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Sul da França de trem: dicas para montar o roteiro perfeito

Veja dicas para viajar de trem por Côte D' Azur e pelo sul da França e não passar perrengue com compra de passagens

Por Adriana Setti
16 jun 2014, 16h33 • Atualizado em 3 jul 2017, 20h10
Trem passa por cima de ponte dos arcos em praia de Côte D' Azur, no sul da França
Veja dicas para fazer viagens de trem pelo sul da França com tranquilidade (creative comons/Pixabay)
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  • Fiz uma matéria sobre o sul da França (Provence + Côte D’Azur + Bordeaux) que estampa uma das capas da Viagem e Turismo. Deixando a modéstia de lado, a matéria está linda e destrincha os melhores roteiros para fazer de trem num pedacinho da Europa que certamente está entre os melhores do lugares do mundo.

    A reportagem é completíssima – 26 páginas, meu povo! – mas ainda tenho algumas dicas a acrescentar e algumas cabeçadas do making of a compartilhar com vocês. Comecemos pelo roteiro.

    Todo o glamour de Mônaco
    Todo o glamour de Mônaco ()

    Para fazer a reportagem, passei 8 dias correndo freneticamente para testar os trajetos dentro de cada uma das regiões (Provence + Côte D’Azur + Bordeaux) e também entre elas. Minha viagem foi assim:

    Barcelona > Aix-en-Provence de TGV, o trem-bala (4h18)

    3 noites em Aix-en-Provence

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    Aix-en-Provence > Nice de trem regional até Marselha e depois TGV (um pouco mais de 3 horas, incluindo meia horinha de espera em Marselha)

    2 noites em Nice

    Nice > Bordeaux de trem Intercités, de média e longa distância (9 horas)

    3 noites em Bordeaux

    Bordeaux > Barcelona de trem Intercités até Narbonne e depois TGV até Barcelona (8 horas no total)

    Captura de Tela 2014-06-16 às 17.12.11

    Se você for fazer esta viagem, aqui vão algumas dicas, retoques e observações sobre o meu roteiro:

    Cinco dias é o tempo mínimo ideal para cada região

    Fazer tudo isso em 8 dias foi um ato de bravura. Mas, veja bem: eu estava lá a trabalho e já conhecia a região. Não tente fazer o mesmo! Sul da França é curtição, é calma, é savoir vivre, é vinho. Nada disso combina com correria.

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    Aix-en-Provence não é a melhor base para passeios de bate e volta na Provence

    Aix-en-Provence é linda de morrer, mas tem algumas pegadinhas logísticas para quem viaja de trem
    Aix-en-Provence é linda de morrer, mas tem algumas pegadinhas logísticas para quem viaja de trem ()

    Das três regiões que visitei, a Provence é a mais complicadinha para fazer sobre trilhos. Um exemplo? Aix-en-Provence é seguramente a cidade mais bonita aonde é possível chegar de trem, mas ela tem algumas pegadinhas logísticas. A estação do centro da cidade só conecta Aix com Marselha e outros destinos pouco atrativos.

    A estação de TGV, por sua vez, fica a 18 quilômetros do centro. A melhor solução? Usar Avignon como base para os bate e volta (pra Arles e Nimes, por exemplo) e depois passar alguns dias curtindo só Aix.

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    Entre uma coisa e outra, você pode aproveitar para conhecer Marselha, que fica obrigatoriamente no caminho.

    Bordeaux e Nice são mesmo as melhores bases para passeios de bate e volta em suas respectivas regiões

    Ambas as cidades estão super bem conectadas com os seus arredores, além de serem incríveis e terem acomodações em todas as faixas de preço.

    Nice: além de estratégica, lindíssima
    Nice: além de estratégica, lindíssima (Warner Bros/Reprodução)

    A Côte D’Azur é a mais rápida e fácil para fazer de trem

    Cannes, Antibes, Nice e Mônaco estão entrelaçadas por viagens curtinhas e baratas de trem que passam, no máximo, de meia em meia hora.

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    É a região mais fácil e prática das três para quem viaja de trem. Se você tiver pouco tempo, saiba que é a região que rende mais em poucos dias.

    Subterrâneo de Mônaco: corredores high-tech como esses conectam vários pontos da cidade à estação de trem
    Subterrâneo de Mônaco: corredores high-tech como este conectam vários pontos da cidade à estação de trem ()

    Os ônibus da Lignes D’Azur são o complemento ideal

    Baratíssimos e eficientes, os ônibus da Lignes D’Azur são o complemento quase perfeito para chegar às cidadezinhas da Côte D’Azur que não são cobertas pelas linhas de trem (como a lindinha Eze, por exemplo).

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    Eu digo quase perfeito porque eles são vítimas do seu próprio sucesso: circulam lotados de turistas. “Lotados” não é maneira de dizer.

    Place de la Bourse na cidade de Bordeaux, França
    A Place de la Bourse na lindona Bordeaux (EoNaYa/iStock)

    Os trens na região de Bordeaux são caros

    Levei um sustinho com o preço dos trens regionais de Bordeaux. A viagem de ida e volta de Bordeaux a Saint-Émilion custa € 18,50 – para um trecho que leva menos de meia hora!

    Sainte-Emilion: a meia hora de Bordeaux (ida e volta por € 18,50!)
    Sainte-Émilion: a meia hora de Bordeaux (ida e volta por € 18,50!) ()

    Comprar com antecedência é questão de vida ou morte

    Foi-se o tempo em que dava para improvisar em viagens pela Europa. Hoje em dia, de abril a outubro, os trens circulam lotados e quem deixa para última hora paga caro ou fica de fora.

    Os trens regionais da França (que você usará para fazer os passeios de bate e volta) funcionam como metrô: você paga na hora e viaja em pé se for o caso. Já para os Intercités (longa distância) e TGV (trem-bala), comprar com antecedência é fundamental.

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