No começo do século 20, a Finlândia era um dos mais pobres e insignificantes países europeus, oprimido pelos políticos de Moscou. Era o fim do mundo, cheio de lagos e florestas, uma sociedade agrícola e atrasada que tinha fronteiras mal definidas. Hoje esse país nórdico continua no mesmo lugar, na esquina nordeste da Europa, mas é uma extensão do estado de bem estar social da Escandinávia, próspera, incorruptível e moderna. A indústria de celulose ainda move milhões, mas o mundo digital tomou de assalto esse povo que goza de altos índices de educação, sob marcas como Nokia e Linux.
O super-campeão do atletismo Paavo Nurmi (detentor de 9 ouros olímpicos) e o multi-facetado arquiteto Alvar Aalto colocaram o jovem país no mapa em meados do século passado, criando a imagem de uma terra que vive em comunhão com a natureza e casas com design elegante e funcional. Hospedar-se numa confortável casa de família, com suas paredes de madeira e móveis de desenho preciso é um dos pontos altos por aqui. Em anos mais recentes, pilotos de automobilismo como os tetra-campeões mundiais de rally Tommi Mäkinen e Juha Kankkunen e os campeões de Fórmula 1 Mika Hakkinen, Keke Rosberg e Kimi Raikkonen, solidificaram uma cultura de impetuosidade por trás dos volantes sem igual no mundo motorizado.
Para conhecer esse bucólico país comece por Helsinque, com seus agradáveis parques e museus e a cidadela de Suomenlinna, patrimônio da humanidade pela Unesco. Com uma vida cultural e os agitos noturnos que se comparam à capital, Turku respira um delicioso ar marítimo e o fato de ser quase como um enclave sueco nestas paragens. Siga depois para a idílica Porvoo para um dia preguiçoso, antes de se perder num cruzeiro pelos lagos em Tampere, Savonlinna e Kuopio. E, quando fantasia e curiosidade pedirem, rume para a Rovaniemi, na Lapônia, logo ao sul do Círculo Polar Ártico, para visitar a vila de Santa Claus, o nosso Papai Noel.
Para sua experiência ser completa, assista a uma partida de hóquei no gelo ao lado da fanática torcida, prove deliciosos sanduíches com salmão defumado e seja espancado com ramos de bétula dentro de uma sauna a 80º C antes de mergulhar numa piscina gelada. Aqui pode até ser o fim do mundo, mas as pessoas sabem como se divertir!
COMO CHEGAR
Não há voos diretos entre Brasil e Finlândia. Opte por voos com conexões em aeroportos como Londres, Frankfurt, Madri, Roma e Amsterdã. Por terra, há poucas opções, com trens desde a Rússia (São Petersburgo) e algumas poucas linhas de ônibus vindo de Rússia, Noruega e Suécia. Por mar o Báltico é como uma grande avenida, ligando cidades como Turku e Helsinque a São Petersburgo, Tallin (pouco mais de uma hora de viagem em catamarãs), Estocolmo e Hamburgo.
COMO CIRCULAR
A companhia aérea nacional Finnair oferece diversos voos para as principais cidades do país e para a Lapônia. Barcos de cruzeiro na região dos lagos só funcionam durante o verão e ônibus são uma boa opção com a companhia Oy Matkahuolto.