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Percorra os Alpes da Europa em um pitoresco roteiro de trem

Em 8 noites, é possível percorrer as montanhas encantadoras de Lyon, Annecy, Genebra, Montreux e Interlaken

Por Patrícia Figueiredo
Atualizado em 19 jul 2021, 12h11 - Publicado em 13 mar 2017, 12h33

LYON — 3 noites

Uma sobremesa de amora, macaron e creme branco.
Este doce combina amoras e o famoso macaron, de origem francesa (Myenogi Shin/Flickr)
Uma praça aberta e com poucas árvores ou terra, no meio de prédios franceses
A Praça Bellecour, em Lyon (Jan Buchholtz/Flickr)

Nesta rota, as janelinhas dos trens descortinam lagos, montanhas nevadas e colinas verdinhas que mais parecem fundo de tela de computador. A viagem começa em Lyon, centro urbano no leste da França, cheio de contrastes. Aqui, compare a modernidade de Confluence, antiga zona portuária totalmente renovada, ao charme de Vieux-Lyon, bairro medieval composto por ruelas e passagens secretas.

Neste último, aproveite o funicular vermelho, na ativa desde 1900, para subir até a Basílica de Notre-Dame de Fourvière, todinha forrada com mosaicos de inspiração bizantina. O centro pulsante lyonnais é a Praça Bellecour, onde é legal se hospedar. Ali perto, você encontra uma série de butiques e cafés charmosos – um dos mais legais é o Slake, do ladinho da cênica Place des Jacobins.

Um letreiro enorme com os dizeres O popular monumento “Only Lyon”, também na Praça Bellecour

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ANNECY — Bate e volta

Uma construção de pedra divide o rio em dois cursos, com uma ponte à frente
O Palais de L’île, em Annecy (Frans Berkelaar/Flickr)

A Estação Lyon-Part Dieu conecta a cidade a quase toda a França. É de lá que partem os trens até Annecy, um lugarejo ao pé dos Alpes cortado por canais. No verão, o lago da cidade, de águas transparentes, pode ser percorrido de pedalinho. Já na área dos canais, dê um pulo no Palais de L’Île ( 4), uma antiga prisão que fica espremida entre dois cursos d’água. A culinária savoyarde abusa de queijos, pães e batatas – o melhor lugar para prová-las é no restaurante Le Freti, em que convém fazer reserva.

GENEBRA — 2 noites

O edifício da ONU, aberto para visitação, com uma enorme escultura de cadeira em primeiro plano, seus pés pousados tanto dentro da propriedade da ONU como fora da grade
A ONU de Genebra (Xiquinho Silva/Flickr)

De volta a Lyon, embarque em um trem Lyria para alcançar a Suíça em 1h40min. Bem próxima à fronteira francesa, a civilizadíssima Genebra é cara e elegante, mas se mostra mais palatável ao turista que vai além do básico. É a sua oportunidade de conhecer organismos internacionais como o escritório das Nações Unidas (o palácio está aberto para visitas guiadas) e a sede da Cruz Vermelha (o museu, interativo é imperdível).

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Para poupar alguns francos suíços, compre o Geneva Pass, que dá direito a diversas atrações e ao sistema de transporte local. Também incluído no passe está um tour de barco pelo Lago Léman, cercado de mansões e lojas de luxo. Para apreciá-lo de outro ângulo, suba a torre da Catedral de São Pedro, no bairro histórico de Vieille-Ville.

MONTREUX — 1 noite

Um castelo se impõe à beira de um lago, cercado por árvores e com os Alpes visíveis ao fundo
O Castelo de Chillon, pertinho de Montreux (Kosala Bandara/Flickr)

No outro extremo do Lago Léman, a 1h10min de Genebra, o balneário de Montreux resguarda um certo glamour de tempos passados. Pequenina, a cidade pode ser percorrida todinha a pé a promenade em torno do lago termina só na vizinha Vevey. Se o cassino não te conquistar, dê um pulo nos vinhedos em terraços de Lavaux, a dez minutos de trem do centro. Quem gosta de história vai aprovar o Castelo de Chillonm, localizado em uma ilha rochosa próxima à costa, com muralhas e torres do século 12.

INTERLAKEN — 2 noites

Montanhas enormes e pontiagudas, cobertas de neve e sem vegetação visível
Os picos nevados da cadeia dos Alpes estão sempre à vista pela janelinha (Cridhe Mhòr/Flickr)
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É de Montreux que parte uma das linhas de trem panorâmico mais belas da Suíça. O trecho até Interlaken, com baldeação em Zweisimmen, é chamado de Golden Pass Line. Nesta rota panorâmica, passam ainda composições que pertenceram à luxuosa companhia. Reserve estas últimas procurando os horários com a marca “Classic”.

Uma vez em Interlaken, hospede-se nos arredores da estação de trem para facilitar passeios pela vizinhança. Um dos melhores é o que vai até Jungfraujoch, a estação de trem mais alta da Europa, toda branquinha de neve mesmo no auge do verão. Dá para passar um dia inteiro lá, se revezando entre mirantes vertiginosos e esportes de neve.

O trem que leva até o chamado “Topo da Europa” faz paradas em mirantes estratégicos e passa por vilarejos charmosos, como Wengen e Grindelwald, que se transformam em disputadas bases de esqui no inverno.

Melhor época

No verão, Genebra e Annecy viram destinos de férias em família: dá até para mergulhar em seus lagos transparentes. Se quiser ver neve, vá no inverno e aproveite para esquiar nas estações próximas a Interlaken.

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Confira a rota com o Google Maps:

[googlemaps https://www.google.com/maps/d/embed?mid=1hCfoMMXkZd0hUDfSB1yeHaFGbgs&w=640&h=480%5D

 

Texto publicado na edição 256 da Viagem e Turismo (fevereiro/2017)

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