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Polônia

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 8 dez 2016, 13h29 - Publicado em 27 out 2011, 17h22

Apesar das cicatrizes de um passado marcado pelo extermínio de milhares de judeus durante a Segunda Guerra, pela decadência econômica em tempos de domínio soviético e por invasões que a mantiveram riscada do mapa por mais de um século – dividida entre Rússia, Prússia e Áustria até 1918 –, a Polônia recebe bem o estrangeiro e está empenhada em crescer. Especialmente sob o ponto de vista turístico. São muitas razões para comemorar, como o ingresso na União Européia, a beatificação de João Paulo II e a Eurocopa de 2012. Nessa nova fase, cidades como Varsóvia, Cracóvia e a pequena Wadowice – berço do papa – investem em infraestrutura, capacitação de pessoal e renovação de suas principais atrações turísticas. Você logo percebe quão diferenciado é o povo que conduz essa nova onda pelo número de livrarias nas ruas, sejam elas num pequeno vilarejo ou numa grande metrópole. Aliás, com a primeira geração pós-comunismo entrando no mercado de trabalho, você encontrará cada vez mais jovens falando inglês e cada vez menos russo.

Na terra de Chopin você testemunhará a história na Cidade Velha de Varsóvia, totalmente destruída por Hitler – com plena conivência de Stálin, um dramático desfecho do Levante, retratado no premiado filme O Pianista, de Roman Polanski. Reconstruída nos mínimos detalhes, hoje o centro da capital é patrimônio da humanidade juntamente com a romântica Cracóvia, com sua grande praça, inúmeras igrejas e o poderoso castelo Wawel. Não longe dali uma parada obrigatória em Auschwitz nos faz refletir um pouco sobre os horrores da guerra. Um pouco mais ao sul, junto à fronteira com a Eslováquia, erguem-se as montanhas Tatras e suas espetaculares paisagens naturais, fáceis de explorar a partir da movimentada Zakopane.

Sobre a calórica mesa polonesa encontram-se pratos estupendos como o pescoço de porco, finos embutidos, os onipresentes pierogi e sopa de beterraba e o vinho de mel miód. Isso sem falar de surpreendentes cervejas e dezenas de variedades de vodca, como a zubrowka, feita de centeio e aromatizada com uma erva.

COMO CHEGAR

Não há voos diretos do Brasil para a Polônia. A Luftansa, Alitalia, KLM, Britsh Airways, Swiss e Air France fazem conexão em um país da Europa antes de desembarcar em Varsóvia. A Ryan Air conecta Cracóvia a centros como Roma, Londres e Madri, enquanto que a EasyJet possui opções para Londres e Paris.

Via terrestre, a companhia nacional ferroviária PKP liga o país aos seus vizinhos, como Alemanha, República Tcheca e Áustria, além de servir as maiores cidades do país.

COMO CIRCULAR

A companhia ferroviária PKP conecta as principais cidades turísticas, como Varsóvia, Cracóvia, Gdansk, Lodz e Torum, com um serviço razoavelmente pontual, bons trens (mas não exatamente muito rápidos) e estações bem localizadas.

O aluguel de carro é uma boa alternativa para quem quiser circular com maior independência, explorando as montanhas Tatras e pequenos vilarejos. As estradas são bem conservadas, a sinalização é clara e as regras de trânsito já estão unificadas com o resto da UE. As grandes locadoras globais estão instaladas no país e não é difícil achar estacionamentos nas cidades, apesar de alguns centros históricos restringirem bastante o acesso. A solução aqui é parar longe e bater perna.

Para trajetos internos mais longos, considere pegar voos da companhia nacional LOT. O trajeto da capital até Cracóvia, por exemplo, leva menos de uma hora e custa a partir de US$ 50. Para efeito de comparação, de trem a viagem dura de duas horas e meia a cinco horas, com preços de US$ 36 a 70.

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