Um dos ícones do país, a pizza italiana nada tem a ver com a brasileira. E não adianta perguntar qual é a melhor: é tudo uma questão de gosto! Enquanto nós exageramos nas coberturas, lá as pizzas são mais simples, seguindo a máxima italiana de valorização dos ingredientes. Para eles, é importante sentir o sabor da massa, do molho de tomate e de cada item individualmente.
Também não espere encontrar bordas recheadas com cheddar ou catupiry e nem pizzas de frango – tudo isso é invenção de fora. Aliás, os italianos acham estranho misturar qualquer tipo de massa com frango. Outro erro comum é pensar que todas as pizzas italianas são necessariamente individuais, como você verá a seguir:
Tipos de pizza
Tonda – O nome é um encurtamento de rotonda, que significa “redonda” em italiano. Esse é o formato de pizza que nós estamos acostumados, mas em uma versão um pouco menor, com massa bem fina, para ser comida individualmente. Essa é a clássica pizza de Nápoles, mas que também pode ser encontrada por toda a Itália.
A Portafoglio – Como eu já tinha comentado em um post sobre comidas imperdíveis em Nápoles, essa pizza, vendida nas calçadas, é a tonda em uma versão menor, cortada em quatro partes e embrulhadas em um papel. A ideia é tornar a comilança mais fácil enquanto se caminha.
Al Taglio – Nesse clássico de Roma, a pizza é assada em uma forma grande e retangular e, depois, vendida em pedaços quadrados do tamanho que o cliente desejar. Apesar de parecer, não se trata de uma focaccia, que é um pão com cobertura. O costume é comê-la de pé ou andando pela rua, como um lanche rápido. Eu já tinha indicado aqui no blog um lugar em São Paulo que vende justamente esse tipo de pizza.
Alla Pala – Essa também possui formato alongado e também é típica de Roma, mas, ao contrário da al taglio, a alla pala possui as bordas arredondas. A diferença essencial, no entanto, está no modo de comer: a pizza alla pala é vendida inteira, cortada em pedacinhos e compartilhada com mais pessoas. A ideia é ir beliscando enquanto se conversa em um bar, por exemplo.
Alla Milanese – A primeira vez que eu vi essa pizza típica de Milão, lembrei imediatamente da Pizza Hut. Aqui, a massa é mais alta e o queijo vem sempre cobrindo os demais recheios.
Sfincione – Chamada também de pizza siciliana, ela é originária de Palermo e é uma mistura de pizza al taglio com pizza alla milanese. Ou seja, é uma massa alta, assada em forma quadrada, coberta com molho de tomate, cebola, anchova, queijo e orégano.
Calzone – Por fim, a massa da pizza também pode ser usada para cobrir totalmente o recheio, formando uma espécie de pastel. Em Nápoles, essa delícia é frita e recebe o nome de pizza fritta; na Puglia, ela é assada ao forno e se chama pranzerotto; na Sicília, ela pode ser tanto frita quanto assada e recebe o nome de pidone.
Sabores de pizza
Margherita – Reza a lenda que essa pizza foi criada para representar a bandeira da Itália: há o vermelho do molho de tomate, o branco da muçarela de búfala e o verde do manjericão. Verdade ou não, essa realmente é a mais famosa do país.
Marinara – Bastante simples, essa pizza leva apenas molho de tomate, alho, orégano e azeite de oliva – um clássico!
Diavola – Conhecida por ser mais apimentadinha, ela é uma pizza margherita com salame e azeite picantes por cima.
4 Stagioni – Essa é uma boa opção para quem sente falta de pedir uma pizza “meio a meio”. O círculo é dividido em quatro partes, um só com azeitonas, um só com presunto, um só com alcachofra e um só com cogumelos. Em comum entre elas há apenas a base de queijo.
Boscaiola – Muçarela, cogumelos e linguiça. Fiquei chocada com essa combinação, que é saborosíssima!
Capricciosa – Bastante diferente do que vemos aqui no Brasil, ela leva alcachofra, cogumelos, presunto cru e azeitonas pretas.
Parmiggiana – Mistura queijo parmesão e queijo muçarela com berinjela e manjericão.
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