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Foto de voo lotado viraliza e aérea revê política de assentos

Médico divulgou imagem de aeronave da United em sua conta do Twitter; aérea havia dito que manteria o assento do meio livre

Por Fabricio Brasiliense
Atualizado em 24 jan 2021, 00h01 - Publicado em 14 Maio 2020, 19h55
Voo da United lotado
“É impressão minha ou a United anda relaxando com a questão do distanciamento social?", publicou o médico que embarcou em um voo lotado (Ethan Weiss Twitter/Reprodução)
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O distanciamento social é o principal calcanhar de Aquiles da aviação na atualidade. A proximidade física entre desconhecidos durante horas sentados lado a lado é uma situação que ainda dará muito pano pra manga e exigirá ações resolutivas das empresas aéreas. Do contrário, quem terá coragem de subir em um avião?

Um exemplo disso aconteceu no último sábado (09). Um médico que havia embarcado em um voo da United de Nova York para San Francisco topou com uma cena que há dois meses seria banal, mas hoje em dia beira o trágico: o voo estava lotado. Ethan Weiss tinha ido trabalhar em um hospital de campanha no epicentro da doença nos Estados Unidos, e publicou em sua conta no Twitter a foto do episódio com a seguinte legenda: “É impressão minha ou a United anda relaxando com a questão do distanciamento social? Todos os assentos preenchidos neste 737″.

O imagem logo viralizou. A United, por sua vez, havia publicado um tweet em 22 de abril anunciando que deixaria as poltronas do meio livres. Dois dias após a publicação da foto do médico, a aérea americana instituiu um novo protocolo: até 24 horas antes da partida de cada voo, a empresa avisará os passageiros caso a aeronave tenha uma ocupação superior a 70%. A medida valerá a partir da próxima semana e vai até 30 de junho. Outra possibilidade é que a aérea faça o anúncio da lotação no portão de embarque. O passageiro que preferir não voar, poderá remarcar a viagem sem custo ou receberá um crédito no valor da passagem. 

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O site da companhia explica que a lotação em alguns voos vem ocorrendo pela falta de opções, uma vez que a malha aérea nos Estados Unidos está reduzida ao mínimo. No caso da United, a empresa diminuiu os voos em 90%. Entretanto, a aérea também afirmou que menos de 15% das aeronaves estão decolando com mais de 50% de ocupação.

A conta que não fecha

A equação das aéreas é uma das mais difíceis de fechar. Deixar o assento do meio vazio pode significar o fim das passagens baratas e das low-costsA maneira que as empresas encontraram de voltar a voar foi obrigar passageiros e tripulação a usarem máscaras o tempo todo. Se depender da Lufthansa, por exemplo, aeronave nenhuma decola vazia: “manter o assento vizinho livre na Classe Econômica e na Classe Econômica Premium não será mais aplicável, pois o uso da cobertura facial oferece a proteção adequada”, comunicou a empresa. E que tal cobrar para deixar o assento ao lado vazio? A área americana Frontier fez a tentativa e deu ruim. A low-cost foi acusada de oportunismo por jogar com o medo que pessoas estão de voar: quer ter menos chance de se contaminar?, então pague mais. Pegou mal.

Enquanto isso, as aéreas do mundo inteiro vêm divulgando as medidas de desinfecção que estão implementando em suas aeronaves. Dentre elas, estão a higienização redobrada, desativação dos totens de auto-atendimento, alterações no sistema de embarque, redução do serviço de bordo e implementação de novas tecnologias para diminuir o contato interpessoal. Além disso, o uso irrestrito de máscaras em todos os voos por funcionários e passageiros também foi implementado, inclusive no Brasil.

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