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Como funciona a tábua de marés

É fundamental saber quando a maré está alta ou baixa e assim evitar perrengues na hora de curtir praias, piscinas naturais e passeios de bugue

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 13 Maio 2024, 15h16 - Publicado em 13 Maio 2024, 15h00
Porto de Galinhas, Pernambuco
 (Jobosco/Wikimedia Commons)
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O que há em comum entre tomar banho nas piscinas naturais na Praia de Carneiros, em Pernambuco, conhecer os Parrachos de Maracajaú, no Rio Grande do Norte, chegar às Galés de Maragogi, em Alagoas e caminhar de Arraial D’Ajuda até Trancoso, na Bahia? Todos são passeios que dependem da maré baixa!

Para curtir o litoral – principalmente no Nordeste – sem surpresas desagradáveis, a tábua de marés será sua melhor amiga. É a partir dela que você consegue programar saídas e aproveitar a praia quando o mar está mais seco.

Preparamos um manual para você entender a dinâmica das marés:

As marés

Por conta da força gravitacional do Sol e da Lua, a maré sobe e desce duas vezes ao longo de 24 horas. Os movimentos acontecem aproximadamente em ciclos de 6 em 6 horas: a maré enche e depois esvazia. 

Em determinados momentos do dia, o mar atinge um ponto máximo (maré alta), quando a água avança mais sobre a Terra, e um ponto mínimo (maré baixa), quando se retrai em direção ao oceano.

Nos períodos de lua cheia e nova, as marés baixas acontecem na parte da manhã e são mais secas, ideais para os passeios. Já quando a lua está minguante ou crescente, ocorre a maré morta, quando há pouca variação do nível da água e a visibilidade não é tão boa quanto nas luas cheia e nova.

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Mas os horários dos pontos máximo e mínimo variam diariamente, então o pulo do gato é conhecer a tábua de marés: na tabela, você consegue verificar as horas em que as variações máximas e mínimas ocorrem. 

A Marinha Brasileira prevê a altura das quatro marés em portos de diferentes estados brasileiros. Clique aqui para acessar as tábuas de marés.

Como ler a tábua de marés

No site da Marinha, depois de encontrar o porto mais perto do seu destino e clicar no ícone das tábuas, um PDF com dados sobre as marés de janeiro a dezembro será aberto na mesma aba. 

A quantidade de números pode parecer confusa, mas não tem mistério. Cada página do PDF exibe quatro meses do ano. Dentro de cada mês, há duas colunas, ambas com a data, fase da lua (vale dizer que a lua branca é nova e, a preta, é a cheia), horário e altura das marés. 

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Tábua de marés
(//Reprodução)

Por dia, são quatro horários e alturas. Os valores maiores indicam as marés altas e os menores, as baixas. Quanto mais próximo de 0.0 for o nível da água, melhor será um mergulho nas piscinas naturais ou outro passeio que exija maré baixa. Números acima de 1 já indicam maré alta. 

Depois de identificar quando ocorre a maré baixa, há dois cenários possíveis para organizar seus horários. Se você pretende pegar uma praia, programe a saída para chegar ao local ao menos uma hora antes do ponto mínimo e se programe para começar a voltar uma hora depois. Já se você for fazer um passeio de bugue ou jangada, procure as operadoras que realizam saídas pelo menos 2h30 antes do ponto mais baixo da maré.

Vamos a um exemplo: para uma viagem em outubro à Porto de Galinhas, em Pernambuco, o Porto de Suape será a referência para estudar as marés. 

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Tábua de marés
(//Reprodução)

O ponto mínimo da maré no dia 4 ocorre às 10h28 e às 22h38; no dia 5, acontece às 10h54 e às 23h06; e no dia 6, às 11h21 e às 23h39. Como já foi dito, o ideal é que a maré esteja o mais próximo de zero e, no máximo, 0,5, porque acima disso o passeio não valerá a pena. Então, a melhor data para fazer um passeio de jangada às piscinas naturais de Porto de Galinhas seria 4 de outubro, na parte da manhã. 

É muito comum no Nordeste, onde a variação das marés se mostra crucial na hora de fazer um passeio, que as pousadas afixem um quadro na entrada indicando os horários da maré mínima do dia. E evite a todo custo embarcar em algum passeio de bugue ou de jangada na maré alta porque será dinheiro posto fora.

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