As bouquinistes
As bouquinistes são as famosas bancas de livros usados enfileiradas às margens do Sena. Essas caixas na cor vert wagon, o verde escuro que é padrão em Paris, fazem parte do imaginário intelectual e cinematográfico da cidade.
Mas para além de fotografar o patrimônio mundial tombado, tire um tempo para olhar os títulos que são um bom recorte dos gostos e dos interesses parisienses há séculos, mais precisamente desde que as bouquinistes vendiam bibliotecas particulares inteiras pilhadas da aristocracia durante a revolução Napoleônica.
Da última vez que estive por lá, encontrei uma série de postais vintage das grandes inundações de Paris de 1910. Inclusive, por estarem a céu aberto, as bouquinistes fecham na chuva. Quando a meteorologia estiver favorável, aproveite as quase 900(!) bancas para uma verdadeira caça ao tesouro de uma ou mais pepitas.
Onde encontrar: na rive gauche (margem esquerda do Sena), do quai de la Tournelle ao quai Voltaire. Na rive droite (margem direita), da ponte Marie ao quai du Louvre.
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Galerie Ciné-Images
Um endereço incontornável para quem é cinéfilo. O lugar é especializado em fotografias e pôsteres de filmes, principalmente da nouvelle vague. Fundada por um crítico e ex-programador do La Pagode, o cinema mais transgressor de Paris nos anos 70 e que fica do outro lado da rua, atualmente a loja é pilotada por um especialista da Cinemateca Francesa. Os preços variam de acordo com o tamanho e a raridade do pôster: de pequenas reproduções em torno de €30 a um valor mais salgado, mas digno de colecionador. Ainda sobre o La Pagode: o prédio é uma réplica de um templo budista (com direito a casa de chá), e o cinema era o preferido de Jean Cocteau. Por ora, o lugar está sendo restaurado, mas é possível apreciá-lo de dentro da loja de pôsteres.
Onde encontrar: 68 Rue de Babylone; saiba mais
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Galeria Continua
Espaço conceito criado por 3 italianos, é a galeria que representa o artista visual francês JR, conhecido pelas gigantes intervenções urbanas de fotografias e ilusão de ótica, e que despontou para o grande público depois de co-dirigir e protagonizar Visages, Villages, o último filme de Agnés Varda, a lendária diretora da Nouvelle Vague.
Na prática, a Continua é um mix com Pop Art, design, livraria e delicatéssen com itens dos países onde a galeria tem filiais, como Havana, Roma, Dubai e até São Paulo. As obras à venda podem ir diretamente na cestinha de plástico colorida típica dos supermercados e passadas no caixa junto com um molho chinês ou um charuto cubano. O formato é uma ironia com o quase inacessível mercado da arte e também uma simpática performance de democratização.
Onde encontrar: 87 Rue du Temple; saiba mais
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Ithaque
A rapidez e a descartabilidade do mundo digital vem alimentando a nostalgia pelo mundo analógico, principalmente entre a Geração X, a última que experimentou a pré-internet. O saudosismo se reflete, principalmente, no fetiche por objetos analógicos, como vinis e câmeras de rolo de filme.
Se a sua paixão é a fotografia analógica, uma tarde no laboratório de revelação da Ithaque é um programão. O acesso é democrático: ela é aberta para profissionais, diletantes ou curiosos que estejam de passagem pela cidade mais fotogênica do mundo.
Localizada no Marais, o bairro com a maior presença de espaços dedicados às artes, na Ithaque é possível aprender os primeiros passos da revelação em uma sala escura e, de quebra, trocar uma ideia sobre o mercado da fotografia na França. Basta agendar com o Alexandre, fotógrafo e galerista que está à frente do espaço.
Onde encontrar: 5, rue des Haudriettes; saiba mais
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Concertos de natal em Saint Germain des Prés
Programa cultural de Natal tipo pacote completo? A dica é assistir concertos de música clássica em igrejas. A experiência pode ser transcendente graças à acústica excelente e ao cenário majestoso. Em Paris, a oferta de concertos de Natal é farta e uma tradição. Mas pelo combo, os mais atraentes são os da lindíssima igreja de Saint-Germain-des-Prés, datada do século VI e também a catedral mais antiga de Paris. Além disso, fica no bairro homônimo, fundamental na cena artística dos anos 70, bem ao lado dos famosíssimos cafés De Flore e Les Deux Magots.
Onde encontrar: 3 place Saint‐Germain‐des‐Prés; saiba mais
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