História de San Gimignano
Cidades medievais, cercadas por muros e repletas de construções de pedra, chegam a ser comuns na Toscana. Ainda assim, San Gimignano se destaca de todas as outras. Por fazer parte da Via Francigena, uma rota de peregrinação que ligava o norte da Europa à Roma, a cidade enriqueceu e teve seu apogeu durante a Alta Idade Média, quando a população chegou aos 13 mil habitantes.
Nesse período, as famílias nobres do pedaço ostentavam sua riqueza construindo torres em suas casas. Quanto mais alta a torre, mais poderoso era aquele clã, e a disputa de egos deu origem a 72 “arranha-céus” medievais, o mais alto com 54 metros de altura. Isso até a peste negra assolar a cidade no século XIV e afastar os peregrinos, que eram importantes para a economia local. Resultado: o vilarejo ficou abandonado por séculos e o número de torres reduziu para 14.
A tragédia veio a calhar para nós, turistas. Como a cidade estagnou no tempo e não passou por nenhuma renovação, seu visual medieval é praticamente o mesmo de 700 anos atrás – motivo pelo qual ela foi eleita Patrimônio Mundial da Unesco. Lojinhas de souvenir à parte, suas ruas proporcionam uma boa imersão no passado da Toscana.
Como chegar em San Gimignano
Chegar até ali é simples: partindo de Florença, o trajeto de carro é de pouco mais de uma hora. Quem não estiver motorizado também pode pegar um trem ou ônibus na estação Santa Maria Novella até Poggibonsi. Lá, você terá obrigatoriamente que pegar um ônibus até San Gimignano. Em qualquer uma das opções, a viagem levará cerca de duas horas.
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O que fazer em San Gimignano
Chegando de carro ou de ônibus, é na Porta San Giovanni que você começará o seu passeio pelo centro histórico. Na Idade Média, era por esse portal que os viajantes tinham que passar para entrar em San Gimignano e, nos dias de hoje, é ele quem determina o início da zona exclusiva para pedestres.
Por isso, caminhe em linha reta até chegar na Torre Campatelli. Como eu já expliquei no comecinho do post, as famosas torres medievais de San Gimignano pertenciam às famílias nobres da cidade e algumas eram verdadeiras casas. A Campatelli é a única desse tipo aberta à visitação, então aproveite para conhecer o interior da torre. Só não vá se confundir: a construção é do século XII, mas os cômodos estão decorados com mobiliário mais “novo”, do final de 1800.
Para ver como era a cidade em seus templos de glória, dê uma passadinha no Museo San Gimignano 1300, com uma enorme e detalhada maquete. Mas nada se compara com a visão da charmosa Piazza della Cisterna, que recebe esse nome por ter um poço d’água bem ao centro. Ali, procure pela Gelateria Dondoli, que já ganhou duas vezes o concurso de melhor sorveteria do mundo e não saia de lá sem uma casquinha nas mãos.
Enquanto saboreia o seu gelato, continue o passeio até a Piazza del Duomo, logo ao lado. O “duomo” em questão é a Basilica Collegiata, que pode decepcionar um pouco pela fachada austera. Mas não dê as costas para o monumento ainda! Sua beleza está no interior, repleto de afrescos e quadros que retratam passagens bíblicas.
Na mesma praça fica o Palazzo Pubblico, sede da prefeitura de San Gimignano, e a Torre Grossa, com 54 metros de altura. Essa é mais uma torre da cidade que pode ser visitada, mas saiba que para chegar ao seu topo, que descortina belíssimas vistas da região, é preciso subir mil degraus. Outra opção de mirante, ali perto, é a Rocca di Montestaffoli, antiga fortaleza da cidade.
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