A poeira por todos os lados não deixa dúvidas: Tulum é uma cidade em obras. Os anúncios de empreendimentos vão se intercalando com construções em andamento por toda Aldea Zamá, bairro que fica na metade do caminho entre o centro urbano (chamado de Tulum Pueblo) e a linha da praia (chamado de Tulum Playa ou Zona Hotelera).
Esse crescimento em direção à Tulum Pueblo é a única opção, visto que Tulum Playa já está quase toda tomada pelos hotéis, restaurantes e beach clubs que pipocaram nos últimos dez anos. Quando esteve por lá em 2012, a minha vizinha do blog Achados, a Dri Setti, encontrou um vilarejo sem energia elétrica, com índice demográfico baixíssimo na alta temporada e uma vida noturna que ainda engatinhava.
O post terminava em tom de profecia: “Sempre lembrando que o que é bom dura pouco.” E durou mesmo. Uma década depois, o mar continua como ela encontrou, escandalosamente azul. Mas agora a faixa de areia pode vir acompanhada de uma franja de sargaço trazido do alto mar sem aviso prévio. De resto, o lugar definitivamente mudou muito e nada lembra aquele sonífero vilarejo.
Tulum caiu no gosto dos influencers e se tornou provavelmente o destino mexicano mais instagramado do momento. Mas não deixe isso definir a sua percepção sobre o lugar. Mesmo com a transformação não tão repentina de um esconderijo hippie para um badalado reduto rústico-chique, Tulum ainda chama atenção pelo que mais importa: o conjunto histórico e natural. O sítio arqueológico à beira-mar e a incrível coleção de cenotes escondidos floresta adentro tornam o destino uma parada indispensável no sul da Riviera Maia.
– Bate e volta para Chichén Itzá (Tulum é a melhor base para visitar)
– Snorkel no Cenote Dos Ojos
– Visual do Cenote Ik-Kil
– Ruínas à beira-mar do Sítio Arqueológico de Tulum
– Sossego da Laguna de Kaan Luum
COMO CHEGAR E COMO CIRCULAR POR TULUM
Tulum fica 130 km ao sul de Cancún, onde está o principal aeroporto internacional da região. Dos terminais 2, 3 e 4 do aeroporto partem ônibus da empresa ADO, que fazem o trajeto até o centro de Tulum em cerca de três horas.
Mas o mais comum é já sair do aeroporto com um carro alugado, que garante autonomia na hora de fazer os passeios. Principalmente porque os aplicativos de corrida como Uber não funcionam em Tulum – e os taxistas aproveitam para cobrar caro pelas corridas.
O lado não tão bom de estar motorizada é que encontrar um lugar para estacionar em Tulum Playa exige paciência. Por isso, as bicicletas são o transporte número um para circular pela cidade, praticamente toda plana. Muitos hotéis disponibilizam bikes, mas também é possível alugá-las através de empresas como a Ola Bike. Outra opção são as scooters, como as da Scooter Tulum Services.
O QUE FAZER EM TULUM
Tulum Playa
Não é nenhuma novidade um vilarejo pitoresco e desconectado do mundo se tornar um destino hypado: aconteceu com Jericoacoara e Trancoso, por exemplo. Mas em Tulum as redes sociais adicionaram uma camada extra à essa dinâmica. É rotineiro ver turistas, principalmente beldades em vestidos esvoaçantes, peregrinaram por Tulum Playa com o objetivo de serem fotografadas.
São três as paradas principais. A primeira é uma placa escrito “Follow That Dream”, frase que se tornou uma espécie de lema de Tulum. O letreiro fica na calçada em frente à loja de roupas de praia Lolita Lolita.
A segunda, e talvez mais famosa, é a fantástica escultura “Ven a La Luz” do artista sul-africano Daniel Popper. Feita de madeira, a obra representa uma figura humana que parece estar abrindo o próprio peito, revelando um interior revestido de plantas. Originalmente, ela ficava voltada para a rua, à vista de todos, porque servia como portão de entrada do hotel Ahau.
Mas o frenesi foi tamanho que moveram a escultura para dentro da propriedade: agora há uma fila organizada e uma taxa de 80 pesos mexicanos (cerca de R$ 22) para tirar uma foto. Eu só espiei, de fato merece toda a fama que tem, mas se tem uma coisa que não me faz a cabeça é entrar em fila para tirar foto.
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A terceira é o Sfer Ik Museion, um espaço do hotel Azulik que foi projetado pelo argentino Jorge Eduardo Neira Sterkel (mais conhecido como Roth) e construído por artesãos usando técnicas de construções maias. Tudo ali dentro é curvilíneo – não há nenhum ângulo de 90º ou linha reta – e há uma porção de plantas recortando caminhos feitos de troncos e paredes brancas de concreto.
A proposta arquitetônica me atraiu de primeira e fui para lá decidida a entrar. Mas ao chegar a minha vez na fila, fui dissuadida pelo próprio atendente. Cansado de ouvir reclamações, ele avisava a cada um de antemão que o espaço era bem pequeno, que a visita costumava levar menos de quinze minutos e que o ingresso custava 400 pesos mexicanos (cerca de R$ 112).
Ainda na dúvida, pedi para dar uma espiada no ambiente. Desisti de vez ao ver a quantidade de pessoas lá dentro se demorando em poses para fotos, que tornariam difícil simplesmente andar pelo espaço, realmente diminuto. Nas reviews que encontrei as opiniões se dividem: há quem defenda que a visita não vale a pena e quem diga que o lugar é simplesmente imperdível.
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Praias e beach clubs
Outro programa em Tulum Playa é, obviamente, a praia em si. A areia branquinha é pontilhada por coqueiros e o mar possui uma bonita coloração azul-turquesa, ainda que seja bem mais agitado que o de Cancún.
Só é difícil ver essa paisagem sem ter que colocar a mão no bolso. Foi com muito custo que encontrei uma passagem que dava acesso livre ao mar, já que a faixa de areia está quase toda tomada pelos hotéis e beach clubs, que bloqueiam qualquer visão com muros feitos de pedra ou madeira.
Ou seja, quem não estiver hospedado na beira da praia, o jeito é escolher um beach club. Os mais badalados e hypados são o Coco, o Mia, o Nomade, o RosaNegra, o Taboo e o Papaya Playa Project – este último promove “a” balada de Tulum. O Ziggy’s também é famoso e tem uma vibe mais descontraída.
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A maioria exige um consumo mínimo no bar ou restaurante que pode chegar a dois mil pesos mexicanos (cerca de R$ 544). O esquema lá dentro é mais ou menos sempre o mesmo. Durante o dia, o povo se espalha pelas day beds voltadas para o mar. Nos mais sofisticados, há também piscinas de borda infinita. Do pôr do sol em diante, a pista ferve ao som dos DJs.
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Se esse esquema não faz a sua cabeça, uma alternativa é seguir rumo ao norte para Playa Paraiso, Playa Pescadores e Playa Santa Fé. Ali também existem beach clubs, mas eles geralmente cobram uma taxa separada do consumo para usar as espreguiçadeiras e são mais baratos. Além disso, nessas três praias ainda é fácil encontrar um lugar para só estender a sua canga, o que eu fiz feliz da vida.
Da Playa Santa Fé saem passeios de barcos que levam para fazer snorkel nos recifes de corais logo em frente e nadar ao lado de tartarugas-marinhas. O que eu não sabia era que os barqueiros atiravam iscas para atraí-las e muitas raias e peixes também acabaram aparecendo. Na sequência, vários outros barcos começaram a se aproximar. Eu tinha o sonho de nadar com tartarugas-marinhas em alto mar e posso dizer que foi muito emocionante. Os visitantes são instruídos a não tocar nos animais, regra que percebi ter sido bastante respeitada. Mas aí logo na sequência deu aquela quebra de expectativa por causa da muvuca de gente na água e por ver que algumas pessoas acabavam, mesmo sem querer, chutando as tartarugas. Uma limitação maior de barcos e a proibição de alimentar os animais cairiam bem. Outro ponto alto do passeio passeio foi passar em frente à Zona Arqueológica de Tulum, sobre a qual eu falo a seguir.
Zona Arqueológica de Tulum
A Zona Arqueológica de Tulum (a entrada custa 90 pesos mexicanos) concentra as ruínas do que foi um dos principais portos da civilização maia entre os séculos 13 e 15. As construções são modestas quando comparadas com Chichén Itzá, por exemplo, mas deslumbram pela localização: elas ficam no alto de uma falésia à beira-mar, quase debruçadas sobre as águas azul-turquesa que se estendem até onde a vista alcança.
Dentre os edifícios, que costumavam ter decorações em vermelho, amarelo, azul e outras cores vibrantes, quatro chamam mais atenção.
O Templo do Deus do Vento é bastante fotografado pelo seu bom estado de conservação e por estar em uma pontinha isolada do complexo. Acredita-se que o seu telhado possuía uma abertura que “assobiava” quando um furacão se aproximava da região.
O Templo do Deus Descendente se destaca pela escultura em relevo, logo acima da porta, que representa uma divindade de ponta-cabeça. Curiosidade: no equinócio da primavera, o sol se alinha perfeitamente à construção.
O Templo das Pinturas era um observatório astronômico, usado para rastrear a movimentação do sol, e possui algumas das decorações mais elaboradas do complexo, que representam deuses maias, mas hoje já estão bastante desgastadas.
O Castelo, por fim, é a estrutura mais alta, com 7,5m, e servia como um farol que conduzia os barcos até o cais. Logo abaixo dele há uma praia e, quando a maré está baixa, os visitantes costumam encerrar o passeio descendo até ela para um mergulho.
A visita não costuma durar mais do que um par de horas, mas pode ser bastante cansativa por causa do sol inclemente e a ausência total de sombra. Não custa dizer: use chapéu, protetor solar e tente chegar cedo para escapar tanto do calor quanto da multidão. Vale a pena ver as ruínas também de dentro do mar, em passeios de barco que saem da Playa Santa Fé, como mencionei acima.
Bate e volta para Chichén Itzá, Cobá e MuyilTulum é uma das melhores bases para fazer um passeio de bate e volta para Chichén Itzá, uma das mais importantes cidades maias: são 150 km de distância, contra 185 km de Playa del Carmen e 200 km de Cancún. No caminho entre Tulum e Chichén Itzá está a Zona Arqueológica de Cobá, que impressiona pela pirâmide de 42 metros de altura, a Nohoch Mul. A estrutura parece estar sendo engolida pela vegetação e é permitido subir pela sua íngreme escadaria. Outra opção é combinar Chichén Itzá com os cenotes Suytun e Ik-Kil (veja abaixo). Nos arredores de Tulum, a pouco mais de 20 km, também fica a pouco falada Zona Arqueológica de Muyil, que foi uma das mais antigas cidades maias. |
Cenotes
Não importa se você está em uma das praias públicas ou no mais caro dos beach clubs: não há nenhuma garantia de que a sua viagem será livre de sargaço, a alga marrom e fétida que a qualquer momento pode manchar a água azul-turquesa e invadir a faixa de areia (saiba mais sobre o problema que afeta toda a região da Riviera Maya).
Nesse caso, não é nada mal dar as costas para o mar e investir nos cenários de natureza deslumbrantes que a Riviera Maya guarda em seu interior. A região possui milhares (não é forma de expressão) de cenotes, que os maias consideravam passagens para outro mundo. De certa forma, eles são mesmo: as cavidades naturais conectam a superfície a áreas alagadas subterrâneas de uma beleza singular.
Para preservar a água, é obrigatório tomar uma ducha para retirar da pele qualquer resquício de desodorante, perfume, creme ou protetor solar. Além disso, a maioria dos cenotes inclui no valor da entrada o empréstimo de colete e equipamento de snorkel. Nos mais profundos, existe ainda a opção de fazer mergulho de cilindro.
A maioria não exige reserva e não possui uma página oficial para consultar horários de funcionamento e preço dos ingressos: vale tentar se informar na recepção do seu hotel. Chegar até eles é fácil: quase todos podem ser encontrados digitando o nome no Google Maps e no Waze.
Existem três tipos de cenotes e, sem se afastar muito de Tulum, é possível conhecer um de cada tipo. O Manati e o Casa Tortuga são formações a céu aberto e por isso se parecem bastante com rios esverdeados cercados por vegetação e pedras.
Entre os parcialmente cobertos, que são a categoria mais comum, estão o Gran Cenote, um dos maiores do pedaço, e o Dos Ojos, que é na realidade um conjunto de dois cenotes. O barato deles é que, olhando de fora, a água parece muito mais rasa do que realmente é. Ainda mais mágico é quando você mergulha e descobre que ali embaixo existe um mundo de formações rochosas. Um snorkel é o bastante para admirar essa paisagem subaquática, mas de cilindro é possível ir além e explorar passagens que existem entre uma caverna e outra.
Sugiro escolher entre o Gran Cenote e o Dos Ojos, mas existe também o Cavalera. Pequenino, ele ficou famoso por causa de uma corda fazendo as vezes de balanço, que rende fotos para o Instagram.
Todos os cenotes mencionados até aqui ficam a no máximo 30 minutos de carro de Tulum, mas para ver um que fica dentro de uma caverna quase toda fechada é preciso ir um pouco mais longe. O Suytún está a 1h30 da cidade, mas a viagem vale a pena porque o cenote é realmente único, com uma pequeníssima abertura no teto que permite a passagem da luz. Logo abaixo dela, construíram uma plataforma de pedra que – adivinha? – também rende uma ótima foto. Essa eu não resisti.
E já que você está por ali, aproveite para conhecer também o lindíssimo Ik-Kil, do tipo parcialmente coberto. São 26 metros de cavidade até chegar na lagoa, que por sua vez possui até 40 metros de profundidade. Para compor o cenário, as paredes são revestidas de plantas e há algumas raízes de árvores que desceram todo o caminho em busca de água.
Ainda não está convencido? Pois então saiba que tanto o Suytún quanto o Ik-Kil ficam pertinho de Chichén Itzá (veja no box acima). A minha estratégia foi sair de Tulum bem cedo pela manhã e ir direto para o sítio arqueológico. Na volta, passei no Ik-Kil, que fica a menos de dez minutos da antiga cidade maia, e depois no Suytún, uma horinha adiante e já no caminho para Tulum.
Laguna de Kaan Luum e Biosfera Sian Ka’an
Somente um lugar com uma praia tão bonita e um cardápio tão vasto de cenotes poderia manter relativamente em segredo um lugar como a Laguna de Kaan Luum. Pertinho do centro de Tulum, a cerca de 15 minutos de carro, a extensa lagoa é bem rasinha em suas margens, que têm um tom de azul-esverdeado lindíssimo.
Mais eis que um pouco mais adiante a água fica bem escura: é ali que começam dois buracos de até 80 metros de profundidade. A mudança é nítida, mas ao mesmo tempo tão abrupta que foram colocadas estacas de madeira para delimitar um espaço do outro – e nadar na parte funda é terminantemente proibido.
Em torno da laguna, há mirantes que permitem ver o fenômeno de cima. Dentro dela, há balanços e redes para relaxar na água que nunca passa da cintura, povoada por peixinhos que beliscam os pés.
Outro programa fora do óbvio em Tulum é a Biosfera Sian Ka’an. Trata-se da maior área natural protegida do Caribe, composta por florestas, manguezais e recifes de corais, tudo ao mesmo tempo. Ali dentro acontecem passeios de barco para ver aves, crocodilos, tartarugas-marinhas e, com sorte, golfinhos. Há paradas para snorkel e para banho em lagoas naturais e praias.
Resolva sua viagem aqui
ONDE FICAR EM TULUM
Aldea Zamá
No meio do caminho entre Tulum Playa e Tulum Centro, tanto geograficamente quanto em termos de preços, Aldea Zamá é um bairro em desenvolvimento que não para de ganhar empreendimentos de luxo.
O coração do lugar é o Hunab Lifestyle Center, um centrinho comercial com lojas de moda praia e cosméticos naturais, quiosques de comida vegana e mexicana e bares servindo drinques à base de tequila e mezcal. Os estabelecimentos se distribuem em torno de uma gostosa área com mesas ao livre que é praticamente o quintal do Motto by Hilton (nota 8,3/10 no Booking), hotel inaugurado em novembro de 2022 onde me hospedei.
A decoração do Motto, composta por tons de ocre e móveis de madeira baixa, chama atenção logo ao entrar no lobby, que tem ao centro um bar revestido de pedras esverdeadas. Além de drinques, ali é servido café da manhã, almoço e jantar (nenhuma refeição está incluída na diária).
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Há um segundo bar e restaurante no rooftop do Motto, onde também fica a piscina de borda infinita cercada por daybeds, espreguiçadeiras e guarda-sóis. O clima é de baladinha, com música eletrônica em volume agradável. Logo ao lado fica uma academia bem equipada e uma área onde rolam sessões de yoga e exercícios funcionais.
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A decoração em tons neutros, moderna e charmosa, também se estende aos quartos compactos, que têm seu espaço muito bem aproveitado graças à marcenaria planejada e às camas de casal encostadas na parede. Há também a opção de quarto com beliche, com uma cama de casal na parte de baixo e uma de solteiro na de cima.
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Na Aldea Zamá também fica o confortável hostel Maya Monkey (nota 8,5/10), com sala de coworking, piscina no rooftop e bar com balanços no lugar de cadeiras. Entre os hotéis, outra opção com boa relação custo-benefício é o Naay (nota 8,6/10), de quartos espaçosos e modernos.
A região concentra ainda apartamentos de aluguel de temporada que ficam em condomínios com piscina: veja esse com três quartos, esse com dois e esse estúdio.
Tulum Playa
O estilo rústico-chique que hoje é tão característico de toda Tulum nasceu dos hotéis pé-na-areia de Tulum Playa: as construções levam muitos elementos naturais, como madeira, bambu e palha, e a programação costuma incluir atividades voltadas para o bem-estar. São essas as hospedagens mais famosas e caras do destino, onde o conceito de luxo pode ser um pouco diferente do que de costume.
O Azulik (nota 7,2/10) é um bom exemplo disso. Em um trecho de praia quase privativo em que o uso de roupas é opcional, o hotel tem quartos iluminados apenas com velas, ventilador de teto e banho de cuia no lugar de jacuzzis – tudo, segundo o hotel, para fazer o hóspede desconectar da tecnologia e conectar com a natureza.
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A proposta é parecida no Ikal (nota 8/10), um glamping com apenas vinte cabanas. No Nomade (8,4/10), onde a decoração ganha uma pegada mais marroquina, a estadia pode ser em tendas com banheiros ao ar livre.
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Para uma experiência com mais conforto e menos pegada de acampamento, mas ainda na estética de cabanas imersas na vegetação, considere o Papaya Playa Project (nota 7,6/10): suas confortáveis “casitas” têm piscinas privativas no rooftop e a propriedade abriga um beach club badalado.
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Outras opções luxuosas e bem avaliadas pelos hóspedes são o Alaya (nota 9/10), o Encantada (nota 9,5/10), o Ma’Xanab (nota 9/10) e o La Valise (9,3/10). Nesse último, um trilho permite arrastar a cama de casal, que tem rodinhas nos pés, até a varanda ao ar livre.
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E não faltam hotéis na região com quartos seguindo moldes mais tradicionais. O Ahau (nota 7,9/10) oferece aulas de yoga e sessões de meditação, enquanto o Sanara (nota 8,7/10) tem spa com tratamentos inspirados na ayurveda. No boutique La Zebra a Colibri (nota 9,1/10), algumas suítes têm piscina privativa.
Ainda em Tulum Playa, mas em um canto ao sul mais afastado do agito, a Casa Malca (nota 9,1/10) costumava ser uma das mansões de Pablo Escobar. Hoje, é decorada com peças que fazem parte da coleção particular do negociante de arte que a transformou em hotel.
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Tulum Pueblo
O centrinho de Tulum é um tanto feioso, mas vem ganhando opções de hospedagem charmosas com diárias um pouco mais em conta. A dica é ficar o mais perto possível da Carretera Federal Chetumal-Cancun, onde estão enfileirados vários bares, restaurantes, lojas e mercados.
Bem ali, o Aruma Art House (nota 8,1/10) é um hostel descolado com paredes cheias de quadros e grafites e piscina de borda infinita no terraço. A Casa Don Diego (nota 8,7/10) fica a uma quadra da rodovia e tem quartos simples, mas bem ajeitados, com ventilador de teto e rede na varanda.
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O Una Vida (nota 9,4/10), a três quadras da carretera, tem decoração rústica e elegante: alguns quartos são estúdios com pequenas cozinhas e outros têm piscinas privativas. Ali perto fica o Bardo (9,5/10), um luxuoso hotel só para adultos que realiza semanalmente rituais de cura e de temazcal, banho a vapor criado pelos maias para purificar o corpo e o espírito.
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Praticamente no fim de Tulum Pueblo, isolados de todo o burburinho, estão o Panacea (nota 8,9/10), com acomodações em apartamentos, e o Holistika (8,6/10), que é quase um retiro espiritual – os dormitórios são compartilhados, acontecem aulas de yoga diárias e cerimônias do cacau e temazcal.
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Também vem crescendo a oferta de imóveis para aluguel de temporada. Esse apartamento de um quarto tem piscina no terraço e disponibiliza duas bicicletas e uma scooter para uso dos hóspedes. Para grupos de até seis pessoas, há esse outro apartamento com dois quartos.
E os resorts?Os resorts ainda são peças raras em Tulum. Em 2022, foram inaugurados dois resorts a mais de vinte quilômetros do centro da cidade: o Conrad (nota 9/10), cujos quartos têm banheiras de hidromassagem na varanda, e o Hilton (nota 7,8/10), com 13 restaurantes no sistema all-inclusive. |
ONDE COMER EM TULUM
Tulum Pueblo
O Burrito Amor é, realmente, só amor. A casinha branca com telhado de piaçava e mesas espalhadas pelo quintal ao ar livre serve burritos bem recheados, que chegam à mesa enrolados em folhas de bananeira.
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Outro restaurante gracinha é o Matcha Mama, que também tem unidade na Aldea Zamá. No menu, onde não entra nenhum ingrediente de origem animal, estão smoothies, bowls e açaí servido na cuia de coco para tomar sentado em um dos balanços.
O Pook Chu’c faz sucesso pelos hambúrgueres (a versão vegana é bastante elogiada).
Para um bom café da manhã ou brunch, vá ao Rossina: tem croisssaint, pain au chocolat, panquecas e toasts, mas também opções locais como o breakfast burrito, que leva ovo. Há uma segunda unidade em Aldea Zamá.
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A primeira refeição do dia também é o foco do DelCielo, que serve coloridos bowls de frutas e pratos bem servidos com ovos e guacamole.
Tulum Playa
Todos os beach clubs servem comida, mas existem restaurantes para além deles.
O mais disputado é o Hartwood, que muda o menu a cada dia de acordo com a disponibilidade dos ingredientes, todos produzidos de forma orgânica na Península de Yucatán (as reservas podem ser feitas com um mês de antecedência).
O hotel Azulik tem dois lugares famosos abertos ao público com mesas ao ar livre dentro de estruturas que se parecem com ninhos: o Kin Toh serve um menu de três etapas inspirado nas tradições culinárias dos maias, enquanto o Tseen Ja faz uma gastronomia de fusão japonesa-mexicana.
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Dentro do hotel Nomade, o La Popular é focado em frutos do mar e possui mesas espalhadas pela areia – algumas ficam sobre tapetes e são baixinhas, com pufes para se sentar.
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O argentino Casa Banana assa carnes no fogo à lenha; o Kitchen Table usa ingredientes locais em preparos simples; e o La Malinche serve comida mexicana. Para uma refeição rápida e despretensiosa, o Raw Love é um quiosque charmoso na areia com sucos, smoothies, bowls e algumas sobremesas.
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A oferta gastronômica de Tulum Playa também é caracterizada por restaurantes com clima de balada, com direito a DJs. Entre eles estão o Rosa Negra, de comida latino-americana, o Gitano, mexicano com mesas em torno da pista de dança, e o Casa Jaguar, que se destaca pela coquetelaria do bar Todos Santos.
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E por falar em drinques, não perca os do Arca, eleito o 60º melhor bar do mundo pelo The World’s 50 Best Bars em 2023. O ranking destaca o “Har Mar Superstar”, que leva mezcal, gengibre, mel, limão e tomilho.
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QUANDO IR PARA TULUM
Tulum tem clima quente o ano inteiro, mas a alta temporada corresponde ao período entre dezembro e maio, mais seco. Entre junho e novembro, as chuvas são mais recorrentes e os furacões podem aparecer.
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