As obras de reforma e ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), estão programadas para começar 150 dias após a assinatura do contrato de concessão, que deve ocorrer no dia 4 de maio deste ano.
Segundo Carlo Bottarelli, presidente da Triunfo Participações e Investimentos (TPI), empresa que tem participação de 45% no consórcio vencedor do leilão de concessão, em outubro deste ano o consórcio vai iniciar a primeira de quatro fases previstas na ampliação do aeroporto.
Ao todo, estão previstas as construções de quatro terminais de passageiros – o aeroporto já conta com um – e duas novas pistas. As pistas dois e três do aeroporto já estão garantidas, e serão construídas ou ao final da segunda fase do cronograma, ou quando o aeroporto atingir um nível de 351 mil pousos e decolagens por ano, o que deve acontecer entre os anos 2032 e 2036. Uma quarta pista, que não está na lista de obrigações do edital, será construída se o número de pousos e decolagens passar dos 456 mil.
Bottarelli afirmou em teleconferência com analistas e acionistas que quatro meses depois da assinatura do contrato de concessão, o consórcio já começará a gerar receita na operação de Viracopos. Até lá, a Infraero ainda será responsável pela administração do aeroporto.
O presidente da Triunfo reiterou o fato de que o consórcio não realizará os investimentos tendo a Copa do Mundo como foco. Entretanto, na segunda-feira, dia do leilão de concessão, ele afirmou que as principais obras estarão prontas até 2014. A previsão da companhia é que em até 22 meses as obras de ampliação e adequação da infraestrutura aeroportuária sejam concluídas.
Segundo Bottarelli, a Triunfo captará um empréstimo de 303 milhões de reais em 2012, com amortização em 2013. Os 865 milhões de reais que, por obrigação do edital, devem ser investidos até 2015, além de outros investimentos que dependerão da demanda no aeroporto – os quais totalizam 7,8 bilhões de reais até o fim da concessão, que durará 30 anos -, contarão com financiamento do BNDES.
O presidente da Triunfo afirmou, em coletiva de imprensa, que os investimentos serão feitos à medida que a demanda avançar. Ao final dos 30 anos de concessão, a estimativa da empresa é que o fluxo anual de passageiros em Viracopos seja de 84 milhões.
Entretanto, caso este número seja menor, os investimentos em adequações serão feitos de forma proporcional. “Se não tiver demanda, não faremos investimentos. Não investiremos para dar conforto a passageiros que não estarão no aeroporto”, disse Bottarelli.