Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
Continua após publicidade

Uma das maiores vinícolas de Portugal fica a 40 minutos de Lisboa

Saiba como é a visita à vinícola Quinta da Bacalhôa, uma das maiores e mais prestigiadas vinícolas portuguesas, que fica a somente 30 km de Lisboa

Por Rachel Verano
Atualizado em 5 mar 2020, 12h42 - Publicado em 1 jul 2017, 19h43

Para bom entendedor, meia palavra basta. E, no campo das artes em Portugal, poucas são tão emblemáticas quanto… Berar… De Berardo. A Coleção que leva o nome de seu mecenas responde por um dos mais aclamados acervos de arte contemporânea do país, em exibição permanente no Centro Cultural Belém, o CCB, em Lisboa.

A chegada à Quinta da Bacalhôa: vinho e arte
A chegada à Quinta da Bacalhôa: vinho e arte (Bruno Barata/Reprodução)

Pois bem. O multimilionário empresário José Berardo, também conhecido como Joe Berardo, tem bom olho (e bolso) tanto para as artes quanto para os negócios. E juntou as duas coisas na Quinta da Bacalhôa, uma das maiores fabricantes de vinhos de Portugal, da qual é o principal acionista desde 1998.

Porta de ares orientais leva à sala de envelhecimento dos vinhos: museu com ares adega - ou seria o contrário?
Porta de ares orientais leva à sala de envelhecimento dos vinhos: museu com ares adega – ou seria o contrário? (Bruno Barata/Reprodução)

A despeito dos 1.200 hectares de vinhedos plantados pelo país, em 40 quintas, a sede dos negócios, a Adega/Museu, em Azeitão (sim, a terra do famoso queijo), é um programaço para quem está em Lisboa ou no Alentejo. A apenas 40 minutos da capital, o passeio une arte, história, degustações e compras (as garrafas aqui saem com desconto).

Continua após a publicidade
A mascote BAC, um imenso bull dog azul: boas-vindas
A mascote BAC, um imenso bull dog azul: boas-vindas (Bruno Barata/Reprodução)

Logo na chegada, quem dá as boas-vindas é a gigante BAC, mascote da casa, uma escultura gigante de um bulldog azul. A visita guiada pela adega inclui a passagem por um encantador acervo de objetos de art nouveau e art déco, peças étnicas africanas e ícones da aclamada cerâmica de Bordalo Pinheiro.

Barricas de carvalho e azulejos históricos: bela combinação
Barricas de carvalho e azulejos históricos: bela combinação (Bruno Barata/Reprodução)
Continua após a publicidade

Na sala de envelhecimento dos vinhos, destaque para a belíssima coleção de painéis de azulejos ibéricos. Os exemplares portugueses vão do século 16 ao 20.

Jardins do Palácio da Bacalhôa: cinco séculos
Jardins do Palácio da Bacalhôa: cinco séculos (Bruno Barata/Reprodução)

O passeio pode continuar no Palácio da Bacalhôa, fundado pela Dinastia de Avis cinco séculos atrás. Cercado de vinhedos e com imponentes toques mouriscos na arquitetura, é dono de ambientes ricamente decorados e tem, ao seu redor, um lindo jardim e uma casa do lago.

Continua após a publicidade
A linda Casa do Lago, no Palácio da Bacalhôa
A linda Casa do Lago, no Palácio da Bacalhôa (Bruno Barata/Reprodução)

Ao fim do percurso vem a degustação. Momento de apreciar delícias como o branco Catarina, o moscatel Bacalhôa ou o premiado tinto Quinta da Bacalhôa, com vista do jardim japonês recheados de esculturas do artista Nizuma, onde fica ainda a árvore Kaki, herdeira da única árvore sobrevivente dos ataques a Nagazaki.

Degustação com vista: as esculturas de Nizuma no Jardim Japonês
Degustação com vista: as esculturas de Nizuma no Jardim Japonês (Bruno Barata/Reprodução)
Continua após a publicidade

Lisboa estará sempre a cerca de 30 quilômetros de distância, mas quem quiser se deixar levar pelos encantos da região vai encontrar sombra, água fresca e bons mariscos nos arredores, na Península de Setúbal. Programinha perfeito para um fim de semana bem relax.

Publicidade
Publicidade