Além-mar

O Gusto, em Almancil: nova estrela para o país pelas mãos do chef Heinz Beck (Divulgação/Reprodução)

Verdade seja dita: as estrelas Michelin em Portugal ainda são bastante tímidas. Quando comparadas às da vizinha Espanha então, que divide a mesma edição, é praticamente uma covardia. Mas é inegável que o país vem conquistando devagarinho o seu lugar ao sol. E que, de estrela em estrela, de prêmio em prêmio, de novidade em novidade, a gastronomia portuguesa vive o seu melhor momento.

Criação de sotaque mediterrâneo do Gusto (Divulgação/Reprodução)

Esta semana, o Guia Michelin lançou a sua edição 2018 e todos os holofotes se voltaram para o sul do país. Estão no Algarve as duas novas casas estreladas, ambas dentro de hotéis: o restaurante Gusto, no hotel Conrad, em Almancil; e o Vista, no Bela Vista Hotel & Spa, em Portimão. O que eu acho mais legal no repertório de estrelas portuguesas é que os autênticos sabores portugueses seguem sendo os grandes protagonistas. Uma pirotecnia aqui, uma texturinha espumosa ali, mas sobressai sempre a cozinha afetiva tão característica do país. Um alento.

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Texturas e lindezas do Vista, no hotel Bela Vista, que pertence à cadeia Relais & Châteaux (Divulgação/Reprodução)

Portugal tem, agora, o seu recorde em estrelas: um total de 28. São cinco casas donas de duas estrelas e 18 premiadas com uma. Infelizmente a cotação máxima ainda não desembarcou por aqui. Lisboa, curiosamente, tem apenas um restaurante duas estrelas: o Belcanto, do chef José Avillez. A lista de uma estrela é maior, mas ainda assim modesta: Alma, Loco, Eleven e Feitoria. Uma lista à medida do homem – perfeitamente possível de ser explorada em uma escapada à capital (há sempre uma maneira mais otimista de ver as coisas ).