1. Museu do Quai Branly
O prédio fica meio escondido atrás de árvores e vai se revelando à medida que o visitante se aproxima. Pra chegar à entrada, é preciso atravessar um jardim ondulado com jeito de vegetação selvagem. Às margens do Sena e a poucos passos da Torre Eifel, o Quai Branly foi inaugurado em 2006 e exibe obras da África, Ásia, Oceania e América – um acervo que conta a história dos povos não europeus. Projetado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, o edifício parece uma passarela coberta por caixas coloridas e irregulares que dão a impressão de saltar da construção, tudo protegido do barulho por um muro de vidro e fachadas com plantas. Só esse conjunto já valeria a visita. Mas o Quai Branly tem ótima programação, com palestras, filmes e exposições temporárias de primeira.
2. Histoires de Parfums
É uma loja de perfumes ultraespecial, fundada em 2000 por Gerald Ghislain, um perfumista amante das artes e dos cheiros nascido no sul da França. Pra ele, perfumes têm a ver com estilo e, claro, com personalidade e repertório individual. Por isso, define o lugar não como uma perfumaria, mas como uma biblioteca olfativa. Ali, tudo é artesanal. Os frascos são lindos; as embalagens, diferentes, com cores pensadas e repensadas, cheias de significado. A maioria dos perfumes é batizada com o ano de nascimento de alguns personagens que, para o alquimista, marcaram época. Você pode encontrar, por exemplo, o perfume 1725, dedicado a Casanova, ou o 1876, ano em que Mata Hari nasceu. Há ainda edições especiais, como a série que homenageia cinco óperas com protagonistas femininas fortes, como o 1875, dedicado à Carmen, ou o 1904, que reverencia Madame Butterfy. A loja exala bom gosto, tem um jeito galeria de arte contemporânea. Veja também lojas em Paris para comprar produtos de skincare.
3. Rue Mouffetard
É uma das ruas com mercado a céu aberto mais interessantes de Paris, onde você encontra pequenas maravilhas: queijos, frutos do mar, legumes, frutas, vinhos, sorvetes artesanais, doces maravilhosos, chocolates, produtos tipicamente franceses ou do mundo todo. No miolo do Quartier Latin, a Moufetard é umas das ruas mais antigas da França. Foi um caminho romano – hoje consegue o prodígio de ser um polo gastronômico com ares franceses, mas cosmopolita. A rua tem vários restaurantes; porém, a graça mesmo é o mercado ao ar livre, que só não funciona às segundas e é frequentado pelos moradores. Nele, dá para achar comida para todos os gostos e bolsos – e o risco ali é você querer engolir a rua inteira. Os cheiros e apelos visuais são estonteantes, um convite à gulodice. Dá para sair de lá almoçado, jantado e ainda levar compras para o mês todo. Não deixe de subir a rua até chegar à Place de la Contrescarpe, com sorveterias, lojinhas e simpáticos cafés, como o Delmas, frequentados pelos que vivem ali. Entenda a diferença entre restaurante, bistrô, brasserie e café.
4. Ótica E.B. Meyrowitz
É uma espécie de alta-costura dos óculos, uma loja que faz modelos sob medida desde 1875. Apesar da tradição, há peças para todas as tribos, das clássicas às modernas. Tudo artesanal. O pequeno templo foi criado por Emil Bruno Meyrowitz, um alemão que migrou para os Estados Unidos, abriu sua primeira loja em Nova York no final do século 19, ganhou fama com os óculos feitos para pilotos de avião e, em seguida, conquistou Paris. A poucos passos da Place Vendôme, a E.B. Meyrowitz é um charme. Uma escada forrada com um tapete vermelho dá acesso ao ambiente forrado de estantes e prateleiras de madeira. Se você não levar nenhum dos muitos e incríveis modelos de óculos, tem a opção de comprar uma caixa de aço superestilosa e com a marca da casa pra guardar os que já tem. Confira também essas 24 boutiques para você sair vestida como uma parisiense.
5. Salon du Pantheón
O lendário Cinéma du Panthéon, no coração do Quartier Latin, tem uma boa surpresa em seu primeiro andar: um loft enorme com um terraço ao ar livre que abriga bar e café. Acolhedor, charmoso, com jeito de sala de estar, o Salon du Pantheón foi decorado com a ajuda da musa Catherine Deneuve. É um ponto de encontro de atores, diretores, artistas e músicos. Dá para relaxar nos sofás e nas poltronas superconfortáveis folheando exemplares da Les Cahiers du Cinéma, a publicação mais cool dedicada à sétima arte, ou conferir exposições de fotografia. Conheça outros cinemas de rua famosos de Paris.
6. Fundação Louis Vuitton
Formado por enormes placas de vidros curvos e sobrepostos misturadas a metal e com estrutura de aço e madeira, o edifício é uma espécie de grande barco com 12 velas (ou seriam asas?). Um dos projetos mais ousados do arquiteto canadense naturalizado americano Frank Gehry. Concebida para ser um espaço de arte contemporânea, a fundação foi inaugurada em 2014 e, de cara, recebeu as obras da coleção particular do empresário Bernard Arnault, proprietário da grife Louis Vuitton e idealizador do projeto. O prédio possui 11 galerias – quatro para
grandes exposições. Tem também livraria, restaurante e quatro terraços com vista para Paris e para o Bois de Boulogne. É bom comprar ingressos com antecedência no site. Gosta de arte? Veja endereços para comprar livros, pôsteres de filmes, postais e outros achados.
7. Mesquita de Paris
Fica no Quartier Latin, coração de Paris, e é uma uma imersão na cultura árabe. A mesquita foi construída em 1926 e, além da arquitetura mourisca que já vale a visita, tem outros atrativos bacanas. Um restaurante, um salão de chá, uma loja com objetos árabes e um hammam – o espaço de banhos, formado por saunas e piscinas quentes, que tem dias e horários específicos para homens e mulheres. Mas o ponto alto do lugar é um lindo jardim em estilo andaluz, com inúmeras fontes de água que, na época de verão, são um convite irresistível ao dolce far niente.
8. Merci
Uma loja multimarcas surpreendente, um daqueles lugares em que dá pra passar o dia inteiro sem se dar conta. Há roupas, perfumes, acessórios, objetos de decoração e peças de grifes de luxo, misturados a móveis e objetos garimpados mundo afora – em resumo, uma espécie de parque de diversão, com portas que se abrem para um pátio interno. Logo na entrada da loja, a sua marca registrada: um charmoso Fiat 500 vermelho. Depois das compras, você pode aproveitar o clima de um café literário com comidinhas deliciosas e um tipo de sebo-livraria. Ah, a loja também tem floricultura… Diferente das suas vizinhas, a Merci quer ser mais que uma loja-conceito moderninha. Os proprietários, Marie-France e Bernard Cohen, são fundadores da marca francesa Bonpoint e, quando criaram a Merci, em 2009, resolveram doar uma parte da renda da loja para as crianças pobres de Madagascar. Fica no Marais, perto da Place des Vosges. Veja mais lojas de souvenires em Paris.
9. Galeria Vivienne
No século 19, Paris teve mais de 100 galerias cobertas, concebidas para proteger os pedestres da chuva, dos cavalos e das carruagens. Menos de 20 sobreviveram. Felizmente, a Galerie Vivienne é uma delas. Inaugurada em 1823, ainda hoje é a mais elegante da cidade – com arcadas com telhado de vidro que deixam entrar uma luz natural incrível, chão de mosaico, vitrines de madeira e pequenas lojas, além de bares e restaurantes. Foi ali que Jean-Paul Gaultier abriu sua primeira loja. Para amantes de vinhos, é obrigatório ir ao Legrand Filles et Fils, bar com um restaurante nos fundos onde os sommeliers tentam entender de que tipo de vinho você gostaria e fazem uma indicação a mais pessoal possível. Na galeria, também há uma das livrarias mais tradicionais de Paris, a F. Jousseaume, aberta em 1826 e com preços excelentes. São duas lojas, uma de frente para a outra, com muitas primeiras edições de livros do século 18, 19 e 20 e gravuras. A galeria possui três entradas: uma pela Rue Vivienne, outra pela De La Banque e a terceira pela Des Petits-Champs. Listamos outras quatro ‘passages’ de Paris que valem a visita.
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