Por Adrian Medeiros
Atualizado em 19 dez 2016, 08h59 - Publicado em 9 set 2011, 20h06
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1/31 Ostra servida com azeite e mel durante passeio ao criadouro de ostras da Vila Palateia, conhecida como "paraíso das ostras", próximo a Barra de São Miguel (Nana Tucci)
2/31 Com águas cristalinas, a Praia Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres, fica ainda mais bonita quando a maré está baixa (Nana Tucci)
3/31 A Praia Saco da Pedra em Marechal Deodoro, Alagoas, é mais deserta que a vizinha Praia do Francês. Há três maneiras de chegar ao local: a pé, de carro ou de barco, mas para chegar a pé, a partir da Praia do Francês, a maré tem de estar baixa (José Emílio Perillo)
4/31 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, situada em Marechal Deodoro, Alagoas, município que abriga um conjunto de oito igrejas seculares e que ganhou o título de Patrimônio Histórico Nacional em 2006 (Luis Morais)
5/31 Quando a maré está baixa, a Praia de Lage em São Miguel dos Milagres, Alagoas, repleta de coqueiros, é boa para caminhadas (Luis Morais)
6/31 O mar de São Miguel dos Milagres é verde-claro, morno e sem ondas, com os recifes característicos da Costa dos Corais. Há um banco de corais na Praia de Porto da Rua (Luis Morais)
7/31 Atração cinco estrelas do GUIA QUATRO RODAS, a Praia do Patacho, em São Miguel dos Milagres, Alagoas, é a mais bonita da Costa dos Corais, com água cristalina e muitos coqueiros (Luis Morais)
8/31 Na maré baixa é possível caminhar quilômetros "mar" adentro e curtir as piscinas naturais que se formam na praia do Patacho em São Miguel dos Milagres, Alagoas (Luis Morais/Dedoc Abril)
9/31 Lagosta servida na Pousada Aldeia Beijupirá, na Praia da Lage em São Miguel dos Milagres, Alagoas (Luis Morais)
10/31 Os sequilhos, também chamados de bolo de goma, tornaram-se marca de Maragogi, em Alagoas. A receita original, mantida por poucos na cidade, leva goma de mandioca, ovos, açúcar, manteiga e sal (Rogério Maranhão)
11/31 A capital de Alagoas, Maceió pode se gabar de ter o mar mais lindo entre as capitais do Nordeste. E também uma das orlas urbanas mais bonitas do Brasil, no trecho formado pela sequência das praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca (Jannyne Barbosa)
12/31 A principal atração da Praia de Pajuçara em Maceió, Alagoas, está a dois quilômetros da areia: as piscinas naturais, onde turistas chegam a bordo de coloridas jangadas (Marco Antonio Barros)
13/31 Na Serra da Barriga, em União dos Palmares, Alagoas, fica o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. As casas do maior quilombo brasileiro foram reconstruídas com base em documentos históricos (Luis Morais)
14/31 Ponta Verde é a melhor praia da orla urbana de Maceió, em Alagoas, cheia de coqueiros e com um mar verde-claro. Quando a maré baixa, piscinas naturais formam-se próximas à faixa de areia ( Luiz Eduardo Vaz)
15/31 O Centro Histórico de Penedo, Alagoas, possui museus e igrejas do século 17 e 18, como a Igreja Nossa Senhora da Corrente (Luis Morais)
16/31 O Rio São Francisco atravessa todo o estado de Alagoas antes de desaguar no Oceano Atlântico (Luis Morais)
17/31 Forte da Rocheira em Penedo, Alagoas, abriga um restaurante com linda vista para o Rio São Francisco (Luis Morais)
18/31 Coreto da Paz na Av. da Paz, um dos mirantes de Maceió, Alagoas (Setur – AL)
19/31 Uma das mais belas praias alagoanas, Carro Quebrado, na Barra de Santo Antônio, tem sua paisagem marcada por falésias e coqueiros (Divulgação)
20/31 A Lagoa do Retiro separa Barra de São Miguel (AL) da praia mais famosa do município, a Praia do Gunga imersa em um enorme coqueiral (Jannyne Barbosa)
21/31 O bairro do Pontal da Barra é conhecido por ter as mulheres rendeiras mais famosas de Maceió, Alagoas. Os trabalhos de rechelier, renascença, ponto cruz e filé podem ser encontrados nas lojas da Rua Alípio Barbosa (Felipa Maeiros )
22/31 A palha de taboa é um forte elemento no artesanato de Alagoas (Luis Eduardo Vaz/Setur AL )
23/31 Na cidade de Piranhas, Alagoas, o Museu do Sertão exibe peças dos costumes da população ribeirinha, iconografia do cangaço e algumas peças ligadas à Ferrovia Paulo Afonso e navegação a vapor (Jannyne Barbosa)
24/31 A histórica Marechal Deodoro foi capital do estado de Alagoas entre 1823 e 1839 (Divulgação)
25/31 Frutos do Mar são facilmente encontrados nos restaurantes de Alagoas (Setur – AL)
26/31 Desde 2010, o acesso até a praia de Carro Quebrado na Barra de Santo Antônio, Alagoas, não depende mais da balsa até a Ilha da Croa: é possível usar a ponte a partir de Barra de Santo Antônio (Divulgação)
27/31 Olho do Casado, no Riacho do Talhado: principal atração de Delmiro Gouveia, em Alagoas (Arquivo Setur )
28/31 Praia da Ponta Verde, na orla de Maceió, Alagoas (Divulgação)
29/31 Convento de São Francisco e a Igreja de Santa Maria Madalena, em Marechal Deodoro, Alagoas, município que ganhou, em 2006, o título de Patrimônio Histórico Nacional (Tadeu Giulianni )
30/31 Praia de Barra Nova (Felipe Medeiros/divulgação/Secretaria de Turismo de Alagoas)
31/31 A Praia de Jacarecica, em Jequiá, ao sul de Alagoas. Quase deserta, a praia é rodeada por falésias avermelhadas de mais de 15 metros de altura (Sunny Kelma Oliveira Miranda/Wikimedia commons)
De um lado do leque, mar e praias espetaculares. De outro, o Rio São Francisco. Cortando o território, rios como São Miguel, Tatuamunha, Coruripe. Sem contar, claro, as lagoas que ajudaram a dar nome ao estado: Mundaú, da Anta, Jacarecica… É quase inacreditável que, com o título de Paraíso das Águas, Alagoas – especialmente sua população sertaneja – continue a sofrer com a seca. E pensar que lá se vão mais de setenta anos desde que o escritor Graciliano Ramos, alagoano, contava em Vidas Secas a saga de retirantes nordestinos lidando com a fome e a pobreza na caatinga… Mas o contraste é mesmo a marca desse território minúsculo e belo. Com uma economia que já dependeu totalmente da cultura da cana-de-açúcar, Alagoas descobriu, no fim da década de 70, que seus encantos naturais poderiam trazer riqueza. Baseados na capital, Maceió, turistas brasileiros e estrangeiros se esbaldam na orla de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca e, aproveitando as curtas distâncias, partem para bate-voltas diários. Para o norte, Paripuera marca o início da Costa dos Corais, com arrecifes e piscinas naturais. Daí em diante é uma sequência emocionante de imagens de cartão-postal: Barra de Santo Antônio, a selvagem Carro Quebrado, Barra do Camaragibe, os peixes-bois que vivem entre as águas do Rio Tatuamunha e as piscinas naturais de São Miguel dos Milagres, a praia do momento. No sentido sul, Marechal Deodoro, a antiga capital do estado, às margens da Lagoa Manguaba, mostra sua arquitetura do século 18. Ali pertinho estão as famosas Praia do Francês, Barra de São Miguel e Gunga, sempre lotadas nos fins de semana e alta temporada, além de Coruripe, cujas praias de areia finíssima foram o lar dos temidos índios Caetés no início da colonização. Ao se embrenhar interior adentro, em território que já pertenceu à Capitania de Pernambuco, comandada por Duarte Coelho no século 16, o turista vai encontrar cidades como Penedo, a mais antiga, às margens do São Francisco. Com uma história marcada por séculos de disputa de terra e plantio de cana-de-acúcar, Alagoas assistiu ao surgimento de poderosos usineiros, que ainda hoje controlam setores políticos e econômicos da região. Os negros africanos escravizados para trabalhar nos engenhos deixaram como herança a comunidade quilombola, no alto da Serra da Barriga, no município de União dos Palmares. No refúgio em que resistiram por quase 100 anos, hoje está instalado o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que guarda a reconstituição de edificações da época. Já em Piranhas, no alto sertão, há marcas de outro momento histórico importante, dos anos 1920 e 1930, quando os alagoanos foram aterrorizados pelo cangaço liderado por Lampião. Renderão boas histórias um passeio pelo Rio São Francisco, uma visita ao Museu do Sertão e uma ida ao povoado de Entremontes, tombado pelo Patrimônio Histórico e com uma comunidade de bordadeiras que sustenta a economia do lugar com seu delicado trabalho manual.