Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Graça: Lisboa com cara de Rio de Janeiro

Uma viagem no tempo em um dos mais simpáticos cantinhos da capital portuguesa

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 14h46 - Publicado em 13 jun 2017, 15h18
O trilho do bonde elétrico nas ruelas da Graça: como em Santa Teresa
O trilho do bonde elétrico nas ruelas da Graça: como em Santa Teresa (Bruno Barata/Reprodução)

Há algum tempo eu fiz uma matéria para a Veja Rio sobre a grande leva de cariocas que está se mudando para Lisboa e, em todas as entrevistas que realizei (e não foram poucas), a resposta para a região da cidade onde mais se sentem em casa foi unânime: no bairro da Graça. A justificativa também vinha em coro: porque a região é idêntica a Santa Teresa.

A esplanada do Miradouro da Graça: um brinde à vista
A esplanada do Miradouro da Graça: um brinde à vista (Bruno Barata/Reprodução)

É inegável. As semelhanças entre a Graça lisboeta e a Santa Teresa carioca são muitas. Ambos são bairros recheados de casarões históricos, com jeitão de cidade do interior. Têm uma vida própria, com seus mercadinhos, quitandas, lojas com ares de outras épocas e associações de bairro. Ficam no alto de colinas e, portanto, descortinam belas vistas da cidade. E têm bondinhos elétricos.

A igreja da Graça (à esquerda) vista de um dos muitos miradouros locais: ares de cidade do interior
A igreja da Graça (à esquerda) vista de um dos muitos miradouros locais: ares de cidade do interior (Bruno Barata/Reprodução)
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A Graça, localizada imediatamente acima de Alfama, ao lado do Castelo, é uma deliciosa volta ao tempo em Lisboa. Caminhar por suas ruelas calçadas de pedras, perder-se por seus becos ladeados por casarões de fachadas em tons pastéis ou demorar-se em seus cafés é dos programas mais gostosos da cidade. E ainda há os miradouros…

No topo de uma das sete colinas: cada esquina é um flash
No topo de uma das sete colinas: cada esquina é um flash (Bruno Barata/Reprodução)

A localização estratégica do bairro, no topo de uma das sete colinas da cidade, contribui para que a região ainda tenha as melhores vistas da cidade. É só escolher. Tem a do Miradouro do Largo da Graça, onde há uma simpática esplanada para acompanhar o visual com uma taça de vinho na mão, há o Miradouro de Nossa Senhora do Monte… E esses são apenas os mais famosos.

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O Largo da Graça sem obras: presente para a cidade
O Largo da Graça sem obras: presente para a cidade (Bruno Barata/Reprodução)

E um tempo atrás, as obras urbanas no Largo da Graça (o coração do bairro), que pareciam sem fim, terminaram. E a cidade ganhou de volta um de seus cantinhos mais especiais.

O Botequim: um dos bares mais legais de Lisboa
O Botequim: um dos bares mais legais de Lisboa (Bruno Barata/Reprodução)
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O momento é mais que perfeito para visitar – ou revisitar – a Graça. E, entre uma vista e outra, brindar com petiscos tipicamente portugueses no wine bar Graça do Vinho; provar as delícias do restaurante O Pitéu da Graça (pense em bacalhau, carapauzinhos, amêijoas…), sempre concorrido; se deliciar com os delicados crepes do novo Le Bar à Crêpes; e embalar as tardes e noites no Botequim, um dos meus bares preferidos em Lisboa. Talvez porque tenha um familiar ar carioca. Ou talvez porque seja só impressão mesmo. Cervejaria Trindade: o clássico de 1836 está de volta ao Chiado, em Lisboa

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