10 Museus e Centros Culturais dedicados a profissões no Brasil
Em homenagem ao feriadão do Dia do Trabalho, selecionamos 10 atrações que tenham uma profissão como tema
1/10 Não há homenagem melhor ao esforço dos trabalhadores brasileiros do que o belíssimo Museu de Artes e Ofícios, instalado em duas construções restauradas da Estação Central de Belo Horizonte (MG). Mesclando recursos tecnológicos com um rico acervo de objetos dos séculos 18 ao 20, o local retrata antigos ofícios que serviram de mola propulsora às profissões modernas. Barbeiros, chapeleiros, alfaiates, tropeiros e seus instrumentos de trabalho são algumas das ocupações que ganham destaque ao longo das diversas salas do museu. Leva-se duas horas para fazer uma consistente visita ao local.Pça. Rui Barbosa (Centro), (31) 3248-8600Ingresso: R$ 4 (Sérgio Mourão/Acervo Setur-MG/Divulgação)2/10 Santos Dumont, profissão inventor. Até sua residência de verão, a Casa de Santos Dumont (Petrópolis-RJ), erguida em 1918 e carinhosamente chamada de “A Encantada” foi projetada pelo nosso pai da aviação. Considerada moderna na época, a pequena construção alpina de três pavimentos apresenta todas as criações de Santos Dumont, exceto evidentemente o 14-Bis. Lá estão o chuveiro quente movido a álcool, a famosa escada para apenas um pé (comece subindo com o esquerdo) e os móveis colados na parede. Só não espere encontrar uma cozinha: parece que Dumont não era bom nessa área e um hotel vizinho preparava suas refeições.R. do Encanto, 22 (Centro), (24)2247-3158Ingresso: R$ 5 (Alexandre Peixoto/ Fundação Cultura e Turismo de Petrópolis)3/10 Em Poços de Caldas (MG), poucos programas agradam tanto às famílias como visitar as lojas de cristais. Completando 50 anos, a Cristais São Marcos é uma das mais famosas. O jogo de sedução começa na fachada da loja da Av. João Pinheiro (que liga os principais acessos da cidade ao Centro). Infindáveis peças coloridas de tudo quanto é forma magnetizam os olhos dos passantes. Lá dentro, depois de gastar os tubos em compras, os vendedores convidam a conhecer o processo de confecção dos produtos em uma visita à fábrica, localizada na entrada da cidade. Momento das crianças se divertirem com a habilidade dos vidreiros, que em poucos minutos e soprando muito, criam peças decorativas e utilitárias.Fábrica: Av. Sílvio Monteiro dos Santos, 3600, (35) 3714-1892Loja: Av. João Pinheiro, 1340 (Vila Cruz), (35) 3714-1249Ingresso: grátis (Jair Magri)4/10 Ao caminhar pelas ruas do Pelourinho, passa quase despercebida a construção, que desde 2010 serve de abrigo para o Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery (Salvador - BA). Nada mais justa a homenagem a Anna Nery – a baiana de Cachoeira que cuidou dos feridos (civis e militares, brasileiros ou não) que lutaram na Guerra do Paraguai. A história da enfermeira não poderia estar ausente do museu, que mostra desde os equipamentos utilizados nos primórdios da profissão até as avançadas técnicas atuais. Para contar a fascinante história da enfermagem, não faltam recursos interativos, que deixam a visita ainda mais bacana.Rua João de Deus, 5 (Pelourinho), (71) 3321-3819Ingresso: R$ 4 (Divulgação)5/10 Aspirantes a engenheiro encontram no Museu da Weg (Jaraguá do Sul - SC) situado no interior catarinense, um divertido motivo para ingressar na profissão. Abusando da interatividade, seu acervo mostra os 51 anos de história da Weg, uma das principais fabricantes de motores do país. Máquinas e ferramentas dividem espaço com brinquedos sobre as leis da física e uma exposição que mostra a história de Jaraguá do Sul. O museu está instalado exatamente onde funcionava a primeira fábrica da Weg.Av. Getúlio Vargas, 667 (Centro), (47) 3276-4550Ingresso: grátis (Divulgação)6/10 Durante muito tempo, aqueles estridentes maquinários dentários formados por um conjunto de roldanas, garantia prestígio e poder ao dentista da cidade, que o usava também como “arma de tortura”. Sem recursos interativos, o Museu do Dentista (São Paulo - SP), cujo pomposo nome oficial é Instituto Museu e Biblioteca de Odontologia de São Paulo Dr. Elias Rosenthal, aposta na riqueza de seu acervo formado por uma graúda coleção de livros e equipamentos antigos na acepção plena da palavra – há objetos do século I e da Idade Média.Rua Voluntários da Pátria, 547, 1º andar (Santana), (11) 2223-2355Ingresso: grátis (Divulgação)7/10 Não retrata bem uma profissão, mas o mundo da aviação. O Museu da Tam, São Carlos (SP) impressiona pelo seu acervo com mais de 70 aeronaves em exposição (fora outras tantas que ficam de stand by, fruto de uma coleção que não para de crescer), fazendo por merecer o deslocamento até o interior paulista. Quem pensa em encontrar apenas os modelos branco, azul e vermelho da companhia terá uma grata surpresa. No enorme galpão, estão distribuídas cronologicamente aeronaves de todo o canto do mundo, como uma réplica do 14-Bis ou o caça alemão Messerschimitt Bf 109, que combateu na II Guerra Mundial. A história da aviação brasileira é minuciosamente detalhada em um painel intitulado Linha do Tempo. Para entreter as crianças, o espaço kids tem jogos e um mini-avião.Rod. SP-318 (São Carlos/Ribeirão Preto), km 249, 5, (16) 3306-2020Ingresso: R$ 25 (Divulgação)8/10 Pouca difundida no Brasil, a arte da charutaria encontrou nas cidadezinhas do Recôncavo Baiano seu porto seguro. Quem deseja acompanhar o final da produção das bitolas, pode procurar o Centro Cultural Dannemann (São Félix - BA), cuja fábrica é a maior do gênero no país. Além de assistir as charuteiras enrolarem as folhas de fumo, o local sedia exposições temporárias e shows musicais.Av. Salvador Pinto, 29 (Centro), (71) 3438-3716Ingresso: grátis (Divulgação)9/10 Com o crescente número de cruzeiros marítimos no Brasil, entrar nos portos virou um ato corriqueiro. Mas somente no Porto de Paranaguá (Paranaguá - PR) – que coincidentemente não recebe transatlânticos – é possível acompanhar o cotidiano portuário um pouco mais de perto, da janela de um micro-ônibus que, nos fins de semana, cruza 3 km de cais. Em 30 minutos de tour, percebe-se como a automação industrial substitui a figura musculosa do estivador, presente em número reduzido. Antes do início do passeio, é mostrado um vídeo de 10 minutos sobre a história do Porto, o segundo maior do país. Para fazer a visita, é imprescindível a apresentação do RG.R. Antônio Pereira, 161 (D. Pedro II), (41) 3420-1200 (Divulgação)10/10 Antes de assombrar o país com sua linda voz, Clara Nunes era simplesmente a tecelã Clara Francisca Gonçalves, uma reles funcionária da Fábrica do Cedro, a sede do Museu Têxtil Décio Mascarenhas (Caetanópolis - MG). Por motivos óbvios, a cantora ganha um capítulo especial na casa, mas quase ínfimo perto das milhares de peças que contam a história da indústria têxtil brasileira. Entre os artigos mais importantes do museu está uma réplica do macacão de treinamento usado pelo astronauta Marcos Pontes. A proximidade com a cidade de Cordisburgo, onde fica a Gruta do Maquiné e a Casa de Guimarães Rosa deixa o passeio ainda mais convidativo.Pça. Cel. Aníbal Pinto Mascarenhas, 1 (Fábrica da Cedro), (31) 3714-7941Ingresso: grátis (Divulgação)No dia 1º de maio de 1886, trabalhadores norte-americanos reuniram-se em Chicago para protestar contra as condições desumanas a que eram submetidos. Os protestos demoraram alguns dias e acabou em mortes. Três anos mais tarde, durante a segunda Internacional Socialista, realizada em Paris, ficou definido que essa data simbolizaria a luta dos trabalhadores por uma relação mais justa entre empregador e empregado. Curiosamente, os Estados Unidos é um dos poucos países que não comemoram o Dia do Trabalhador em 1º de maio.Em homenagem ao feriado, o viajeaqui selecionou 10 museus e locais em que é possível explorar mais sobre uma determinada profissão ou mesmo vivenciar o cotidiano dos trabalhadores.LEIA MAIS:Especial 1º de Maio 2012 – viajeaquiOs Melhores Museus de Arte da Europa – viajeaqui – Pequenos ou gigantescos, a história da arte no Velho ContinenteMuseus de Chocolate pelo mundo – viajeaqui – Do Reino do Chocolate em Gramado ao famoso Hershey’s World na Pensilvânia