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Guia de destino

Provence

Por Rachel Verano, Cecilia Carrilho | set 2025

Estrategicamente posicionada entre as idílicas praias da Côte D’Azur e os Alpes, no sudeste francês, a Provence reúne predicados irresistíveis. Para começar, tem sol e céu azul durante mais de 300 dias por ano. O clima abençoado faz crescer vinhedos exuberantes, cerejeiras carregadas, oliveiras milenares e flores que só existem por lá, como a lavanda, a sua marca registrada e principal cartão-postal, também chamada de “ouro azul” (ela tem até o selo AOC, de Appellation d’Origine Controlée, o certificado de origem que costuma ser atribuído aos melhores queijos e vinhos franceses). Apenas a título de exemplo, o que se vê em outras partes do mundo não passa de uma variação híbrida da “lavanda real” chamada tecnicamente de lavendin. Selvagem e natural, só mesmo nos campos provençais.

Depois tem as vilinhas cheias de charme, muitas vezes coroadas por castelos e fortalezas, onde o tempo parece passar deliciosamente mais devagar. Tem os moradores que praticam como poucas pessoas no mundo o famoso savoir vivre (saber viver em tradução literal), onde a calma, os prazeres e os sabores são os grandes protagonistas. Tem os restaurantes, muitos deles estrelados, onde as refeições podem durar horas e horas. O melhor: sem pretensão alguma. Tem as feiras de rua, verdadeiros acontecimentos sociais, o grande tapete vermelho das maiores delícias locais, cultivadas como joias. É comum que alguns produtos corriqueiros do dia a dia venham acompanhados de “sobrenomes” que atestam a sua qualidade – o melão de Cavaillon, o morango de Carpentras, os aspargos das margens do Rio Durance… E ainda não chegamos aos queijos, aos vinhos, ao foie gras.

Fachada de uma loja de bolos e biscoitos, decorada em estilo antiquado, nas ruas de Aix-en-Provence
O charme atemporal de Aix-en-Provence (Ralf/Flickr)

É tudo isso, junto e misturado, que faz da Provence a Provence, um dos cantinhos mais magnéticos da Europa desde tempos imemoriais. Essa combinação já seduziu de poetas a grandes mestres das artes, de diretores de cinema a escritores. O resultado? Um legado que deixa tudo ainda mais especial. O holandês Van Gogh escreveu parte de sua história (e pintou muitos quadros) entre Arles e St-Rémy-de-Provence; Cézanne, nascido em Aix-en-Provence, não resistiu às distâncias e, tão logo saiu para desbravar outros cantos, regressou à casa, tendo retratado exaustivamente a região ao longo de toda sua vida; Picasso viveu seus últimos anos num belo château aos pés da montanha Ste-Victoire, na vilinha de Vauvenarges. Albert Camus, escritor e filósofo argelino naturalizado francês, escolheu a pequenina Lourmarin como sua casa – bem como o publicitário inglês Peter Mayle, décadas mais tarde, autor de uma série de livros sobre a vida local que acabaram o tornando uma espécie de embaixador honorário da região (tudo começou com o best-seller Um Ano na Provence, indispensável para quem vai se aventurar por estas terras).

Toda a sua paixão por este cantinho francês foi parar até mesmo nas telonas. O filme Um Bom Ano, baseado no livro de Mayle, foi dirigido por seu vizinho provençal Ridley Scott, com Russell Crowe e Marion Cotillard como protagonistas. “A Provence não mudou muito nos últimos 20 anos. Há mais bons restaurantes e lugares agradáveis para ficar, e os vinhos locais melhoraram enormemente. Algo que não mudou, felizmente, foi o sabor e as peculiaridades que compõem a personalidade da Provence, e que continuam a me fascinar”, disse ele poucos anos antes de falecer, em 2018. Que assim seja para sempre.

QUANDO IR

Com exceção do inverno, que pode ser rigoroso (chega a nevar nas partes mais altas), cada estação tem o seu encanto na Provence. A primavera espalha flores por todo canto e os campos se enchem de cor, com papoulas e outras espécies delicadas. O verão é a temporada dos campos de lavanda e girassóis, as marcas registradas locais, e também dos festivais de música e dança. Mas pode ser bem quente, com temperaturas frequentemente acima dos 30ºC. Agosto é o mês oficial das férias na Europa – é sempre recomendado evitar viajar nessa época, já que está tudo mais cheio, concorrido e caro. Os engarrafamentos nas estradas mais estreitas são comuns e estacionar pode ser realmente complicado. Embora possa fazer um friozinho no outono, tudo já está mais vazio e os campos ficam lindos – é a época perfeita para ver os vinhedos em sua melhor forma, por exemplo: completamente dourados.

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ONDE FICAR

Aix-en-Provence

Aix-en-Provence se destaca como a cidade com a melhor estrutura da Provence. No coração do centro histórico, o aconchegante Hotel Cardinal encanta com sua decoração, com abajures pequenininhos, tapetes, espelhos enormes e um certo ar rococó de mobílias antigas. Para quem prefere um estilo mais contemporâneo, o Cézanne é um hotel butique moderninho, com ambientes decorados em cores fortes, quartos de camas king-size e um ótimo café da manhã.

O Negrecoste Hôtel & Spa ocupa um prédio do século 18 com escadaria de mármore no hall, quartos bem iluminados e spa com sauna. Já o Grand Hôtel Roi René Aix é uma das melhores alternativa dentro da cidade e tem uma ótima localização: está instalado num belo palacete histórico estrategicamente posicionado no anel que circunda o centro histórico – o que significa que basta atravessar a rua para estar no coração de Aix. Do lado de dentro, nada de história: os ambientes são super modernos, com direito a sofás roxos no hall e quartos com decoração clean.

Arles

Em Arles, a poucos passos do anfiteatro romano, o Hotel Spa Le Calendal tem quartos coloridinhos de ares provençais. No verão, o grande destaque é o belo jardim, onde são espalhadas mesas do restaurante. O spa, nos moldes dos antigos banhos romanos, tem piscinas de água quente e sala de massagens e tratamentos estéticos, com um plus: vista para Les Arènes.

Avignon

Já em Avignon, a localização do La Mirande, o melhor hotel da cidade, é mais que perfeita: dentro das muralhas, ocupando uma mansão histórica bem ao lado do Palais des Papes. Espere ambientes pomposos e decoração clássica, com cortinas de seda e banheiros de mármore.

Outra boa opção é o quatro estrelas Hotel De Cambis Best Western Premier Collection, instalado em um edifício antigo. Com ambientes coloridos e intimistas, a atmosfera já se revela na recepção e se mantém nos quartos, decorados em tons quentes e estilo moderno.

Luberon

Em Luberon, a chegada ao Auberge de Carcarille já é um encanto: um caminho curvo ladeado por ciprestes leva até o hotel, que fica nos arredores de Gordes e oferece uma vista privilegiada da cidade. A piscina convida a relaxar, enquanto o restaurante serve especialidades típicas da região.

Já o Le Moulin de Lourmarin ocupa um antigo moinho do século 18 com quartos diferentes entre si, mas com grandes janelas para a vila e o castelo.

Marselha

No centro de Marselha, o Grand Hotel Beauvau Marseille Vieux-Port conta com uma decoração de ares provençais históricos – os tecidos foram inspirados naqueles do século 17 e muitos dos móveis, garimpados em feiras e antiquários da região. No Hotel le Corbusier turistas tem a oportunidade de se hospedar dentro de uma verdadeira atração turística, a cidade vertical erguida pelo mestre Le Corbusier em 1952, também conhecida como Cité Radieuse (Cidade Radiante). Os traços modernistas estão por todo canto no edifício de concreto, que teve os quartos reformados para se transformar em hotel.

O Le Petit Nice Passedat é bastante famoso, e fica sobre uma pedra que se projeta no mar, celebrando a harmonia entre vida urbana e natureza. Com quartos com janelas enormes e banheiras de hidromassagem, a hospedagem também abriga um dos melhores restaurantes da cidade, o Le Petit Nice com três estrelas Michelin. Já o Radisson Blu Hotel Marseille, no Vieux Port faz por merecer cada uma das quatro estrelas que recebeu. Com decoração ousada, consegue casar o high-tech contemporâneo com uma atmosfera aconchegante, de inspiração africana. A hospedagem também conta com piscina e terraço, que são seus grandes destaques.

Crillon Le Brave e Moustiers-Sainte-Marie

Em Crillon Le Brave, o Hôtel La Maison de Crillon une charme provençal e conforto moderno, com suítes que oferecem vista do Mont Ventoux, piscina aquecida, terraços e bar. Já em Moustiers-Sainte-Marie, a La Bastide De Moustiers – Hôtel et Restaurant – Teritoria oferece o charme de uma casa de campo, com jardins de oliveiras e lavanda, piscina e um restaurante com estrela Michelin comandado por Alain Ducasse, que serve pratos sazonais feitos com produtos da horta do hotel.

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ONDE COMER

Aix-en-Provence

Comer bem é facílimo na Provence, até porque atrás de qualquer portinha há sempre uma cozinha memorável.

No coração de Aix-en-Provence, o La Tomate Verte conquista com pratos frescos e cheios de originalidade. O menu traz de tudo um pouco, desde cordeiro até o velouté de brócolis com croutons. Pães orgânicos, sobremesas caprichadas (o bolo de cenoura é sucesso!) e um atendimento simpático completam o ambiente. Seja para brunch, jantar em família ou ocasião especial, é parada obrigatória para quem quer comer bem na cidade.

No hotel Renaissance Aix-en-Provence, o chef Pierre Reboul aposta numa cozinha ousada em um salão com decoração em madeira. O La Table de Pierre Reboul conta com uma estrela Michelin e poucos lugares, alguns deles no balcão em frente à cozinha aberta. Não há menu fixo: os pratos mudam conforme a estação e os produtores locais, sempre com combinações inesperadas de texturas e sabores, e claro, com o azeite de oliva que é uma assinatura do chef.

O Étude também possui um ambiente intimista e menu baseado nos produtos das estações do ano. A cozinha francesa aparece em sequências, servidas pela equipe que também comanda os fogões.

O La Petite Ferme aposta em uma cozinha elegante e contemporânea, inspirada tanto na infância do chefe na Bretanha e nos frutos do mar de Provence. O ambiente mistura mármore e madeira com toques art déco e industriais, criando um espaço caloroso e cheio de personalidade. Há mesas na varanda iluminadas e um balcão animado no estilo bistrô.

Em uma charmosa praça com fonte, o L’Incontournable ganha ainda mais vida no verão, com sua ampla varanda à sombra das árvores. A cozinha é focada em produtos frescos de mercado, acompanhada por uma carta de vinhos impressionante, com mais de cem rótulos que vão da Provence à Bourgogne.

Arles

Em Arles, Jean-Luc Rabanel comanda o Les Maisons Rabanel, restaurante premiado que aposta em uma cozinha criativa e baseada em vegetais. O espaço reúne dois estilos: o Greeniotage, mais próximo do bistrô, e o Greenstronome, voltado à alta gastronomia. Ingredientes locais e sazonais dão o tom do ambiente, marcado pela personalidade ousada do chef.

Já o Le Seize combina um ambiente acolhedor com uma cozinha criativa que valoriza produtos locais. Pratos como tomate confitado com óleo de baunilha e lombo de peixe com manteiga de algas mostram o cuidado do chef, que usa ervas e flores da própria horta.

No centro antigo, o Le Cochon qui Fume aposta em uma cozinha mediterrânea que une influências italianas e corsas. Pratos como o cannelloni de ricota com ervas frescas mostram a atenção aos produtos locais e sazonais. Lá, cada refeição é feita para valorizar sabores autênticos e oferecer uma experiência gastronômica memorável.

Avignon

Em Avignon, ao lado do Palais des Papes, o restaurante Sevin combina história e alta gastronomia. Guiado pelo chef Guilhem Sevin, o espaço oferece uma cozinha moderna e refinada, valorizando sabores e produtos de qualidade. A atmosfera única da residência medieval, com frescos e detalhes históricos, se completa com uma seleção cuidadosa de vinhos e a opção de aproveitar a varanda aconchegante.

O La Mirande está instalado dentro das históricas paredes do hotel de mesmo nome. Lá, o chef trabalha com ingredientes locais e sazonais, respeitando produtores e práticas sustentáveis. O ambiente combina um interior do século 19 com um jardim bastante arborizado.

No bistrô La Vache Carreaux, a especialidade são os queijos – das tábuas servidas como aperitivo às receitas mais elaboradas. O ambiente conta com decoração rústica, clima informal e uma boa carta de vinhos para acompanhar e harmonizar os pratos.

Luberon

Em Luberon, o Le Goût du Bonheur é um restaurante gourmet instalado dentro de um hotel, o Auberge La Fenière. Com reserva necessária, seus pratos contam com farinhas selecionadas e azeites mediterrâneos, junção responsável por criar pratos criativos e cheios de sabor, sem abrir mão da leveza. O cardápio conta principalmente com ingredientes vegetais e marinhos. Lá, há também a opção de um menu harmonizado com vinhos.

Cururon

O La Petite Maison, em Cucuron, fica numa linda casinha amarela de dois andares e janelas azuis, estrategicamente localizada na Place de L’Etang, o coração da cidade. O interior elegante lembra uma casa provençal. Com um atendimento acolhedor, os cardápios variam com a estação do ano. No verão, reinam os figos frescos, as frutas vermelhas, as receitas mais leves. No inverno, os cogumelos e as trufas.

Marselha

Em Marselha, o Chez Michel serve a melhor bouillabaisse desde 1946. A sopa chega à mesa em dois pratos: o primeiro apenas com o caldo e o segundo, com os peixes e batatas. Ao entrar no restaurante, você se depara com peixes frescos expostos no balcão que são utilizados no preparo das receitas. Além da bouillabaisse, também é possível comer os pescados grelhados e com aiöli.

No sul da cidade, o vilarejo de Les Goudes está à beira do Calanques National Park, onde penhascos acompanham a linha da enseada. É nesta região que está localizado o Tuba Club, um hotel e restaurante aberto em 2020 que ganhou hype entre os marselheses depois da pandemia. Das mesas do restaurante, a vista desimpedida captura o azul do Mar Mediterrâneo e pequenas embarcações de pescadores. O menu é focado em peixes frescos e vegetais e tem gelatos caseiros como sobremesa.

Ao norte da cidade, a costa também tem calanques idílicas, como em Côte Bleue, onde o La Pergola funciona desde 1958. Com mesas à beira-mar, o restaurante é amplamente frequentado do café da manhã ao jantar por moradores de Marselha e Aix. O cardápio tem opções de peixes grelhados, ostras e bacalhau com vinho, além de porções de accras e panisses, que são, respectivamente, bolinhos de bacalhau e de grão de bico.

Para quem procura boas cafeterias, Marselha não decepciona. Na Deep, as xícaras são preparadas com grãos orgânicos ou de produção sustentável, torrados na hora. Já a Cécile Food Club, com decoração inspirada nos anos 60, tem petiscos para diferentes momentos do dia, como brioches, opções veganas e lanches clássicos franceses, como o jambon-beurre (manteiga e presunto) e o pan bagnat (atum, tomate e ovo).

Entre as patisseries, destaque para a Oh Faon!, a primeira da cidade com cardápio totalmente vegano. Ali, dos croissants à torta de limão, tudo é feito sem manteiga, ovos ou leite, mas com farinha e açúcar orgânicos e frutas sazonais de produtores locais.

Para quem prefere bares, o Livingston especializado em vinhos laranjas, é uma boa opção. O clima animado conta com música, taças e tapas como pizzetas, croquetes de cabrito e sardinhas grelhadas com teriyaki. Já o Apotek é um pequeno bar de coquetéis, com menu sazonal e drinks com misturas inusitadas que levam cenoura, manjericão e beterraba.

O QUE FAZER

Explorar a Provence é descobrir uma região que mistura história, sabores e paisagens de um jeito único. Entre cidades antigas, vilarejos no alto das colinas e estradas que cortam vinhedos e oliveira, cada parada tem algo especial. No verão, os campos de lavanda dominam a cena; em outras épocas, são os mercados de rua, cheios de queijos, pães e temperos, que roubam a atenção. É uma viagem feita de detalhes: um almoço demorado em um restaurante local, uma taça de vinho provado direto na vinícola, uma conversa ao acaso em uma praça. A charmosa roça francesa deve ser visitada com calma.

Aix-en-Provence

Aix, como é conhecida, foi a capital dos duques e barões do Condado da Provence, no século 12. Recebeu estudantes com a chegada da universidade, no século 15. Foi lá que Paul Cézanne nasceu, em 1839, e pintou as 87 versões de sua Montagne Sainte-Victoire. Hoje com 147 mil habitantes, é um dos principais centros da região, uma cidade de elegância aristocrática, de passado preservado, mas também moderna e evidentemente agitada – os universitários lotam seus cafés e restaurantes de segunda a segunda.

Seu epicentro é o Cours Mirabeau, considerada uma das ruas mais bonitas do mundo. Antigamente uma muralha, depois uma avenida para carruagens, hoje é um bulevar classudo ladeado por plátanos. De um lado da calçada ficam lojas e cafés envidraçados para que se possa admirar o movimento. Do outro estão as mansões do século 17, moradas de nobres e de juristas, uma nova elite que emergiu com a instalação do parlamento, a partir de 1486, data da anexação da Provence à França.

Embora tenha ares de cidade pequena, Aix reúne tudo o que uma cidade grande tem de melhor (cinemas, grandes livrarias, bons mercados, muitas lojas, uma das universidades mais famosas do país). Sua localização é estratégica: esparramada aos pés da montanha de Sainte-Victoire, ela fica a meia hora do aeroporto, a pouco mais do que isso de Arles, Avignon e das vilinhas cheias de charme do Luberon. Encantadora, a cidade tem um lindo centro histórico – chamado Centre Ville – e centenas de fontes por todo canto (ela é conhecida como a cidade das mil fontes!).

A Place Albertas, no centro histórico da cidade: bela arquitetura
A Place Albertas, no centro histórico de Aix-en-Provence (Bruno Barata/Reprodução)

Um dos programas mais interessantes é seguir os passos do mais ilustre filho local. Em todo o centro histórico, as calçadas estão marcadas com placas com a letra C em dourado. C, de Cézanne. Elas sinalizam tudo o que diz respeito ao pintor. Para identificar o que cada um desses lugares significa, o órgão de Turismo de Aix-en-Provence distribui de graça um mapa-folder com as explicações. É possível ver desde onde ele estudou até a catedral onde se casou, onde sua mãe morava…

O Atelier Cézanne, onde ele permaneceu pintando até a morte, em 1904, está quase como ele o deixou. Um pouco mais acima, continuando pela mesma rua, fica uma pracinha escondida onde ele costumava se refugiar para pintar a Ste-Victoire – a vista que se tem da montanha, a partir dali, é impressionante. Para encontra-la, basta procurar uma placa que diz “ici peignait Cézanne” (aqui pintou Cézanne). No Musée Granet, há algumas de suas telas.

A pouco mais de 15 quilômetros de distância de Aix, há um passeio imperdível para os amantes das artes: Château La Coste, o Inhotim da Provence. Em uma área de 200 hectares, vinhedos a perder de vista dividem a cena com pavilhões projetados por grandes nomes da arquitetura mundial como Frank O. Gehry (o nome por trás do Guggenheim de Bilbao), Jean Nouvel e Renzo Piano. No acervo, focado na vertente contemporânea, há peças que vão do brasileiro Tunga ao japonês Tadao Ando. O complexo tem, ainda, hotel e bons restaurantes.

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Arles

Casa de pouco mais de 52 mil habitantes, Arles, às margens do Rio Ródano, tem um belo casario de tons ocre, ruínas romanas fabulosas declaradas Patrimônio Mundial pela Unesco em 1981 (como o anfiteatro erguido entre o final do século 1 e o início do 2, recheado de lindas colunas), bons museus e mostras de fotografia. É, também, a porta de entrada para o Camargue, um parque natural cujo mascote são os flamingos cor de rosa. Mas, curiosamente, não são essas as suas maiores atrações.

O que mais leva gente até o charme da cidade são os rastros deixados pelo pintor Vincent Van Gogh, que viveu em Arles durante 15 meses, entre 1888 e 1889 (foi lá, inclusive, que ele protagonizou uma das cenas mais bizarras e famosas da sua existência, cortando a própria orelha). Foi esse, justamente, um dos seus períodos mais produtivos. Ali ele pintou e desenhou cerca de 300 obras. Infelizmente, nenhuma delas está na cidade (a tela mais próxima fica a 37 quilômetros de distância, no Musée Angladon de Avignon). Mas é possível seguir os passos do pintor por todo canto. Para facilitar a vida do viajante, o Van Gogh Route preparou um site com detalhes sobre a “Rota Van Gogh”, com versão em inglês, que sinaliza cada ponto da cidade que diz respeito ao mestre. Nos lugares retratados por ele, há réplicas dos quadros.

Ruela da cidade de Arles, no sul da França
Ruela de Arles, no sul da França (Divulgação/Viagem e Turismo)

Avignon

Avignon não é o que se pode chamar de uma cidade pequena, ainda mais para os padrões provençais: tem quase 95 mil habitantes. Mas se tem uma coisa que é de se admirar por essas bandas é como mesmo as cidades maiores conseguem manter o clima charmoso de cidade pequena. No caso específico de Avignon, a explicação está nas muralhas – enormes e bem preservadas, que funcionam como uma delimitação para tudo que interessa.

Do lado de dentro, ruas estreitas e labirínticas desembocam em pequenas praças e largos, com românticos carrosséis aqui e ali. Até que, de repente… eis que surge o imponente e altíssimo Palais des Papes, um colosso erguido no século 14 quando os bispos fizeram de Avignon a capital do mundo cristão. Durante algumas décadas, entre 1309 e 1377, a sede da Igreja Católica deixou de ser Roma e o Vaticano para ser esta bela cidade às margens do Rio Ródano.

Fica sobre as águas, aliás, um de seus mais icônicos cartões-postais: a Pont St-Bénézet, do século 12, que termina no meio do rio desde que parte dela foi levada pelas águas, no século 16.

Um palácio medieval imponente se ergue no canto esquerdo da foto, cercado por turistas. À direita, uma escultura imita um elefante se equilibrando perfeitamente pela tromba
O Palais de Papes, em Avignon (Luca Perino/Flickr)

Além da extravagante moradia dos papas, são atrações incontornáveis na cidade o pequeno Musée Angladon, que guarda no acervo obras de Cézanne, Picasso e – estrela das estrelas – Van Gogh. É a tela Railway Carriages o motivo de tanto frisson em torno do museu, por ser o único trabalho do mestre na Provence. O antigo palácio dos arcebispos também abriga um bom museu, o Musée du Petit Palais, cujo um de seus destaques é o quadro Madona e o Menino Jesus, de Sandro Botticelli.

Quem estiver de carro pode continuar a saga dos bispos com um passeio delicioso pelos arredores. Quem sai de Avignon pela estradinha D-7 rumo ao norte logo se vê mergulhado numa imensidão bucólica de vinhedos. São apenas 17 quilômetros até chegar a Châteauneuf-du-Pape, uma vila de pouco mais de 2 mil habitantes que virou sinônimo de um dos melhores vinhos da França. O programa oficial por lá é visitar vinícolas. E, claro, provar vinhos. Quem se permite um tempinho para vagar pelo sobe e desce do centrinho vai encontrar uma vila linda, com casas de pedra de portas e janelas coloridas que se espalham aos pés das ruínas de um castelo do século 14 – o tal château que deu nome ao vilarejo, erguido pelos papas depois do palácio de Avignon (por isso château neuf, ou castelo novo, em português). Amantes dos vinhos, os religiosos não demoraram a plantar uvas. E deu no que deu. Châteauneuf-du-Pape é hoje uma das zonas AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) de maior prestígio em toda a França. Ali, produtores fabricam artesanalmente um vinho encorpado, que geralmente usa uma mescla de até 13 uvas – embora a grande estrela seja a grenache. Uma das melhores lojas para compras é a Cave du Verger des Papes.

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Gorges du Verdon

O Rio Verdon nasce nos Alpes e corta toda a porção leste da Provence antes de desaguar no Rio Durance, mais de 150 quilômetros depois. Mas é no ponto em que ele encontra o Rio Jabron que começa o espetáculo chamado Gorges du Verdon. Ao longo de 25 quilômetros, suas águas, de um verde impressionante e difícil de descrever (daí o nome), cortam uma garganta cercada de falésias brancas, desenhando uma das paisagens mais inesperadas e surpreendentes da região.

Os paredões podem alcançar vertiginosos 700 metros de altura, enquanto a largura do desfiladeiro varia de 8 a 90 metros. Lá embaixo, é possível nadar, andar de caiaque e praticar esportes náuticos. Mas as vistas do alto são as mais impressionantes. Uma série de estradinhas secundárias segue margeando o desfiladeiro e descortinando vistas sensacionais. Anote essas siglas: D-952, D-23, D-71, D-957. Ou siga as placas para a Route des Cretes, nos arredores da cidadezinha de La Palud-sur-Verdon. O cânion termina no gigantesco Lago de Ste-Croix, que vira uma grande praia e faz a felicidade geral da nação.

Gorges du Verdon – Provence, França
As águas esmeraldas do Gorges du Verdon (Miguel Virkkunen Carvalho/Flickr/Creative Commons/Flickr)

A cidadezinha mais charmosa da região é Moustiers Ste-Marie, uma vila de pouco mais de 700 habitantes erguida a 600 metros de altura aos pés de enormes rochedos. Uma fonte que nasce nessas pedras corta toda a cidadezinha de fachadas bem cuidadas e floreiras nas janelas. Lá no alto das montanhas fica uma corrente de ferro de 227 metros de extensão ligando os dois promontórios, com uma estrela dourada bem no meio – reza a lenda que ela foi colocada lá depois das Cruzadas. Logo abaixo dela fica uma capelinha do século 14 erguida sobre os resquícios de um tempo do século 5.

Todo o centro de Moustiers é uma graça. São pouquíssimas ruelas, restaurantes e lojinhas, uma igreja em estilo romanesco e gótico e umas pracinhas aqui e ali com banquinhos para ver a vida passar mais devagar. A cidade é, ainda, famosa pela cerâmica – no século 14, as peças da corte de Luís XIV eram fabricadas por lá.

Luberon

Se a Provence que você tem na cabeça é feita de bucólicas vilinhas de pedra, castelos, vinhedos e lindos campos de lavanda, então o Luberon é o seu lugar. Não espere uma enorme lista de atrações e atividades. Aqui, a pressa não tem lugar e o ritmo é lento, bem lento. O melhor é desbravar a região sem rumo ou mapa e descobrir seus cantinhos mais especiais, parando aqui e ali para belas – e sempre demoradas – refeições, boas taças de vinho e finais de tarde dignos de cinema. A região cerca a cadeia montanhosa de mesmo nome, que se ergue, nos pontos mais altos, a mais de mil metros de altitude, e engloba o Parc Naturel Régional du Luberon, uma área protegida, ao norte do Rio Durance.

Uma das principais (e mais lindas!) cidades da região é Gordes, com suas construções de pedra que descem o morro suavemente. Para admirar o visual logo de cara, há um mirante que descortina os melhores ângulos para fotografias logo na chegada. Vale a pena se perder pelo ziguezague de ruelas, mas tudo que mais interessa está bem no topo, onde fica um castelo do século 11 que abriga um museu, uma linda fonte, restaurantes pequenininhos e ótimas lojas de suvenires. A quatro quilômetros do centro, a Abadia de Sénanque, erguida no século 12, é cercada por alguns dos mais belos campos de lavandas – é possível conhecê-la em visitas guiadas, mas a grande atração é o visual externo.

Senaque

A cerca de meia hora dali, a pequenina Ménerbes deve fazer parte do roteiro de todo mundo que queira conhecer a Provence profundamente. Uma vilinha de pedra encantadora no alto da montanha, com poucas ruelas, muros cobertos de flores, uma igrejinha do século 12 e uma vista arrebatadora dos vinhedos dos arredores. Poucos passos da entrada surgem os primeiros cafés, lojinhas e restaurantes. Fica fácil, fácil entender porque o escritor Peter Mayle largou a Inglaterra e se mudou de mala e cuia para a Provence. Seu primeiro endereço na região ficava aqui.

Lacoste, uma cidadezica de menos de 500 habitantes a cerca de sete quilômetros, tem uma historinha curiosa. Afinal, o que podem ter em comum o estilista parisiense Pierre Cardin, uma vila provençal parada no tempo e artistas do mundo inteiro? Muita coisa. Faz tempo que a vila, super cênica, atrai artistas dos quatro cantos. Dizem que o primeiro a chegar por lá foi o americano Bernard Pfriem, que fundou ali a Lacoste School of the Arts, um embrião do que hoje faz parte do complexo da Savannah College of Art and Design, baseada nos Estados Unidos. Basta andar pelas ruelas para ver ateliês e galerias.

Monsieur Cardin chegou um pouquinho mais tarde. Mas em grande estilo, como lhe é peculiar. No ano 2000, ele comprou nada menos que o castelo da cidade, antiga propriedade do Marquês de Sade, erguida no topo da colina. Depois de uma grande reforma nas ruínas, o château tem servido de casa de férias para o estilista e palco para um festival de verão que acontece todos os anos nos meses de julho e agosto. Ao que interessa a nós, simples mortais: Lacoste é um sobe e desce delicioso de ruinhas de pedra, onde todas as casas têm o mesmo tom.

Erguida no alto de uma colina, Bonnieux é uma vila que descortina belas vistas da região. É possível atravessá-la em poucos minutos, mas vale se demorar um pouquinho para prestar atenção em monumentos como a Église Vieille du Haut, do século 12. Completam o tour pela região as imperdíveis Lourmarin, dona de um lindo castelo (que hoje abriga uma cave de vinhos) e recheada de boulangeries, cafés e lindas lojas de roupa e decoração; e a vizinha Cucuron, um aglomerado de casinhas medievais coroado por duas torres proeminentes e um belo lago no centro de uma praça cercada de plátanos. Ela foi cenário de uma das cenas mais icônicas do filme Um Bom Ano: o primeiro encontro formal de Russell Crowe e Marion Cotillard, os protagonistas, quando começa a desabar um temporal.

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Plâteau de Valensole

Nos arredores da pequena cidade de Valensole, especialmente nas cercanias da estradinha D-8, estão alguns dos mais bonitos campos de lavanda da Provence – imensidões onduladas que seguem até onde a vista alcança. Precisar, nem precisava, mas o cenário ainda se completa com imensos campos de girassóis, que florescem justamente na mesma época (no verão europeu), muitas vezes lado a lado. Essa é a principal razão para se perder pela região; a outra, visitar a fábrica de produtos provençais mais querida dos brasileiros: a L’Occitane, às margens da rodovia A-51. A visita guiada é gratuita, dura cerca de uma hora, e reservar é essencial. Há uma loja no local.

Marselha

Escancarada para o Mar Mediterrâneo, a capital da Provence é a segunda maior cidade da França depois de Paris. Com quase um milhão de habitantes, Marselha é um caldeirão cultural efervescente, morada de gente de todos os cantos do mundo – uma boa parcela da população, curiosamente, é muçulmana. Há quem a considere caótica demais – muito embora a percepção possa vir do fato de que a cidade está plantada em uma região recheada de cidades pequenas e muito bem organizadas. Mas é fato que é imperdível. Suas ruas são um bulício constante e o porto antigo, chamado Vieux Port, é uma graça.

Principal cartão-postal local, a Basilique Notre Dame de la Garde vigia tudo do alto. Subir até lá é como ir ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Construída em 1853, é considerada uma guardiã da cidade por diversas religiões. Pescadores e marinheiros em apuros costumam recorrer à Nossa Senhora da Guarda e, como agradecimento, enfeitam o interior da igreja com miniaturas de seus barcos. Na fachada há marcas de tiros sofridos durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.

A 154 metros do nível do mar, a basílica de Notre Dame de la Garde, que simboliza Marselha, tem também a vista mais concorrida da cidade, principalmente no pôr do sol
A 154 metros do nível do mar, a basílica de Notre Dame de la Garde, que simboliza Marselha, tem também a vista mais concorrida da cidade, principalmente no pôr do sol (Divulgação/Divulgação)

Outro ícone é o Fort Saint-Nicolas, cuja história remonta à Idade Média. Em 1660, a partir da igrejinha e da torre de observação instaladas em um ponto privilegiado, Luís XIV ergueu uma das mais belas fortificações do período, com formato de estrelas sobrepostas. O objetivo era proteger a baía que dá acesso à cidade e, ao mesmo tempo, reafirmar o poder real diante dos marselheses, que já questionavam as ordens de Paris. De 1696 a 1939, esse tesouro da arquitetura real serviu de prisão para perseguidos políticos, sem nunca ter desempenhado a função de defesa para o qual foi erguido. Do outro lado da baía fica o Fort Saint-Jean, da mesma época.

A costa de Marselha é marcada por impressionantes falésias brancas, formações rochosas que mergulham no mar azul dando origem a pequenas baías idílicas chamadas calanques. No verão, o calor excessivo e a ameaça de incêndios podem atrapalhar o programa à beira-mar. É no outono, época de pores-do-sol espetaculares, que a visita fica realmente imperdível. É possível chegar até elas em passeios de barco que partem do Vieux Port ou de caminhadas.

Campos de lavanda

Eles estão por todo canto, mas estes são realmente especiais. Mas atenção! Eles só estão floridos (e, portanto, roxos) durante seis semanas, entre o fim de junho e o começo de agosto.

Plateau de Valensole

Campos ondulados a perder de vista, árvores posicionadas estrategicamente entre as fileiras simétricas, campos de trigo em contraste com o verde da lavanda. Nos arredores da cidadezinha de Valensole, especialmente ao longo da estrada D-8, em direção a Digne-les-Bains, estão concentrados os campos que são provavelmente os mais fartos e lindos e fotografados de toda a região.

Gorges du Verdon

Os arredores do cânion deste parque natural, perto das cidades de Moustiers Sainte-Marie e Sainte-Croix, são forradas de campos de lavandas que muitas vezes só terminam em campos enormes recheados de girassóis.

Abadia de Sénanque

A quatro quilômetros do centrinho de Gordes, a Abadia de Sénanque, do século 12, é um dos mais clássicos postais provençais. Mas, por causa da altitude, a lavanda aqui demora mais a florir – para garantir as melhores fotos, o melhor é ir até lá nos últimos dias de julho. Atenção: os melhores ângulos ficam do lado de fora da abadia, na estradinha de acesso.

Lagarde d’Apt

Aqui as estrelas são os campos de lavanda selvagem – um pouco mais desordenados, mas mais cheirosos e lindos do mesmo jeito.
A região fica ao norte de Apt. Para ver alguns dos mais cênicos, basta seguir as placas que indicam o caminho para o Château du Bois, um dos maiores produtores de lavanda da Provence.

Plateau d’Albion

Ao norte do Luberon, cidadezinhas medievais lindas e minúsculas são cercadas por campos roxinhos que deixam o cenário ainda mais impressionante.
Uma das vilas mais bonitas é Banon.

Vale completar a experiência com uma visita ao Musée de la Lavande, nos arredores de Gordes, que dá uma verdadeira aula sobre a flor. O tour começa com um vídeo, segue por um acervo que inclui antigos objetos e destiladores de cobre que datam desde o século 16 e termina numa lojinha (que pode ser visitada diretamente, de graça) que vende todo tipo de produto de lavanda: de deliciosos sachês a cremes, sabonetes e óleos de massagem da marca Le Château du Bois, um dos maiores produtores de lavanda do mundo e dono do museu. 

Feiras de rua

Pães, mil queijos, frios, frutas e verduras coloridas, especiarias e até pratos prontos. Os mercados de rua são os maiores acontecimentos sociais na Provence. Vale a pena acordar cedo (lá pelas 9h as feiras já estão a mil), levar a própria cesta (as sacolas plásticas foram abolidas há tempos na França) e seguir o calendário das principais cidades:

2ª feira:
 Cavaillon, Forcalquier

3ª feira: 
Aix-en-Provence, Cucuron, Gordes

4ª feira:
 Digne-les-Bains, St-Rémy de Provence

5ª feira: Aix-en-Provence, La Roque d’Antheron

6ª feira:
 Bonnieux, Lourmarin, Moustiers Sainte-Marie

Sábado:
 Aix-en-Provence, Apt, Arles, Avignon, Digne-les-Bains

Domingo: Ansouis, L’Isle-Sur-la-Sorgue

Como chegar

Um dos principais pontos de chegada da região, o Aéroport Marseille Provence fica na cidadezinha de Marignane, a cerca de 30 quilômetros tanto de Marselha quanto de Aix-en-Provence. Além das companhias aéreas tradicionais, o aeroporto recebe, ainda, um grande número de voos low-cost vindos de diferentes pontos da Europa (Alemanha, Croácia, Espanha, Portugal, Turquia, entre outros), operados por empresas como Easyjet, Ryanair, Pegasus Airlines e Volotea. Linhas de ônibus (navettes) o ligam com os centros das cidades.

A região é, ainda, conectada à malha de trens de alta velocidade francesa – há estações de TGV em Avignon (a cerca de 2h30 de Paris), Aix-en-Provence e Marselha (pouco mais de 3h de Paris), sendo possível, inclusive, embarcar diretamente do aeroporto Charles de Gaule, na capital (nesse caso as viagens duram uns minutinhos a mais). Para ir das estações até os centros das respectivas cidades, o ideal é já alugar um carro, mas também há ônibus que cumprem os trajetos em poucos minutos.

Como circular

Até é possível circular de trem entre alguns dos principais destinos na região, mas a melhor maneira de explorar os cantinhos cheios de charme da Provence é mesmo alugando um carro. A vantagem é que é tudo relativamente perto e, de tão bonito, muitas vezes o caminho é o próprio destino. Alguns conselhos: nada de pressa, de altas velocidades, de horários marcados; use o Google Maps e o Waze, mas permita-se ignorá-lo sempre que a alternativa parecer mais cênica, ainda que isso signifique ficar perdido por alguns minutos (acredite, isso pode ser ótimo!); evite carros grandes, pois pode ser difícil circular e estacionar em cidadezinhas minúsculas. Atenção: fazer o seguro total, seja através do site, seja no próprio balcão da locadora, é altamente recomendável.

Documentos

Brasileiros que viajam para a Europa a turismo podem ficar até 90 dias sem necessidade de visto e precisa ter o passaporte válido por pelo menos seis meses. O grupo de países que integram o Espaço Schengen, do qual a França faz parte, exige  um seguro de viagem com cobertura de pelo menos € 30.000.

Dinheiro

A moeda da França é o euro. Evite levar dólares ou outras moedas, pois as casas de câmbio já não são muito comuns (e costumam cobrar taxas salgadas).

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