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Mato Grosso do Sul

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 9 dez 2016, 19h12 - Publicado em 9 set 2011, 20h06

Com a cidade de Bonito e o Pantanal enriquecendo seu território, bastaria ao Mato Grasso do Sul ter uma capital que recebesse bem os turistas e lhes apontasse os caminhos que levam a essas cercanias de turismo ecológico e de aventura. Mas Campo Grande quer mais e pede aos visitantes que se demorem um pouquinho por ali. Aceito o convite, o melhor a fazer é passear por essa cidade organizada e planejada, com inúmeras áreas verdes como o Parque das Nações Indígenas, de largas alamedas, pista de skate, quadras e teatro de arena. Fica ali também o Museu de Arte Contemporânea e o Museu das Culturas Dom Bosco, com bom acervo sobre os povos indígenas que habitaram – e ainda habitam – o estado. Imigrantes paraguaios, bolivianos e até japoneses também deixaram suas influências culturais na cidade, especialmente na culinária. Na Feira Central, por exemplo, numerosas barracas servem o sobá, macarrão com omelete desfiada, receita trazida pelos japoneses que chegaram de Okinawa no início do século 20.

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Menos de 260 quilômetros separam a Cidade Morena, como é conhecida Campo Grande, das águas cristalinas de Bonito e seu apelo irresistível para deixar o corpo flutuar no Aquário Natural da Reserva Ecológica Baía Bonita ou se deixar levar, de snorkel e nadadeiras, pela correnteza do Rio da Prata, na vizinha Jardim. As duas cidadezinhas, na Serra da Bodoquena, convocam também os que gostam de sentir o coração saltar turbinado pela adrenalina. Esses corajosamente fazem um rapel de 72 metros no Abismo Anhumas, a maior caverna submersa do mundo. E há muito mais a curtir pelas trilhas, cachoeiras e grutas que guardam em suas profundezas lagos de águas azuis-turquesas e formações calcárias estranhas e sedutoras.

Mais perto ainda de Campo Grande, a apenas 146 quilômetros, está Aquidauana, um dos pontos de partida para explorar a diversidade do Pantanal, a maior planície alagável do mundo. Os que escolhem ter como base também Miranda ou mesmo Corumbá, já na divisa com a Bolívia, vão desbravar o Pantanal Sul, podendo escolher entre cavalgar, andar de jipe e pescar, instalando-se em hotéis nas próprias cidades, em remotas fazendas de ecoturismo ou em barcos-hotéis. O importante é saber que, qualquer que seja o caminho escolhido para conhecer esse cenário exuberante, os astros do espetáculo são bandos de tuiuiús, pássaro símbolo da região, jacarés, capivaras, cobras, e, com sorte, até a arisca onça-pintada. Seja gentil, dispare apenas suas fotos, saboreie o pintado ao urucum, receita típica do lugar, agradeça e despeça-se deixando tudo como encontrou. Se for pescar, saiba que há regras e fiscalização. De novembro a fevereiro, época das chuvas e da piracema, essa atividade é proibida – tudo para garantir que a vida nos rios do Pantanal seja preservada.

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