Vou Estudar Fora

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Raquel Marçal ama viajar e aprender línguas e acha melhor ainda quando pode combinar os dois. Acredita que intercâmbio não tem idade e pretende continuar fazendo até os 80 anos
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É seguro comprar intercâmbio pela internet?

Morar em cidade pequena, onde há pouca opção de agências de intercâmbio (quando há), costumava ser um problema para quem queria fazer um curso no exterior. Era preciso se deslocar até uma capital para fechar negócio. Até que algumas operadoras, e também várias escolas lá de fora, começaram a vender on-line. Agora, da pesquisa inicial […]

Por Raquel Marçal
Atualizado em 27 fev 2017, 16h19 - Publicado em 2 out 2016, 15h42

Morar em cidade pequena, onde há pouca opção de agências de intercâmbio (quando há), costumava ser um problema para quem queria fazer um curso no exterior. Era preciso se deslocar até uma capital para fechar negócio. Até que algumas operadoras, e também várias escolas lá de fora, começaram a vender on-line. Agora, da pesquisa inicial à compra, é possível resolver tudo sem sair de casa.

Com alguns cliques você simula, orça e reserva vários tipos de viagens e ainda pode comparar milhares de cursos por escola, país, cidade e preço. É uma mão no mouse. Mas será que é seguro? Abaixo, damos cinco dicas para aproveitar a conveniência e evitar dor de cabeça na hora de fechar o intercâmbio pela web.

1. Busque referências sobre a operadora

Esse cuidado, convenhamos, é essencial até quando você vai negociar pessoalmente. Picaretas existem no mundo real e no virtual, por isso, peça indicações a amigos e conhecidos e consulte os sites de proteção ao consumidor. O Reclame Aqui é o mais prático, mas vale conferir também no Procon da sua cidade. Outra garantia é procurar uma operadora associada à Belta (Brazilian Education and Travel Association). São cerca de 60 membros em todo o País. Se você estiver negociando diretamente com a escola, verifique também se elas são certificadas por instituições confiáveis como British Council (no Reino Unido), Languages Canada e Instituto Cervantes (Espanha e América Latina) ou se têm o aval de alguma universidade importante do país. Mas lembre-se que, nesse caso, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica e, se der encrenca, você estará desprotegido pela lei e à mercê da seriedade da escola.

2. Cheque a segurança do site

Isso é básico. “Como o usuário fornece dados confidenciais, a plataforma pela qual está solicitando orçamento ou fazendo sua compra deve criptografar as informações”, explica Bruno Passarelli, da Descubra o Mundo Intercâmbio, que disponibiliza mais de 16 mil opções de cursos em sua plataforma de vendas on-line. Procure no site, ou pergunte ao SAC, quais as garantias de segurança oferece na compra virtual.

3. Avalie o conteúdo

Muitos sites de operadoras e de escolas são riquíssimos em informações sobre os cursos: há catálogos, vídeos, blogs, e-books e eventos ao vivo para ajudar na escolha e tirar dúvidas. Jamais feche a compra por meio de sites pobres em informações, principalmente sem antes falar com um representante da escola ou da operadora para esclarecer absolutamente tudo sobre o pacote.

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4. Confira outras formas de atendimento

Dá para comprar o intercâmbio pela internet sem falar com um único ser humano. Mas, principalmente para quem vai pela primeira vez, é meio arriscado. “Estudar no exterior é algo que exige muito planejamento. São milhares de opções e on-line fica difícil chegar ao ideal”, lembra Maura Leão, presidente da Belta. “Um curso é algo que vai transformar a vida de alguém e comprar errado on-line pode trazer muitos danos. É muito diferente de apenas comprar uma passagem aérea.” Ou seja, para evitar roubadas ou expectativas frustradas, é fundamental poder falar com alguém antes da compra e ainda saber se vai contar com suporte durante o curso, por quais canais de comunicação e qual o tempo de resposta. Quer negociar diretamente com a escola? Muitas têm atendimento em português – empregam inclusive brasileiros nessa função. Poder negociar na nossa língua dá mais segurança.

5. Tem loja física?

Apesar de venderem on-line, as operadoras ouvidas acreditam na importância de manter uma estrutura física para atendimento pessoal, nem que seja um escritório. Isso dá tranquilidade principalmente quando são os pais que pagam pelo intercâmbio. “É muito comum ter pessoas de diferentes gerações envolvidas no processo de escolha e matrícula numa escola fora do Brasil”, diz Victor Hugo Basegio, sócio-diretor da CI, que tem quase 100 lojas pelo País e desde o início do ano permite fechar a compra do intercâmbio pelo site. Essa talvez seja a maior desvantagem para quem gostaria de comprar direto com a escola: em momento algum vai dar para negociar também pessoalmente.

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