O World’s 50 Best Restaurants, considerado o Oscar da gastronomia, anunciou na terça-feira (19/06) a lista dos melhores restaurantes do mundo em 2018. A premiação foi feita durante uma cerimônia no Palácio Euskalduna, em Bilbao, no País Basco espanhol.
O italiano Osteria Francescana, em Módena, voltou ao primeiro lugar, repetindo o feito de 2016 – na lista de 2017, o restaurante ficou na segunda posição, atrás do Eleven Madison Park, de Nova York. A osteria, dona de três estrelas Michelin, é comandada pelo chef Massimo Bottura, que ficou famoso por suas releituras de clássicos italianos e pelo trabalho social – Bottura se aliou à luta contra o desperdício de alimentos através de sua ONG, a Food for Soul, que cria e mantém cozinhas comunitárias ao redor do mundo. O projeto tem um braço no Brasil, a Gastromotiva.
Até o fim de setembro não há mesa disponível na Osteria Francescana. No dia 2 de julho abrem as reservas para o mês de outubro. Informe-se neste link.
Seguindo a Osteria Francescana no ranking, vieram o espanhol El Celler de Can Roca, que ficou com o primeiro lugar em 2013 e 2015; o francês Mirazur e o americano Eleven Madison Park. O tailândes Gaggan ficou na 5ª posição e se tornou o primeiro restaurante asiático a entrar no top 5, enquanto o peruano Central ficou em sexto lugar.
O único brasileiro a entrar no top 50 em 2018 foi o paulistano D.O.M, do chef Alex Atala, que ficou no 30º lugar, caindo 14 posições desde o ano passado, quando ficou em 16º. O restaurante, que obteve sua melhor posição em 2012, quando atingiu o 4º lugar, apareceu no top 10 também em 2011 (7º lugar), 2013 (6º lugar), 2014 (7º lugar) e 2015 (9º lugar).
Contudo, outras casas brasileiras figuraram na lista estendida, divulgada na semana passada com os restaurantes que ficaram entre as 51ª e 100ª posições. Em sua estreia na lista, o paulistano A Casa do Porco ficou em 79º – criado em 2015, a casa é chefiada por Jefferson Rueda, que comanda ainda o Hot Pork, especializado em cachorro-quente, e a recentíssima Sorveteria do Centro em parceria com a confeiteira Saiko Izawa, todos no centro de São Paulo. Já o Maní, da chef Helena Rizzo, ficou em 87º, enquanto o carioca Lasai, comandado por Rafael Costa e Silva, apareceu no 100º lugar.
Além da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, a cerimônia reconheceu o espanhol Azurmendi como o restaurante mais sustentável; Cédric Grolet, do restaurante do hotel francês Le Meurice, como melhor chef pâtissier e o americano SingleThread como o restaurante mais promissor. A World’s 50 Best também homenageou os chefs Anthony Bourdain, Paul Bocuse e Gualtiero Marchesi, que faleceram recentemente.
Critérios de escolha
A lista da World’s 50 Best é compilada anualmente desde 2002 por mais de 1.000 experts internacionais da indústria gastronômica. São chefs, donos de restaurantes, críticos gastronômicos e conhecedores de gastronomia, que selecionam 10 dos seus restaurantes favoritos do mundo (4 dos indicados não podem estar na mesma região onde o jurado vive).
A única regra para a escolha dos restaurantes é ter comido no local nos últimos 18 meses. Os restaurantes, em contrapartida, não podem estar fechados três meses antes do anúncio da premiação e devem permanecer abertos nos três meses seguintes (a medida é para evitar que restaurantes pop-ups se inscrevam). As indicações são posteriormente contabilizadas e verificadas por uma empresa de auditoria.
Confira quais são os 10 melhores restaurantes do mundo em 2018:
1. Osteria Francescana, Módena, Itália
2. El Celler de Can Roca, Girona, Espanha
4. Eleven Madison Park, Nova York, Estados Unidos
9. Mugaritz, San Sebastián, Espanha
10. Asador Etxebarri, Axpe Achondo, Espanha
Veja aqui a lista com os 50 ganhadores de 2018.
