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1/17 Ouro Preto é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade e está a 95 km de Belo Horizonte . O município nasceu em 1711, com o nome de Vila Rica. Poucos anos depois, em 1720, foi escolhida como a capital da capitania das Minas Gerais. Durante o ciclo do ouro do Brasil colonial, a cidade era o mais importante centro econômico e político do país (Sérgio Mourão/Setes/Fotos Públicas/Wikimedia Commons) 2/17 As ladeiras íngremes com calçamento de pedra levam a inúmeras igrejas com entalhes do escultor Aleijadinho (como ficou conhecido Antônio Francisco Lisboa, que sofria de hanseníase) e afrescos do Mestre Manoel da Costa Ataíde, casarões coloniais, o Museu da Inconfidência, a Praça Tiradentes e lojinhas de pedras semipreciosas extraídas na região. As antigas minas de ouro também podem ser visitadas, além do Pico do Itacolomy, localizado em um Parque Nacional que preserva uma parte da Mata Atlântica. (Creative Commons/Wikimedia Commons) 3/17 Restaurantes servem pratos da rica culinária mineira em panelas de pedra aquecidas no fogão à lenha e não pode faltar uma cachacinha após as refeições. Além de histórica, a cidade também é sede da Universidade Estadual de Ouro Preto e possui muitas repúblicas tradicionais de estudantes, que dão um ritmo frenético às ruas e bares. A Festa do 12, no feriado de 12 de outubro, recebe uma multidão de ex-alunos em busca de recordações do passado – uma espécie de carnaval fora de época (Leo Benini/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons) 4/17 O vilarejo que também é chamado de Casa Branca é um dos mais antigos distritos de Ouro Preto. Ele foi ponto fundamental de passagem dos bandeirantes, cujo marco histórico é o chafariz de Dom Rodrigo (foto), construído em 1782 por ordem do governador e capitão da época, Dom Rodrigo de Menezes. As Guerras dos Emboabas, por posse das terras mineiras, ocorreram bem ali, em suas estradas. (Glauco Umbelino/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons) 5/17 O vilarejo dispõe de pousadas e fazendas pitorescas para quem quiser hospedar-se em um lugar mais calmo que a frenética Ouro Preto. O artesanato em azulejo, na palha, na taquara e em couro de boi, além dos crochês e bordados, são o principal chamariz da localidade. Não deixe de experimentar a goiabada cascão e o doce de leite em compota da região. (Creative commons/Wikimedia Commons) 6/17 No caminho morro acima, seis capelas que compõem o Jardim de Passos representam a Via Sacra com belíssimas imagens em cedro feitas também por Aleijadinho. Esse conjunto foi tombado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Todo ano, o município reúne milhares de fiéis em busca de cura, fluxo que aumenta durante a Semana Santa: os habitantes da cidade enfeitam as ruas de pedra com serragem colorida e flores, especialmente em frente às capelas, espetáculo que vale a pena presenciar. (creative commons/Wikimedia Commons) 7/17 A cidade recebe turistas de várias partes do Brasil e do mundo para apreciar a grande obra do artista barroco Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho. São 12 estátuas esculpidas em pedra sabão representando os apóstolos em tamanho real, dispostos na Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, que fica no alto de uma colina. (Carlos Alberto/GEMG/Fotos Públicas/Wikimedia Commons) 8/17 Encravada aos pés da Serra São José, Tiradentes encanta com suas ruas largas de calçamento de pedra e poucas ladeiras (se compararmos com Ouro Preto, é uma cidade plana!). Com ares românticos e ritmo de cidade do interior, de lá também partem passeios até belas cachoeiras, cavalgadas e rapel. (Halleypo/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons) 9/17 Do centro de Tiradentes sai um passeio de Maria Fumaça que vai até a vizinha (e também histórica) São João del-Rei . A cidade conta ainda com eventos praticamente mensais. Os mais famosos são a Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro, e o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia, em agosto. (Pablo de Sousa/Wikimedia Commons) 10/17 São João é uma das maiores cidades setentistas de Minas Gerais, mas ainda sim preserva um centro histórico com igrejas centenárias onde o estilo arquitetônico dominante é o Barroco Mineiro de fachadas simples e muito trabalho em ouro e esculturas do lado de dentro. A igreja com mais detalhes é a Basílica Nossa Senhora do Pilar, construída em 1721.A cidade é também a terra-natal de Tancredo Neves, o ex-presidente que nunca tomou posse, e é possível visitar extenso acervo de fotos e documentos no Memorial Presidente Tancredo Neves. Um bom jeito de chegar até São João é pela Maria Fumaça que liga o município a Tiradentes. (Acervo IER/Divulgação) 11/17 Pequena e charmosa, Carrancas se destaca mais pelas belas cachoeiras de seu entorno do que pelos edifícios históricos. Ainda sim, muitas casas têm placa com a sua data de construção, inclusive as mais recentes, o que mostra um orgulho carranquense por sua história. Pelas suas montanhas estão trilhas que levam a cachoeiras, grutas, poços e mirantes: é um dos polos de ecoturismo de Minas Gerais. Algumas das quedas d’água são de fácil acesso, perfeitas para serem visitadas com crianças pequenas. Também há pinturas rupestres encontradas no Sítio Arqueológico Lapa Zilda, que tem mais de 10 cachoeiras, que têm mais de 3.500 anos de idade, são bastante acessíveis e podem ser visitadas sem guia. (Acervo IER/Divulgação) 12/17 Ainda que seja uma cidade pequena, concentra um dos maiores complexos hidrominerais do mundo, com 12 fontes de água mineral de diferentes propriedades. Suas termas já receberam a visita da Princesa Isabel e de seu esposo Conde d’Eu em 1868, atraídos pela fama curativa de suas águas para auxiliar no tratamento de infertilidade da princesa. Segundo a lenda, após uma visita às águas ferruginosas de uma das fontes, Isabel curou-se de anemia e engravidou. A Igreja de Santa Isabel da Hungria foi encomendada pela princesa em agradecimento às águas de Caxambu. (Acervo IER/Divulgação) 13/17 Terra natal do primeiro santo católico brasileiro, Frei Galvão, a cidade está na região do Vale do Paraíba, em São Paulo. O turismo religioso é destaque, marcado por construções relativas ao santo e a casa onde ele morou (foto). Igrejas, mosteiros e capelas construídas durante o século 17 têm estilos que misturam o do vale paraibano e o rococó mineiro. No Mosteiro de Belém, construído por imigrantes alemães, há apresentações de cantos gregorianos todas as manhãs. (Zeeh Maneh/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons) 14/17 Na foto, a estação ferroviária de Guaratinguetá. O turismo ecológico também é forte graças à mata que fica entre as serras do Mar e da Mantiqueira. São trilhas, cachoeiras, nascentes, picos e montanhas podem ser passeios tranquilos ou com prática de esportes radicais como rapel, asa delta, paraglider, jipe e mountain bike. (Creative Commons/Luciano Dinamarco/Wikimedia Commons) 15/17 Localizada entre a Serra do Mar e o Vale do Paraíba e com o Parque Estadual da Serra do Mar muito próximo, Cunha é ponto de partida para várias trilhas que levam a cachoeiras e paisagens de tirar o fôlego. A cidade também é conhecida pelo trabalho em cerâmica de seus artistas e artesãos, que produzem peças de qualidade e diferentes estilos e técnicas, conferindo a denominação de “cerâmica de autor”. Em termos de gastronomia, os produtos regionais como pinhão, cordeiro e cogumelo shitake estão presentes em cardápios de restaurantes por toda a cidade. (Acervo IER/Divulgação) 16/17 Ponto final do Caminho Velho da Estrada Real, Paraty é apaixonante. Seu centro histórico tombado pelo IPHAN faz com que tenhamos a sensação de voltar ao passado, especialmente cedinho pela manhã quando não há muitas pessoas caminhando pelas ruas. Em dias de maré alta, o mar invade as ruas da cidade que foi construída já com o fenômeno em mente, com calçadas e portas mais altas que o nível da rua. Há mais de 200 alambiques de cachaça da boa em volta de Paraty, com destaque para a Gabriela, curada com cravo e canela. Também é preciso provar os doces de tabuleiro vendidos por ambulantes em frente às igrejas, como quebra-queixo e cocada. (Leandro Neumann Ciuffo/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons) 17/17 Há opções de passeios de barco pelas ilhas e praias isoladas da região, trilhas e cachoeiras encrustadas na Serra do Mar e a praia urbana de Jabaquara, com mar tranquilo e mangue em uma das extremidades. A cidade é sede da Festa Literária de Paraty, o mais importante festival literário do Brasil, e também outros festivais, como o de Música Sacra e da Cachaça.Seguindo o trajeto da Estrada Real, é importante lembrar que a estrada que liga Cunha a Paraty está fechada diariamente das 17h30 às 7h30 devido ao trecho que passa no Parque Estadual Serra do Mar. (Mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia commons/Wikimedia Commons)
A Estrada Real é uma rota turística que reúne quatro caminhos da época do Brasil Colonial que passam pelos estados de Minas Gerais (principalmente), Rio de Janeiro e São Paulo . Os caminhos levam a cidades históricas, cachoeiras, trechos de Mata Atlântica e Cerrado e sítios arqueológicos, até terminar nas cidades portuárias de Paraty e Rio de Janeiro , pontos finais dos caminhos Velho e Novo respectivamente.
O Caminho Velho foi a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa para ligar o litoral fluminense à região produtora de ouro no interior de Minas Gerais . Na época, no século 17, o percurso de 710 km levava 60 dias para ser percorrido a cavalo por tropeiros que levavam e traziam mercadorias do porto de Paraty a Ouro Preto , então capital de Minas Gerais .
Hoje ele pode ser feito em 15 dias de bicicleta, 48 dias de caminhada, 8 dias de carro ou 24 dias a cavalo – isso feito de uma vez, sem contar o tempo de descanso e curtição de cada uma das paradas. Dos 710 km do Caminho Velho, apenas 11,5% é em estrada asfaltada, sendo que a maioria, 82,5%, é estrada de terra – 6% do trecho pode ser percorrido por trilhas pelas montanhas (mas também há estradas).
As cidades têm estrutura pronta para receber turistas com diferentes orçamentos e não faltarão restaurantes para comer o melhor da gastronomia mineira no caminho. Se quiser ir de carro alugado, a melhor forma de percorrer o Caminho Velho é partir de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais , fundada em 1897 e que substituiu Ouro Preto , alugar o carro lá em uma concessionária que tenha filiais no Rio ou São Paulo e descer até Paraty escorregando para algumas das praias da região se ainda sobrarem alguns dias de férias. De Paraty ao Rio de Janeiro ou São Paulo é um pulo.
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