1o dia
Comece a explorar a frenética capital espanhola pelo seu coração. A Puerta del Sol é o marco zero de Madri: agitadíssima, vibrante e com uma pitada de caos. De lá, siga pela Calle de Postas até a Plaza Mayor, uma das mais lindas do país. Perca várias horas por lá curtindo os músicos e artistas de rua, o sol nos cafés, a milagrosa calmaria no meio do agitadíssimo centro da cidade. Depois, conheça as vielas e bequinhos dos arredores até chegar na Calle Mayor para seguir em direção à Catedral de Almudena. De lá, toque para o Palácio Real, onde recentemente foi instituído um cerimonial de troca da guarda pra londrino nenhum botar defeito. Toda primeira quarta-feira do mês, às 11 horas, a Plaza de la Armería vira palco da Troca Solene da Guarda Real. São 40 minutos de muita pompa, que contam com a participação de 400 pessoas, 100 cavalos, carruagens e banda. Chegue cedo para garantir um espacinho na multidão. Nas demais quartas, turistas e locais se reúnem na Plaza de Oriente para assistir, a cada meia hora, a apresentação dos sentinelas do Palácio vestidos com uniformes do século XIX e, a cada uma hora, a dos ginetes, que dão a volta na casa real. Não deixe de entrar no Palácio para visitar as suas salas mega super hiper pomposas. Do palácio, siga para a Plaza de España, e depois rume à Gran Via a avenida mais movimentada da cidade. Uma vez “dominado” o centro de Madri, você merece umas tapas. Volte para as redondezas da Plaza Mayor e ataque os bares de La Latina, que fervem a partir do final da tarde. O Lamiak e o Txacolí, na Calle cava Baja, são duas ótimas opções.
2o dia:
Você pode distribuir a sua dose de cultura ao longo dos dias ou tentar matar vários coelhos no mesmo dia. Mas jamais deixe de ir a pelo menos dois museus de Madri. Para uma primeira vez, não há dúvidas: o Prado e o Reina Sofia são os mais fundamentais. O Museo del Prado inaugurou uma ala nova gigantesca em outubro do ano passado. O que antes já era um dos melhores museus da Europa e a maior demonstração do poderio cultural espanhol ficou 50% maior, com 22.000 m2 a mais de área de exposições, piso de rocha vulcânica chinesa, passagem ligando o prédio novo ao antigo e peças recém adquiridas. Aos seus muitos Goyas, Velazquez, Botticellis, Rubes e outros pesos-pesados somaram-se jóias como El Toro Mariposa, de Goya. Lá do lado, o Reina Sofia, onde está o Guernica de Picasso, também tem cheirinho de novo, já que passou por uma baita reforma em 2005. Para descansar entre um e outro, estire-se no Parque del Retiro, o Ibirapuera madrileno. À noite, renda-se aos estereótipos espanhóis e assista a um show de flamenco da no Café de Chinitas. Reserve antes e saiba que, sem o jantar (que não é lá essas coisas), o show sai muito mais em conta.
3o dia:
A partir de aqui o seu programa já pode começar a ficar menos turístico. Uma boa é conhecer o novo CaixaForum, um centro cultural recém inaugurado pertinho do Prado. Mais tarde, gaste a sola do sapato entre Chueca e Malasañas, dois bairros da moda. Curta as lojinhas criativas, os restaurantes badalados, os bares e o Mercado de Fuencarral. A Plaza de Chueca é um ótimo lugar para tomar uma cervejinha vendo o vai e vem da galera GLS. A balada por lá também garante a diversão. Faça como os madrilenos e pule de bar em bar a noite toda. (Não, meu povo, isso não é a movida madrilena. A movida foi um movimento baladístico-cultural que rolou após à volta da Espanha à democracia de onde saiu gente como Almodóvar. Ok?)
4o dia: Dê um jeito de passar um domingo em Madri, um dos dias mais agitados da semana, ainda que muita gente possa estar de ressaca de tanta balada (uma especialidade madrilena). O domingão começa com um passeio pelo Mercado del Rastro, onde se vende de tudo, de roupas ultra fashion a quinquilharias da abuela. Depois, o povo emenda nos bares da La Latina, que simplesmente explode de gente bonita e bacana nesse dia. Para finalizar à madrilena, vale ver uma tourada em Las Ventas, uma das praças mais bonitas e tradicionais do país.
5o dia: Ainda agüenta mais um museu? Então vá ao Thyssen-Bornemisza, que foi ampliado em 2004 e tem Caravaggio, Monet e Van Gogh em seu acervo. Depois, curta um dos novos bistronomics, restaurantes com comida de grife a preços fáceis de digerir. Duas boas pedidas são o Edulis (foto) e o Zorzal.