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Raquel Marçal ama viajar e aprender línguas e acha melhor ainda quando pode combinar os dois. Acredita que intercâmbio não tem idade e pretende continuar fazendo até os 80 anos
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Como funciona o Au pair, o intercâmbio mais barato de todos

Entenda os prós e contras do Au pair, programa de trabalho + estudo no exterior que tem um custo-benefício imbatível

Por Raquel Marçal
Atualizado em 27 fev 2017, 14h35 - Publicado em 31 jan 2017, 08h11

Se você gosta de crianças e leva jeito para lidar com elas, ser au pair pode ser a sua grande oportunidade de fazer um intercâmbio. A au pair é uma mistura de babá com irmã mais velha e sua função é cuidar dos filhos da família que a receberá em sua casa. É ela que tem de dar banho, brincar, cozinhar, dar comida, organizar e limpar quartos, brinquedos, cuidar das roupas, levar e buscar na escola, ou seja, tudo o que diz respeito às crianças.

Em troca, recebe uma remuneração semanal, que é de US$ 195,75 nos Estados Unidos, o único país do mundo onde o programa é regulamentado pelo governo. Os States são também o país mais procurado, mas é possível ir ainda para a Europa, onde o valor da bolsa auxílio varia de € 260 a € 380 por mês. É mais do que suficiente para cobrir os custos do programa!

Como funciona

A família paga o salário e garante casa e comida para a babá. Nos Estados Unidos, a au pair trabalha até 45 horas semanais (mas nunca mais do que 10 horas por dia), tem um dia e meio de folga por semana e um fim de semana livre por mês. Também tem direito a 15 dias de férias remuneradas.

Depois de um ano de programa, a intercambista ganha mais um mês para ficar no país e, aí, pode aproveitar para viajar. Estudar é obrigatório: para isso, a au pair recebe uma bolsa de US$ 500 dólares da família. Dá para fazer um curso de inglês ou uma disciplina de seu interesse em algum college local. Na Europa, a carga horária semanal de trabalho é de 30 horas, na Alemanha, e 35 horas, na França, e não deve exceder 6 horas por dia. 

Quanto tempo dura

No mínimo 6 meses, na Europa, e 12 meses nos Estados Unidos. Mas há a possibilidade de extensão por 6, 9 ou mais 12 meses.

Pré-requisitos

É necessário ser solteira e sem filhos, ter ensino médio completo, nível intermediário do idioma, carteira de motorista e no mínimo 200 horas de experiência comprovada com crianças de qualquer idade nos últimos três anos. É preciso ainda ter entre 18 e 26 anos, para ir para os Estados Unidos. Na Alemanha, o limite de idade é de 24 anos e, na França, de 27.

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Quanto custa

Na operadora Experimento, que é representante no Brasil da Au Pair in America (APIA), maior empresa organizadora do programa Au Pair nos Estados Unidos, custa US$ 860 (+taxa da operadora) e inclui passagem aérea de ida e volta aos Estados Unidos, seguro saúde, acomodação em quarto individual e todas as refeições.

Outra empresa tradicional especializada no programa norte-americano é a Cultural Care, do grupo sueco EF. As operadoras World Study e Travel Mate levam também para a Alemanha e para a França (respectivamente US$ 990 e US$ 800, o programa de 12 meses). Os valores não incluem taxas administrativas das operadoras.

Prós

Tem a melhor relação custo-benefício entre os programas de trabalho: você ganha acomodação e alimentação e, no caso dos Estados Unidos, até a passagem de ida e volta. E ainda sobra um dinheirinho para passear.

A intercambista conhece o cotidiano de uma família estrangeira e fala inglês diariamente com nativos.

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Como o programa é regulamentado pelo governo americano, as organizações responsáveis se comprometem a dar todo o suporte necessário aos participantes.

O visto para esse tipo de programa nos Estados Unidos permite estudar e também escolher o curso que se quer fazer.

Contras

Não é para todo mundo: a seleção é rigorosíssima.

É preciso trabalhar duro e dar conta das crianças da casa, fazer serviços domésticos e ter jogo de cintura para lidar com as exigências da função.

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Quem quiser regressar antes do tempo terá de pagar a passagem de volta.

Outras possibilidades

Há outras três alternativas ao programa de au pair tradicional. Na operadora Experimento, quem possui formação na área de educação pode se candidatar ao Extraordinaire, que tem uma remuneração semanal maior. É preciso ter graduação em Pedagogia ou experiência com crianças em instituições de ensino em tempo integral. O salário especial oferecido é de US$ 250 semanais. Para quem quer dar um foco maior na parte acadêmica, há a modalidade Educare, cuja carga horária de trabalho é reduzida (30 horas semanais) e a bolsa de estudos é de até US$ 1.000.

Por fim há o demi pairdestinado a homens e mulheres maiores de 18 anos, interessados em trabalhar com crianças na Austrália. Com duração de 12 semanas, o programa pode ser realizado nas cidades de Brisbane ou Gold Coast e tem como foco o aprendizado do idioma. Para participar, o estudante deve estar matriculado em um curso de inglês com duração de pelo menos 14 semanas, mínimo necessário para receber visto de estudante e a permissão de trabalho no país. 

O participante ajuda nas tarefas de casa e cuida das crianças durante quatro horas diárias, de segunda a sexta e, em troca, recebe a acomodação em casa de família e todas as refeições. Não há a possibilidade de prolongar a estadia, mas, após o término das 12 semanas, o participante pode continuar até o fim do curso na casa da família, desde que os anfitriões sejam comunicados com antecedência.

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Na Experimento, o demi pair custa AU$ 675 (sem as taxas), valor que inclui a aplicação para o Blue Card, documento obrigatório em Queensland para trabalhar com crianças, com validade de três anos. O valor das aulas de idiomas não está incluso, portanto, prepare-se para desembolsar cerca de AU$ 3 800, por 14 semanas de curso.

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