Nos últimos anos, alguns aeroportos europeus vêm implementando novos equipamentos que acabariam com a necessidade de separar líquidos e eletrônicos ao passar a bagagem de mão no raio-X. Essa tecnologia, chamada C3 EDS-CB, seria capaz de detectar explosivos com maior precisão – além, é claro, de diminuir as filas, já que os passageiros não perderiam tanto tempo separando seus pertences nas bandejas.
Schiphol-Amsterdã e Fiumicino-Roma são alguns dos aeroportos que já vinham utilizando os novos scanners, enquanto em Barajas-Madri, El Prat-Barcelona e Genebra a tecnologia estava em fase de testes.
No entanto, o processo de instalação se mostrou mais caro e demorado do que o esperado e muitos aeroportos ainda não conseguiram aderir às mudanças. Para completar, em maio foram reportadas “falhas técnicas” que impediam o software de detectar substâncias nocivas em conteúdos de mais de 330ml.
Essa combinação de fatores levou a Comissão Europeia a voltar atrás e reestabelecer em todos os aeroportos da Europa – independente de já terem os novos equipamentos ou não -, as velhas regras de transporte de líquidos na bagagem de mão, válidas tanto para voos nacionais quanto internacionais.
A norma, que volta a valer no dia 1º de setembro, é velha conhecida dos viajantes: ela determina que todos os líquidos, cremes e géis devem ser transportados em recipientes de até 100ml. Todos esses recipientes devem ser guardados dentro de uma bolsa de plástico, que por sua vez deve ter no máximo 1l. Ao passar pelo raio-X, essa bolsa deve ser colocada em uma bandeja separada dos seus outros pertences.
Isso inclui bebidas, comidas semi-líquidas (ex: sopa, mel), cosméticos (ex: base de maquiagem, gloss labial, protetor solar), itens de higiene (ex: sabonete líquido, shampoo, condicionador), sprays (ex: desodorante, espuma de barbear) e pasta de dente.
Exceções podem ser feitas para quem viaja com medicamentos, comidas e bebidas para bebês ou têm necessidades de saúde específicas. Consulte as regras com antecedência.
Além disso, continua liberado transportar consigo líquidos que tenham sido comprados no freeshop, como garrafas de vinho. É preciso, porém, manter a sacola lacrada e com a nota fiscal até a chegada ao destino.
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