Armênia
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Pequeno, único e peculiar. A Armênia é um país que vem crescendo nos últimos anos no que diz respeito ao turismo, e tem atrações que têm tudo a ver com a sua identidade milenar. Localizado ao sul do Cáucaso, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, o país está cravado na região da Eurásia, entre o continente asiático e o Leste Europeu, na fronteira com a Turquia.
A história da Armênia começa grandiosa. Na Antiguidade, entre os anos de 321 a.C. e 428 d.C, o Império Armênio manteve um território gigantesco, que chegou a ocupar, no seu ápice de poder, uma área que começava onde hoje localiza-se o estado de Israel, passando por Jordânia, Iraque, Síria, Turquia, Irã, Azerbaijão e Geórgia. Ou seja, uma bela parte do Oriente Médio.
Por ter sido tão grande, há indícios de que várias histórias bíblicas teriam ocorrido no antigo território do Império da Armênia. Estudiosos do tema afirmam que o Jardim do Éden ocupava a região que pertencia ao país, entre os rios Tigre e Eufrates (hoje, os dois rios estão no território do Iraque). O Monte Ararat, um de seus pontos mais emblemáticos (mas que hoje pertence ao território turco), teria sido o lugar onde a Arca de Noé encalhou depois do dilúvio. Não à toa, os armênios foram um dos primeiros povos a adotar o cristianismo como religião, no ano 301, antes mesmo de Roma antiga.
Sua população extremamente receptiva e calorosa não deixa transparecer os episódios trágicos que a marcaram em sua história mais recente. O mais impressionante deles foi o genocídio cometido pelos turcos do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial – fato que completou 100 anos em abril de 2015. Cerca de 1,5 milhão de armênios foram mortos pelos turcos entre 1915 e 1923, no episódio também conhecido como Holocausto Armênio.
Não se deixe intimidar pela nuvem negra que marca uma parte do passado armênio. O país é repleto de igrejas, ruínas e mosteiros que evidenciam a fé cristã de seu povo e valem cada segundo da visita. Suas paisagens naturais são um destaque à parte, com montanhas e lagos cristalinos. O conhaque, por outro lado, faz parte da cultura armênia e está entre os melhores do mundo. E o melhor de tudo isso: pode ser provado em qualquer canto do país.
COMO CHEGAR
A Avianca opera vôos partindo de São Paulo com conexão em Bogotá, até chegar no país. Air France, Alitalia, KLM, TAM, GOL e Lufthansa também oferecem voos saindo de São Paulo com conexões em aeroportos europeus.
ATRAÇÕES
A antiguíssima cidade de Vagharshapat guarda um dos maiores tesouros cristãos do mundo: a Catedral de Etchmiadzin, considerada a mais antiga do planeta.
Próximo à fronteira com a Turquia, o Mosteiro de Khor Virap está em perfeito estado de conservação. Já a cidade medieval de Ani, originalmente armênia, mas hoje pertencente ao território turco, tem ruínas impressionantes da época em que era um dos pontos de parada da Rota da Seda. Para se ter uma ideia do quanto Ani pode ser surpreendente, a cidade – hoje completamente abandonada – já foi capital da Armênia, teve mais de 100 mil habitantes e rivalizava com Constantinopla.
A capital atual, Yerevan, leva o apelido de “cidade cor-de-rosa” graças às construções de pedras-tufo, presentes nos prédios históricos da cidade. A cultura do café é muito forte por aqui, então em qualquer canto é possível sentar-se e sorver uma boa xícara da bebida.
A Praça da República é linda e guarda os resquícios da história da dominação do país pela União Soviética. O complexo arquitetônico da Cascata de Yerevan tem jardins, mirantes e fontes à frente de uma escadaria de 500 metros.
Se o desejo é reviver um dos episódios mais marcantes da história armênia, a dica é visitar o Memorial do Genocídio. Todo ano, no dia 24 de abril, o país realiza uma emocionante homenagem as vítimas, com a presença de músicos, artistas e políticos.
Por Camila Honorato | Edição: Ludmilla Balduino | 28/9/2015
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Informações ao viajante
Línguas: Armênio
Moeda: Dram armênio
Visto: É necessário.
Embaixada oficial no Brasil:
Alameda Santos, 1496 – 8° Andar, São Paulo (SP)
(11) 3262-3620