Mochila Pride

A jornalista Ludmilla Balduino leva na mochila uma vontade de percorrer o mundo ocupando as ruas, conhecendo o diferente, conversando com as pessoas e trocando boas ideias
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Aviso: você vai passar por isso ao visitar Belém do Pará

Cinco experiências que você vai ter ao visitar Belém, a capital do Estado do Pará

Por Ludmilla Balduino
Atualizado em 16 set 2021, 16h29 - Publicado em 11 jan 2017, 19h56

Égua, pode anotar: Belém do Pará é uma das cidades mais brasileiras do Brasil. Aqui, parece que mistura indígena, negra e portuguesa ocorreu agora há pouco. E acrescenta-se a essa mistura um jeitinho de interior, de ribeirinho, que faz a cultura regional ganhar um ar de Brasil autêntico.

As pessoas puxam assunto com você, começam conversas sobre o cotidiano delas, como se a gente já fosse amigo de longa data, e ainda dão conselhos sem nem precisar pedir. Vão te dar dicas e te levar pela mão. Ou seja, Belém é muito amor. É muito Brasil.

Na capital paraense, você vai viver experiências únicas. Eu selecionei cinco, que vai por mim, valem a viagem:

1. Você vai sentir o jambu tremer

Dona Onete, cantora do Pará
Dona Onete, a diva paraense (até Joelma raynha perde pra ela, ok, mores?). Crédito: (Divulgação)

Seja misturada na cachaça ou no saboroso pato (ou frango, para quem é mochileiro como eu) com tucupi, você vai sentir a mágica do jambu, a folha de cor verde escura e sabor marcante, na sua boca. O tremor do jambu, como diz Dona Onete, é gostoso demais.

2. Você vai encontrar uma festa muito louca

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Tecnobrega nazoreia! Crédito: (Reprodução/analisedotecnobrega)
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As festas de Belém são um acontecimento que param a cidade. Todo muito vai muito bem vestido e perfumado, e o som tecnobrega domina as aparelhagens – caixas de som gigantescas e poderosíssimas. Os DJs são celebridades. Você vai ouvir falar do Crocodilo. E depois do Crocodilo, não vai ouvir mais nada, porque vai ficar surdo com o som alto a noite toda. Mas vale a pena. Prepare a sua roupa mais coladinha e se joga.

3. Você vai sentir o verdadeiro sabor do açaí

Barca de açaí
Barca de açaí: um sacrilégio!!!! Crédito: (Reprodução)

Sem querer problematizar, mas já problematizando: açaí de verdade não tem xarope, nem banana, nem açúcar. E também não precisa ser tão congelado. Bom mesmo é sentir o gosto dele, aquele gosto forte, terroso. Acompanhado de, no máximo, tapioca em flocos ou farinha. Hum!

4. Você vai catar fruta na rua

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Há mangueiras por todos os lados, há mangas em tudo que eu vejo. Crédito: (Nao Iizuka/Flickr/creative commons)
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Belém deve ser a cidade com o maior número de mangueiras per capita. A cidade é quente, mas as frondosas mangueiras garantem a sombrinha gostosa – e mangas, muitas mangas. Principalmente no verão, quando as frutas amadurecem. E não é só isso. Também tem jambo, aquela fruta com cheiro de rosas e gosto sutil. E tem mais um monte de frutinhas, é só olhar para as copas das árvores.

5. Você vai tomar banho de água doce no mar

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Outeiro: parece tranquilo, mas aqui o jambu treme também. Crédito: (Ludmilla Balduino)

Aproveite que está em Belém para pegar um busão (ou um barco) e vá para uma das prainhas de água doce nos arredores da cidade. Eu, que queria entender como um verdadeiro belenense frequenta as praias, decidi ir em uma que ninguém recomendou (por ser muito “povão”): a Outeiro. Em Outeiro, a 30 quilômetros ao norte da cidade, as pessoas escutam música nos carros na areia da praia, comem churrasquinho, bebem muita cerveja e se banham na água escura da Baía de Marajó. A baía é tão larga que quase não se vê o outro lado. Parece mar, mas é água doce.

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