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Volta ao mundo em 12 cafés famosos

Embarque numa viagem pela história do café, parando em 12 países para tomar um cafezinho

Por Fábio Paschoal
13 abr 2012, 15h24 • Atualizado em 25 ago 2017, 16h05

Foi uma cabra africana que descobriu o café? Segundo a lenda, Kaldi, um pastor de cabras que morava em um vilarejo na Etiópia, observou seus animais pastando animados, correndo de um arbusto para o outro, em busca de pequenas frutas vermelhas. Ele ficou intrigado e resolveu experimentar a iguaria. Logo, estava alegre e contente saltitando junto com seu rebanho. O café havia sido descoberto!

O café cruzou o Mar Vermelho, e as primeiras mudas começaram a ser cultivadas no Iêmen. Então ganhou o Oriente Médio e logo depois a Europa. Na Inglaterra deixava os trabalhadores mais dispostos durante a Revolução Industrial, e na França reunia intelectuais nas cafeterias para debater política. Na Ásia, o Vietnã se tornou o maior produtor da variedade robusta, enquanto o Brasil se tornou o maior produtor mundial.

Com o tempo, o gosto pelo café foi se aperfeiçoando e o cafezinho ganhou várias versões. A mais exótica de todas é o kopi luwak da Indonésia, que é elaborado a partir das fezes de um animal.

O café se espalhou pelo mundo e ganhou um número gigantesco de apreciadores que não conseguem passar o dia sem uma dose de cafeína.

Veja nossa galeria com 12 países que têm uma história relacionada com o café. Ideal para ler enquanto você toma o seu expresso.

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Na <strong>Etiópia</strong>, pais onde o <strong>café</strong> foi descoberto, não se toma um simples cafezinho. O país venera tanto a bebida que existe uma cerimônia só para ela: Uma mulher traz grãos verdes que são lavados delicadamente em um recipiente de barro. A fogueira é acesa e, com movimentos vagarosos, ela mexe os grãos até que eles ficarem bem escuros. Após torrado, o café passa para o pilão onde é moído até virar pó. Esse pó é colocado em uma bela garrafa, que possui um sistema especial de filtragem, junto com água fervente. Então, o café é servido em todas as xícaras e passado aos convidados. <strong>A cerimônia do café</strong> normalmente é feita em ocasiões especiais, mas os etíopes mais tradicionais a realizam todos os dias — **1/12** Na **Etiópia**, pais onde o **café** foi descoberto, não se toma um simples cafezinho. O país venera tanto a bebida que existe uma cerimônia só para ela: Uma mulher traz grãos verdes que são lavados delicadamente em um recipiente de barro. A fogueira é acesa e, com movimentos vagarosos, ela mexe os grãos até que eles ficarem bem escuros. Após torrado, o café passa para o pilão onde é moído até virar pó. Esse pó é colocado em uma bela garrafa, que possui um sistema especial de filtragem, junto com água fervente. Então, o café é servido em todas as xícaras e passado aos convidados. **A cerimônia do café** normalmente é feita em ocasiões especiais, mas os etíopes mais tradicionais a realizam todos os dias *(Matt Saunders/Flickr/creative commons/Reprodução)*

As primeiras <strong>mudas de café </strong>foram cultivadas no <strong>Iêmen</strong> e de lá se expandiram pelo mundo árabe. Para garantir o monopólio do produto os árabes ferviam ou torravam as sementes (impossibilitando o seu plantio) antes de comercializá-las nos mercados. Acredita-se que um peregrino-contrabandista, escondeu sementes de café férteis em sua barriga e levou a planta para a <a href="https://preprod.viagemeturismo.abril.com.br/materias/europa/" target="_blank"><strong>Europa</strong></a> e a <strong>Ásia</strong> — **2/12** As primeiras **mudas de café** foram cultivadas no **Iêmen** e de lá se expandiram pelo mundo árabe. Para garantir o monopólio do produto os árabes ferviam ou torravam as sementes (impossibilitando o seu plantio) antes de comercializá-las nos mercados. Acredita-se que um peregrino-contrabandista, escondeu sementes de café férteis em sua barriga e levou a planta para a **Europa** e a **Ásia** *(Carpetblogger/ CC/Reprodução)*

As primeiras <strong>cafeterias</strong> abriram em Constantinopla (atual <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/turquia-istambul" target="_blank">Istambul</a>), na<strong> <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/turquia" target="_blank">Turquia</a></strong>, onde serviam o tradicional <strong>café turco</strong> (foto), preparado a partir da moagem mais fina dos grãos. O café deve ser colocado em água fria, para preservar os sabores, dentro da <em>cezve</em> (recipiente desenvolvido especialmente para o café turco). Então a mistura deve ser fervida 3 vezes, tomando o cuidado para não queimar. Após retirar do fogo, espera-se um minuto, quando a borra do café baixa para o fundo da <em>cezve</em> a bebida está pronta para ser servida. Em geral o café turco já é preparado com açúcar e especiarias — **3/12** As primeiras **cafeterias** abriram em Constantinopla (atual Istambul), na Turquia, onde serviam o tradicional **café turco** (foto), preparado a partir da moagem mais fina dos grãos. O café deve ser colocado em água fria, para preservar os sabores, dentro da *cezve* (recipiente desenvolvido especialmente para o café turco). Então a mistura deve ser fervida 3 vezes, tomando o cuidado para não queimar. Após retirar do fogo, espera-se um minuto, quando a borra do café baixa para o fundo da *cezve* a bebida está pronta para ser servida. Em geral o café turco já é preparado com açúcar e especiarias *(iStockphoto/Reprodução)*

Você tomaria um café que é feito a partir das sementes coletadas de fezes? O <em>kopi luwak</em> é feito a partir dos grãos de plantações da Ilha de Java, na <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/indonesia" rel="Indonésia" target="_blank"><strong>Indonésia</strong></a>. O seu segredo está na "etapa especial" de fermentação das sementes, que acontece dentro do sistema digestivo da <strong>civeta asiática</strong> (<em>Paradoxurus hermaphroditus</em>), um pequeno mamífero carnívoro. Esse processo transforma as propriedades do café e lhe confere um sabor único. Só existe um problema: as sementes precisam sair do intestino do animal. Assim, é preciso colher as fezes do bichinho e lavar os grãos antes de torrá-los. Ficou interessado? Então prepare o bolso, porque um quilo de <em>kopi luwak</em> pode chegar aos US$ 700,00 — **4/12** Você tomaria um café que é feito a partir das sementes coletadas de fezes? O *kopi luwak* é feito a partir dos grãos de plantações da Ilha de Java, na **Indonésia**. O seu segredo está na "etapa especial" de fermentação das sementes, que acontece dentro do sistema digestivo da **civeta asiática** (*Paradoxurus hermaphroditus*), um pequeno mamífero carnívoro. Esse processo transforma as propriedades do café e lhe confere um sabor único. Só existe um problema: as sementes precisam sair do intestino do animal. Assim, é preciso colher as fezes do bichinho e lavar os grãos antes de torrá-los. Ficou interessado? Então prepare o bolso, porque um quilo de *kopi luwak* pode chegar aos US$ 700,00 *(Hidetsugu Tomomura CC/Reprodução)*

O <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/vietna" rel="Vietnã" target="_blank"><strong>Vietnã</strong></a> é o principal produtor da variedade de <strong>café</strong> <em>robusta</em>, mais amargo e com mais cafeína do que a variedade <em>arabica</em>, a mais cultivada aqui no <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/brasil" rel="Brasil" target="_blank">Brasil</a>. Uma das bebidas vietnamitas tradicionais é o <strong>ca phe sua da</strong> (foto), café misturado com leite condensado servido gelado — **5/12** O **Vietnã** é o principal produtor da variedade de **café** *robusta*, mais amargo e com mais cafeína do que a variedade *arabica*, a mais cultivada aqui no Brasil. Uma das bebidas vietnamitas tradicionais é o **ca phe sua da** (foto), café misturado com leite condensado servido gelado *(iStockphoto/Reprodução)*

O <strong>café</strong> chegou na<strong> <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/italia" target="_blank" rel="noopener">Itália</a></strong> pela cidade de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/italia-veneza" target="_blank" rel="noopener">Veneza</a>. A partir daí se espalhou para o país e ganhou muitas versões. Uma delas foi inventada na cidade de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/italia-milao" target="_blank" rel="noopener">Milão</a>: o <strong>café espresso</strong>, conhecido e apreciado no mundo inteiro — **6/12** O **café** chegou na Itália pela cidade de Veneza. A partir daí se espalhou para o país e ganhou muitas versões. Uma delas foi inventada na cidade de Milão: o **café espresso**, conhecido e apreciado no mundo inteiro *(iStockphoto/Reprodução)*

Na cidade de Quíndio (<a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/colombia" rel="Colômbia" target="_blank">Colômbia</a>) fica o Parque Nacional del Café, onde está o <strong>Museo Del Café</strong> (foto), dedicado à cultura cafeeira. Além de conhecer o processo de fabricação de uma das bebidas mais populares do mundo, o visitante pode passear pelos cafezais a cavalo, passando por réplicas de estações tradicionais dos tempos áureos do<strong> café colombiano</strong>. Para quem preferir meios de transporte mais modernos, é possível andar de teleférico ou montanha-russa. Vá entre outubro e dezembro se quiser ver os cafezais floridos — **7/12** Na cidade de Quíndio (Colômbia) fica o Parque Nacional del Café, onde está o **Museo Del Café** (foto), dedicado à cultura cafeeira. Além de conhecer o processo de fabricação de uma das bebidas mais populares do mundo, o visitante pode passear pelos cafezais a cavalo, passando por réplicas de estações tradicionais dos tempos áureos do café colombiano. Para quem preferir meios de transporte mais modernos, é possível andar de teleférico ou montanha-russa. Vá entre outubro e dezembro se quiser ver os cafezais floridos *(Johana Arias/ Wikimedia Commons/Reprodução)*

Só um estrangeiro desavisado pede por um simples <strong>café</strong> na <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/austria" rel="Áustria" target="_blank">Áustria</a>, especialmente se você se encontra no bulevar Kärntner, em <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/austria-viena" rel="Viena" target="_blank">Viena</a>, onde charmosos cafés servem especialidades da cidade: <em>melange </em>(mistura de café com leite quente servido com chantilly no topo), <em>verlängerter </em>(café preto diluído com água quente, servido com leite), <em>kaisermelange </em>(café misturado com gema de ovo e conhaque), <em>eiskaffee </em>(café gelado com sorvete de creme e chantilly)... A lista continua, mas se o que você precisa é de uma boa xícara de café preto, peça por um <em>grosser schwarzer </em>e você terá o que deseja. Uma lenda popular diz que os vienenses descobriram o café depois do cerco otomano de 1683 — **8/12** Só um estrangeiro desavisado pede por um simples **café** na Áustria, especialmente se você se encontra no bulevar Kärntner, em Viena, onde charmosos cafés servem especialidades da cidade: *melange* (mistura de café com leite quente servido com chantilly no topo), *verlängerter* (café preto diluído com água quente, servido com leite), *kaisermelange* (café misturado com gema de ovo e conhaque), *eiskaffee* (café gelado com sorvete de creme e chantilly)... A lista continua, mas se o que você precisa é de uma boa xícara de café preto, peça por um *grosser schwarzer* e você terá o que deseja. Uma lenda popular diz que os vienenses descobriram o café depois do cerco otomano de 1683 *(Reprodução/Reprodução)*

9/12 Era muito perigoso tomar água dos rios devido aos riscos de se contrair uma doença. Durante a fabricação da cerveja a água é fervida, eliminando o risco de contrair várias doenças. Assim, as pessoas a tomavam durante o dia inteiro. O café apareceu como uma alternativa não alcoólica e logo as cafeterias se espalharam pela Europa. Em um passeio por Paris, na França, é impossível não para em um de seus charmosos cafés (foto) (André Lobo/Reprodução)