Viagem com cães é bastante comum. Mas é possível também pegar a estrada ou mesmo avião com um gato? “Viagens e passeios com felinos são diferentes, desde a forma de andar na guia até a hospedagem, pois a maior parte dos lugares não tem tela. A primeira coisa a fazer quando se chega ao destino é fechar todas as janelas e arrumar o canto do gato”, recomenda a jornalista Andrea Miramontes, que acaba de lançar o Guia de Viagem Pet Friendly.
Acostumada a viajar com a gata Sabrina desde que a resgatou há sete anos, a jornalista conseguiu acostumá-la desde cedo com ao vai e vem das viagens. “Quando viajamos, frequentemente acordo de madrugada com Sabrina arranhando janelas para tentar escapar. Qualquer gato, acostumado ou não a viajar, vai tentar fugir, e é obrigação do tutor estar atento”, lembra.
A escolha do lugar para passear também deve ser feita pensando no felino. De preferência um destino calmo. “Gosto de lugares verdes que tenham árvores nas quais Sabrina possa subir. Mas fico atenta, e a deixo escalar sempre a uma altura que eu possa pegá-la estando presa à guia”, diz. Outro ponto importante é o barulho. “Gatos se assustam em locais barulhentos, com muito movimento, como centros urbanos.”
Para os passeios, os gatos devem estar usando uma peitoral própria para eles, em formato de H, que prendem atrás da patas dianteiras. Elas podem ser vazadas ou não. Antes de sair na rua, acostume o animal em casa, brincando e dando petiscos enquanto ele estiver vestindo a peitoral. Também é importante saber que o passeio com gato é diferente: você vai onde ele quer, sempre atrás dele. Nunca vá na frente e jamais o arraste — para mudar de direção, carregue o bichano no colo.
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Muitas lições foram aprendidas na prática. “É muito importante levar um brinquedinho com barulho para chamar a atenção do gato, pois, em um ambiente estranho, ele vai se esconder, seja debaixo da cama, dentro de armários e até em lareira.”
Um dos treinamentos mais importantes para quem viaja com gato é manter o felino confortável dentro da caixa de transporte. Isso vai ajudar tanto o tutor que quer levar no carro como para quem vai embarcar no avião.
“Acostumar o gato dentro da caixa de transporte é o primeiro passo, pois é lá que o pet vai ficar durante todo o trajeto, seja qual for o meio de transporte”, diz Andrea.
No avião, o animal não pode sair da caixa de transporte. Aquela imagem do gatinho sentado no banco do lado ou no colo é uma farsa. E o ideal é que não vá miando durante todo o voo. Para isso, ele deve ter sido acostumado previamente a ficar confinado e se sentir seguro.
O treinamento começa meses antes, com petiscos dentro da caixa, que deverá ser fechada aos poucos até que o gato entre sozinho e fique quietinho.
Serviço
O Guia de Viagem Pet Friendly é uma publicação em formato digital e traz 12 capítulos práticos em 120 páginas sobre viagens de carro, avião e ônibus com bichos de estimação, além de orientações sobre segurança, legislação e saúde dos pets. Está à venda na Hotmart por R$ 78,90, sendo que parte do valor arrecadado é destinado a ONGs de proteção aos animais. Saiba mais no Instragram Patas ao Alto.