Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Parece o Caribe? Pois esta praia fica aqui, em Portugal

A Praia da Comporta fica a 1h30 de Lisboa, tem mar transparente, areia branca, quiosques elegantes, gente phyna...

Por Rachel Verano
Atualizado em 14 jul 2017, 13h37 - Publicado em 13 jul 2017, 21h07
As estruturas de madeira: superconfortáveis, mas ao preço de uma diária de hotel
As estruturas de madeira da praia da Comporta: superconfortáveis, mas ao preço de uma diária de hotel (Bruno Barata/Reprodução)
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Olhe bem para a foto acima. O título deste post só não é 100% verdadeiro por causa da temperatura da água – o Atlântico, aqui na Europa, é sabidamente vários graus mais frio do que no Caribe. Tirando este “detalhe”, eu diria sem medo: a Praia da Comporta, distante cerca de 1h30 de Lisboa, poderia estar facilmente na Riviera Maya, no México. Nos arredores de Tulum, mais especificamente.

Guarda-sóis providenciais: aqui a sombra custa caro
Guarda-sóis providenciais: aqui a sombra custa caro – leve a canga! (Bruno Barata/Reprodução)

Eu poderia falar isso apenas por causa dos tons da água (que além de tudo é transparente, do tipo que dá para enxergar o pé mesmo com a água no pescoço). Ou por causa do extenso areal branquinho a perder de vista. Mas há outras razões mais. Os cafés badalados. A infra-estrutura master cool com direito a day beds na areia. Os preços (altos) de tudo. Mas sigamos.

A estrutura de praia do bar Mosquito
A estrutura de praia do bar Mosquito (Bruno Barata/Reprodução)

Há tempos que este pedacinho do litoral alentejano nos arredores de Alcácer do Sal é um dos queridinhos da society portuguesa e gringa, que ali ergueu casarões sempre exibidos em episódios do programa Casa Brasileira, do GNT. Foi assim que eu ouvi falar pela primeira vez da Comporta, poucos anos atrás. Mas só agora tive a chance de conferir in loco.

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A vegetação típica da região
A vegetação típica da região (Bruno Barata/Reprodução)

Geograficamente, a região é separada da Península de Setúbal pelo estuário do Rio Sado, na altura de outro balneário famoso, o de Tróia. Para dar exemplos de como o litoral desta zona é encantador, basta dizer que a praia de Galapinhos, eleita recentemente a mais bonita da Europa (aguarde um post aqui em breve!), fica a poucos quilômetros de distância. Assim como a Praia do Meco e a sucessão de praias da Costa da Caparica.

As estruturas de madeira: superconfortáveis, mas ao preço de uma diária de hotel
As estruturas de madeira: mordomia e rede na areia (Bruno Barata/Reprodução)
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Para quem sai de Lisboa, atravessa-se a Ponte 25 de Abril e adentra-se o Alentejo em minutos. O caminho é salpicado de imensos ninhos de cegonhas e, chegando à Comporta, grandes campos de arroz. A vilinha é pequena, de casario caiado de branco. E então vem a praia.

O badalado Comporta Café: música alta e comida boa
O badalado Comporta Café: música alta e comida boa (Bruno Barata/Reprodução)

Bares como o Comporta Café têm infra completa com direito não apenas a guarda-sóis de palha (€ 25 com duas espreguiçadeiras) como a estruturas de madeira com cama dupla, espreguiçadeiras, rede e serviço de praia exclusivo (€ 100 – oi??). A espreguiçadeira avulsa sair por € 5. Mas obviamente quem quiser o seu lugar ao sol basta esticar a canga e ser feliz. De graça.

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O arroz negro com lulas, camarões e amêijoas: inesquecível
O arroz negro com lulas, camarões e amêijoas: inesquecível (Bruno Barata/Reprodução)

Wraps, quiches, vinhos geladinhos, cerveja e coquetéis circulam pela areia. Na hora que a fome bater, o restaurante tem clima de lounge e comida bem boa. O arroz negro com amêijoas, camarões e lulas é inesquecível.

O pôr-do-sol no Comporta: gostinho de quero mais
O pôr-do-sol no Comporta: gostinho de quero mais (Bruno Barata/Reprodução)
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A baía é imensa e as praias vão mudando de nome. Na vizinha Praia do Pego fica outro badalado restaurante: o Sal, que foi eleito em 2015 o melhor bar de praia do mundo pelos leitores da Condé Nast Traveler. Pelo visto o meu segredo da vez foi descoberto faz tempo. Mas nada disso estraga a surpresa do mar mais transparente que eu já tive a chance de ver em terras portuguesas.

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