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Raquel Marçal ama viajar e aprender línguas e acha melhor ainda quando pode combinar os dois. Acredita que intercâmbio não tem idade e pretende continuar fazendo até os 80 anos
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Intercâmbio: 5 perguntas sobre hospedagem em casa de família

 

Por Raquel Marçal
Atualizado em 27 fev 2017, 14h37 - Publicado em 23 out 2016, 10h22

A casa de família (homestay) é a opção de acomodação escolhida pela maioria dos estudantes de intercâmbio. Dá para se hospedar também em residência estudantil, hotel, albergue ou apartamento, mas as vantagens de morar um tempo com nativos são muitas: esse tipo de hospedagem permite que você entre em contato direto com os hábitos e a cultura do país, um aprendizado que vai além da melhora no idioma. E esta costuma ser a opção mais em conta para cursos com menos de três meses.

1. Como funciona?

Você “aluga” um quarto na casa, geralmente privado, e escolhe se quer fazer as refeições ali. Dá para escolher entre regime de meia pensão (café da manhã e jantar) ou pensão completa. As boas escolas fazem uma pré-seleção dos lares e só qualificam famílias que cumprem regras básicas de conforto, segurança e limpeza. Além disso, caso você tenha alergia a pelos  de  gato e de cachorro ou seja vegetariano, por exemplo,  deve comunicar à operadora, pois ela tentará colocá-lo numa casa livre de animais de estimação e que siga uma dieta compatível com a sua.

2. Posso escolher a família?

Na grande maioria dos casos, o estudante não tem direito de selecionar a família que vai recebê-lo: ela é definida pela escola de idiomas ou pela organização internacional responsável pelo estudante. No programa de high school, é a própria família que seleciona o candidato que vai receber em sua casa.

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3. Quais as desvantagens?

Entre os pontos negativos, o principal é a localização: há opções próximas ao centro, onde está a maioria das escolas, mas sobretudo nas grandes cidades, os bairros residenciais ficam mais afastados. A consequência disso é o tempo maior de deslocamento, o que pode dificultar a ida àquela balada com a turma. Antes de confirmar sua hospedagem, procure levantar informações sobre a localização da residência. Além disso, quem opta pela hospedagem em casa de família deve estar preparado para encontrar, por exemplo, um quarto menor do que aquele que tem no Brasil, tempo de banho controlado, horários marcados para as refeições, comidas diferentes das quais está acostumado e uma receptividade menos calorosa do que a nossa. Nem todas as casas oferecem facilidades como TV no quarto, banheiro privativo e wi-fi, por exemplo. Para garantir uma acomodação com esses itens  de  conforto, algumas escolas cobram taxas adicionais.

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4. Como devo me comportar?

O manual do bom hóspede reza que é bom montar uma cartilha de boas maneiras do lugar para onde você vai. Há culturas bem diversas no mundo e o que é natural para você pode ser ofensivo em outro país. É legal levar um presente para a família, pois quebra o gelo e conquista a simpatia deles. E lembre-se: casa de família não é hotel! É preciso estar atento as suas obrigações de morador. Não é raro os proprietários da casa esperarem que você ajude a tirar a mesa depois das refeições, a organizar a cozinha a limpar o seu quarto. É bom ter bem claro qual deve ser sua participação no dia a dia.

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5. E seu eu não gostar dos anfitriões?

Você pode pedir à escola e à operadora para trocar de residência. Casos de maus-tratos, residência muito suja, falta de comida ou casa localizada em local perigoso são motivos para a troca imediata. Mas problemas assim são raros de acontecer. Se não for um caso urgente, a troca é feita, mas pode demorar mais, pois depende da disponibilidade de outra casa. Convém avisar a escola da mudança com pelo menos uma semana de antecedência. Pode haver cobrança de taxas, de acordo com o seu contrato.

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