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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Previsões furadas que fizemos sobre as viagens pós-pandemia

Avião de máscara para sempre, mais preocupação com a sustentabilidade e outras bolas fora

Por Adriana Setti
Atualizado em 25 mar 2022, 21h14 - Publicado em 25 mar 2022, 16h02

Enquanto estávamos trancados em casa, muitos de nós colocamos o turbante na cabeça e passamos a tentar lidar com a bola de cristal. Eu mesma escrevi bastante sobre como viajaríamos em um futuro pós-pandemia com base em várias análises de tendências de mercado que pipocavam por todos os lados (leia aqui, aqui, aqui e aqui). De fato, rolaram algumas bolas dentro – como as mudanças de hábitos de viagem devido à normalização do trabalho remoto. Mas muitas outras foram parar a linha de fundo. Eis algumas previsões bem furadas que fizemos sobre as viagens pós-flexibilização e aberturas de fronteiras:

Um ser humano melhor

Os mais otimistas apostaram que o sofrimento coletivo da pandemia faria a espécie humana sair do confinamento exercitando a empatia e querendo fazer o bem. Os viajantes teriam mais preocupação com a sustentabilidade e seriam mais conscientes na hora de viajar. O New York Times chegou a dedicar sua lista dos 52 Places de 2022 a “destinos onde os viajantes são parte da solução”. É possível que uma parte muito pequena da humanidade tenha emergido das trevas com esse novo mindset. Mas a maioria quis o quê? Voltar a fazer tudo do jeito de antes.

Voos mais organizados

Cheguei a escrever este post sobre como a pandemia poderia deixar um legado positivo nas viagens de avião. Afinal de contas, as regras para evitar aglomerações eram todas muito racionais: não encochar as pessoas na fila do embarque, desembarcar do avião aos poucos por ordem de assento, só permitir a entrada no aeroporto de quem realmente vai viajar, entre outras… Foi só a coisa dar uma flexibilizadinha que, imediatamente, o espreme-espreme no corredor do avião voltou. Game over.

Classe executiva e hotéis mais econômicos

Com boa parte da vida coorporativa sendo resolvida no Zoom, uma tendência que veio pra ficar, muito se especulou sobre como o buraco deixado pela redução nas viagens coorporativas seria preenchido. Algumas almas ingênuas intuíram que isso poderia fazer baixar o preço das passagens em classe executiva e dos hotéis. Mas, como todo mundo sabe, as tarifas estão nas alturas e, com a explosão do valor do petróleo, a tendência é piorar – e não só no patamar das viagens executivas.

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Aviões com máscara para sempre

Depois de mais de dois anos usando máscara em ambientes fechados, fica mesmo difícil imaginar o dia em que conseguiremos estar sem ela com naturalidade, especialmente no avião, onde tanta gente junta fica fechada em pouco espaço por tantas horas. Mas, no Reino Unido, várias companhias aéreas já derrubaram a obrigatoriedade do uso da proteção e diversas reportagens mostram a maioria dos passageiros viajando sem elas. As autoridades sanitárias dos Estados Unidos devem reavaliar a situação no dia 19 de abril. Dependendo do que for decidido por lá, a tendência é que boa parte do mundo vá pelo mesmo caminho. Você vai aderir?

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