortei a carne das refeições essa tem sido a melhor tática de avaliar uma cozinha (sem grandes pretensões): ou o chef se revela, ou o jantar vai ser tofu e risoto. Que bela surpresa!

Dois cubinhos de milho frito decorados com algas em cima e servidos em cima de uma pedra, sobre mesa de madeira
Milho frito com algas: só para começar. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)

Os snacks do chef foram logo o indício de que estávamos no bom caminho: um cubo de milho frito e algas e uma beterraba com gel para comer com as mãos, ambos deliciosos. E seguiu com uma sequência de sutilezas:

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fatias de abobrinha, tomate e alface servidas em um prato de cerâmica cinza escuro
Primeiro prato: alface coração com abobrinha e tomate, maionese de soja e pó de tomate, finalizado com aneto. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)
prato de couve flor em diferentes texturas, servido em louça branca
Couve-flor em diferentes texturas com amendoim e cebolinha. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)
Prato de vidro com um prato moderninho de panqueca com pequenas cerejas em cima
Panqueca de grão de bico com curry e cerejinhas ácidas para coroar. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)
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Creme verde de espinafres com abóbora desidratada e cogumelos
Abóbora com cogumelos shitake, sementes de abóbora desidratadas e creme de espinafres. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)
Sobremesa com cubinhos de pera e um espiral de suspiro por cima
Grand finale: pera assada com especiarias, sorvete de pera com caramelo e miso e finalizada com suspiros. Crédito: (Bruno Barata/Reprodução)

Sempre evitou as ruas da Baixa (como eu!) para um jantar especial? Vai por mim: está na hora de rever seus conceitos. Saiba mais sobre o Terroir

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