Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Viena: o que fazer em 1, 2, 3 ou 4 dias

Os museus, cafés, bares e monumentos antológicos de uma das cidades mais clássicas da Europa

Por Adriana Setti
Atualizado em 17 jul 2019, 18h46 - Publicado em 28 jun 2011, 10h55

Relax no Volksgarten: você vai precisar

De antemão, um aviso: a apoteótica capital da Áustria não cabe em 4 dias. Foi o tempo que eu tive, e que muita gente acaba tendo no tradicional roteiro Praga-Viena-Budapeste. Mas demandou um descomunal esforço de estabelecer prioridades e controlar os surtos de ansiedade.

1o Dia

Para entrar no clima, sinta o poder vienense flanando pelo Innere Stadt, o 1o distrito, declarado Patrimônio da Humanidade. É a parte mais antiga e monumental de Viena, onde estão a Ópera, a Stephansdom (catedral de São Estevão), o Hofburg (o Palácio Imperial), a Spanische Hofreitschule (Escola Espanhola de Equitação), o Albertina e os parques Volksgarten e Burggarten, além de vários outros museus.

Em um dia, caminhando freneticamente, dá para passar na frente de tudo isso e ainda sobra tempo para uma olhadinha de canto de olho nas principais ruas comerciais, relaxar nos parques e almoçar no Palmenhaus (que eu descrevo em detalhes neste post). Também dá para fazer alguns pit stops aqui e acolá para um melange, o típico café vienense, porque ninguém é de ferro.

Para jantar, já que o lance é entrar no clima, vale ir no Figlmüller, tradicionalíssimo (e mega turístico, é verdade), famoso por seu schnitzel tiranossáurico (um escalope à típico de Viena) e bons vinhos brancos locais (óóótimos).

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Se for esticar a noite – e já que estamos no clima “clássicos de Viena” –, vá até o Bermuda Dreieck (o Triangulo das Bermudas), perto do canal do Danúbio, onde os turistas se encontram para deglutir baldes de cerveja.

O schnitzel gigante: um dos clássicos vienenses

2o Dia

Você começará a sofrer com o dilema: em quais daquelas trocentas atrações do Innere Stadt vale a pena entrar? Depois de muito pensar e ponderar, fui de cabeça no que é realmente obrigatório e delirei nos três museus do Hofburg: os apartamentos imperiais, a ala dedicada à imperatriz Sissi (uma das figuras mais encantadoras e carismáticas da história austríaca) e as salas que guardam o nababesco tesouro imperial. Definitivamente, imperdível. Com isso, “mata-se” pelo menos meio dia (sendo meio rapidinho).

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Vale entrar em mais algum museu? Ô se vale. Todos valem! Viena não dá ponto sem nó, para nosso desespero! Socorro! Socorro!

Respire fundo e ouça o seu coração (assim de profundo). Nesse momento, tudo passa a depender dos interesses de cada um. Para os fãs da música, principalmente a clássica, a Haus der Musik é um museu encantador e interativo, que promove uma viagem pelo universo das ondas sonoras. Já o Albertina, com seu meio milhão de obras de arte (Socorro! socorro!), tem de Picasso a Rafael. E ainda há os museus judaicos, as igrejas…

Surtou? Desistiu de entrar em mais algum lugar? Então pegue o tram (linha 1 ou 2) e percorra o trecho entre a Rathaus e a Schwedenplatz, que corre paralelo ao Ring (a avenida que delimita o primeiro distrito), babando em seus palácios, casarões, jardins, monumentos e no Stadtpark. Desça perto do terminal de barcos que fazem o link com Bratislava (calma, não precisa fugir para a Eslováquia só porque Viena é demais para a sua cabeça), onde está o café do momento, o Motto & Fluss e também a praia à beira do canal do Danúbio. Se tiver forças, volte caminhando pelo próprio Ring, a avenida mais monumental da cidade.

À noite, assista a algum espetáculo na Staatsoper (a Ópera de Viena: clique aqui para ler o post detalhado) e depois jante o melhor cachorro-quente da cidade com uma taça de champanhe no Bitzinger’s Würstelstand e termine a noite no lendário American Bar, ou Loos, uma instituição.

Secesion: para dar um tempo da Viena aristocrática

3o Dia

Hora de dar um tempo da Viena aristocrática. Tome um bom café da manhã em algum lugar do 6o distrito, como o Phil, e depois explore o Museumsquartier. Nem que seja só pelo social nas espreguiçadeiras do páteo interno. Almoce no Naschmarkt e depois conheça a Secesion, o templo do movimento artístico que rompeu com a academia no fim do século 19 (o edifício tem uma cúpula dourada incrível!). Depois perca-se pela Gumpendorfer Strasse e seus arredores, onde estão lojas de design e roupas de jovens estilistas, cafés badalados e ótimos “lugarzinhos”. A noite pode acontecer por ali, ou no vizinho Spittelberg, no 7o distrito, que consegue ser ainda mais in e menos turístico que o 6o.

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Museumsquartier: nem que seja pelo social

Alternativa: Você não está nem aí para o lado cool de Viena? Então aproveite para conhecer o maior museu da cidade, o Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte) e o Naturhistorisches Museum (Museu de História Natural, que fica logo em frente). Depois vá esfriar a cabeça no Prater, o maior parque da cidade, e sua famosa roda-gigante.

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Torta de maça antes da maratona no Schloss Schönbrunn

4o Dia

Você definitivamente não pode sair de Viena sem conhecer o Schloss Schönbrunn, o palácio imperial mais impressionante da cidade, cercado por jardins à altura. Tome forças para a caminhada traçando a perfeita apfelstrudel (torta de maça) do café do museu.

Agora comece a chorar: é seu último dia de Viena e você ainda não viu os palácios barrocos de Schloss Belvedere, onde está exposta o famoso quado O Beijo, de Gustav Klimt. Você também não foi ao Palais Liechtenstein, onde está a coleção privada do príncipe Hans-Adam II. Você tampouco circulou pelos verdejantes arredores da cidade para provar um belo vinho branco num autêntico heuringen (bar de vinho, alguns anexos a vinícolas)! Não assistiu a uma apresentação na Escola de Equitação Espanhola! E agora? Aproveite o tempo que resta com o que lhe parecer mais interessante e comece a planejar a volta.

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