Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
Douro: a mais antiga denominação de origem de vinhos do mundo
Paisagens de sonhos e ótimos brindes no Norte de Portugal, pertinho do Porto
Por Rachel Verano
Atualizado em 2 set 2019, 16h05 - Publicado em 28 jun 2019, 17h59
O cenário parece desafiar as leis da física. As plácidas águas do Douro, nascido em terras espanholas, desenham curvas suaves ao longo de pouco mais de 200 quilômetros de terras portugueses até encontrar o mar.
Pelo caminho, singram vales profundos e vencem montanhas escarpadas de xisto onde se equilibram, há séculos, os vinhedos que dão origem a uma das mais famosas bebidas fortificadas do planeta: o nobre vinho do Porto (e não só, já que os brancos e tintos da região são dos melhores do país).
Aqui e ali, quintas aristocráticas e vilas suspensas no tempo coroam a paisagem. Vez ou outra, velhos comboios varrem com vagar a paisagem fazendo tudo parecer ainda mais surreal.
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A história é contada da mesma maneira desde tempos imemoriais. Entra ano, sai ano, é do trabalho do homem que vai nascer algumas das maiores pérolas da enologia mundial. Colheita, pisa… tudo ainda é artesanal por aqui.
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Bem-vindos ao Douro, a primeira denominação de origem de vinhos do mundo, decretada pelo Marquês de Pombal nos idos de 1756. Hoje, tudo isso é Patrimônio Mundial.