1) Museu da Gente Sergipana – Aracaju (SE)
Inaugurado em 2011, vem a ser o percursor dos museus interativos no Nordeste, surfando na onda dos paulistanos Museu da Língua Portuguesa e Museu do Futebol. O menor estado do Brasil ganhou uma homenagem completamente oposta, um museu de proporções maiúsculas.
Aliás, uma das coisas mais impressionantes é de que, mesmo sendo um estado pequeno, a diferença nos sotaques é bastante presente – você nota isso em um mapa desenhado no átrio, exibindo o estado separado pelas regiões com fones de ouvido mostrando o jeito falado em cada canto de Sergipe.
A partir de uma simples pergunta, um feirante virtual diverte os visitantes que podem barganhar o preço de uma mercadoria, uma atitude típica das feiras nordestinas. Para entrar em contato com a fauna e flora sergipana, basta entrar no túnel interativo. Colocando o esqueleto para trabalhar em uma brincadeira de amarelinha, o visitante é apresentado às festas típicas do estado.
Endereço: Avenida Ivo Prado, 398 (Centro). Telefone: (79) 3218-1551
Horários: de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. Sábados e domingos, das 10h às 15h
Preço: grátis
2) Cais do Sertão – Recife (PE)
Um juazeiro junto a recepção serve como senha: você está ao lado do mar, no Recife Antigo, mas fará uma imersão ao sertão. Bastam alguns passos e os sons sertanejos penetrarão com força em seu cérebro. O mais viçoso é o irresistível baião de Luiz Gonzaga, o maior homenageado do interativo museu, que segue a mesma diretriz do Museu da Gente Sergipana, de Aracaju, mas com pegada completamente diferente.
Gonzagão tem a vida contada em painéis e objetos, enquanto sua vasta discografia serve de trilha sonora.
Um curso d’água serpenteia todo o andar térreo representando as águas do Rio São Francisco a levar vida ao interior nordestino. Importante frisar que é apenas uma homenagem, as águas não são do Velho Chico.
Entre as várias instalações, o violento vídeo A Feira, do cultuado diretor Kléber Mendonça Filho, de O Som ao Redor e o recente Aquarius, retrata uma negociação de armas em uma feira nordestina. Se estiver com crianças, deixe-as de fora da instalação, ok!
No andar superior é difícil resistir às cabines onde o visitante pode aventurar-se a cantar os grandes clássicos musicais do sertão em um divertido karaokê – como as cabines são fechadas, o vexame é menor.
Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n (Recife Antigo). Telefone: (81) 3089-2974
Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 13h às 17h
Preço: R$ 10 (grátis às quintas-feiras)
3) Museu do Sertão – Piranhas (AL)
Diferente dos dois museus tecnológicos, aqui é sertão em estado bruto. A começar pela localização, na antiga estação ferroviária de uma linda cidadezinha histórica às margens do Rio São Francisco.
A visita é rápida (não toma mais do que 20 minutos), a distribuição do acervo nas duas salas é meio confusa, mas o valor histórico é inegável. A grande força do museu está na história do cangaço, afinal o bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi dizimado a 12 km dali – aliás quando estiver na região, faça também o passeio Rota do Cangaço, pelo Rio São Francisco até a Grota dos Anjicos – local onde o bando foi emboscado.
Objetos dos cangaceiros e dos volantes (polícia), além de recortes de notícias, são os mais representativos do museu.
Endereço: Rua José Martiniano Vasco, s/n (Centro)
Horários: de terça-feira a domingo, das 8h às 17h
Preço: R$ 2