No cantinho mais quente e baixo da Suíça, o Lago Maggiore tem dois pontinhos verdes em meio à sua imensidão azul. Na frente da cidadezinha de Brissago, duas ilhotas abrigam o Jardim Botânico do cantão (estado) de Ticino. E a maior delas, Isola Grande ou St. Pancrazio, é um pequeno paraíso tropical encravado na parte italiana do país alpino.
Entre 1885 e 1928, a Baronesa Antonietta Saint-Léger, russa de origem alemã, ergueu ali uma belíssima vila em estilo neoclássico. E, pouco a pouco, foi transformando a paisagem com plantas exóticas trazidas de várias partes do mundo. Da canela do Himalaia ao gladíolo de Madagascar, passando por árvores da nova Zelândia, tudo está lá até hoje, impecavelmente cuidado, pelos dois jardineiros do lugar, convertido em um jardim botânico público, considerado um dos mais bonitos da Suíça.
Partindo de barco público de Ascona, uma das cidadezinhas mais estratégicas para conhecer a parte italiana da Suíça, visitar a ilha é uma delícia de passeio pra um dia de verão – quando os termômetros passam facilmente dos 30oC. O tour guiado de uma hora (CHF 150) traz informações interessantes sobre a história do lugar e certamente vai agradar os entusiastas das plantas, que podem aprender dicas de jardinagem e buscar inspiração. Quem não está nessa pilha pode fazer a versão resumida de 15 minutos (grátis), ou simplesmente dar uma caminhada tranquila, contemplar, tomar sol e dar uma nadadinha no lago a partir da pequena praia de areia.
Dentro da magnífica vila da baronesa, uma exposição repassa a história do jardim e o ótimo restaurante serve pratos como hambúrguer e ceviche de peixe do Lago Maggiore. O jardim está aberto de abril a novembro.