Ontem (15), o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, anunciou o fechamento das fronteiras do país a todos os estrangeiros, como forma de conter a epidemia do novo coronavírus. A medida passa a valer hoje (16) e se estenderá pelos próximos 15 dias, podendo ser estendida.
Em seu pronunciamento, o presidente disse que a decisão foi tomada tendo em vista que “o coronavírus já não vem só da Europa e começa a afetar países vizinhos”. Segundo ele, autoridades locais observaram que, pelas fronteiras terrestres, em especial a de Misiones, na divisa com o Brasil e o Paraguai, entram turistas vindos das zonas que eles classificam como sendo de risco.
Ou seja, na lógica do governo argentino, há turistas europeus, por exemplo, entrando em seu país pela fronteira com o Brasil, situação que eles desejam evitar. Além disso, os próprios brasileiros ainda estão tendo contato com turistas vindos de outros países e, por isso, podem disseminar o vírus na Argentina.
Ainda no domingo (15), a Polícia Federal argentina e o Departamento de Migrações realizaram uma patrulha em cerca de 70 hotéis de todo o país em busca de turistas vindos das zonas de risco que não estivessem cumprindo quarentena.
Só em três dos mais luxuosos hotéis da capital argentina foram encontrados e deportados 90 turistas que não cumpriam o isolamento obrigatório de 14 dias. Todos eles passaram por exames médicos, esterilização de roupa e bagagem e escolta policial até o aeroporto.
Além disso, outros 180 turistas foram expulsos por não aceitarem o período de quarentena anunciado assim que chegaram ao Aeroporto Internacional de Buenos Aires.
Hoje é o último dia para os turistas embarcarem de volta aos seus países de origem, o que deve gerar tumulto nos aeroportos. Até o fechamento da matéria, a Argentina tinha 56 casos confirmados de coronavírus e duas mortes causadas pela doença.