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Madri pela primeira vez: o que ver em dois, três ou cinco dias

Um roteiro de até cinco dias com as principais atrações de Madri, na Espanha

Por Adriana Setti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 Maio 2017, 13h21 - Publicado em 13 Maio 2008, 11h05
Arena de touros de Las Ventas, Madri, Espanha
Arena de touros de Las Ventas, Madri (Thinkstock/Thinkstock)
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1o dia
Comece a explorar a frenética capital espanhola pelo seu coração. A Puerta del Sol é o marco zero de Madri: agitadíssima, vibrante e com uma pitada de caos. De lá, siga pela Calle de Postas até a Plaza Mayor, uma das mais lindas do país. Perca várias horas por lá curtindo os músicos e artistas de rua, o sol nos cafés, a milagrosa calmaria no meio do agitadíssimo centro da cidade. Depois, conheça as vielas e bequinhos dos arredores até chegar na Calle Mayor para seguir em direção à Catedral de Almudena. De lá, toque para o Palácio Real, onde recentemente foi instituído um cerimonial de troca da guarda pra londrino nenhum botar defeito. Toda primeira quarta-feira do mês, às 11 horas, a Plaza de la Armería vira palco da Troca Solene da Guarda Real. São 40 minutos de muita pompa, que contam com a participação de 400 pessoas, 100 cavalos, carruagens e banda. Chegue cedo para garantir um espacinho na multidão. Nas demais quartas, turistas e locais se reúnem na Plaza de Oriente para assistir, a cada meia hora, a apresentação dos sentinelas do Palácio vestidos com uniformes do século XIX e, a cada uma hora, a dos ginetes, que dão a volta na casa real. Não deixe de entrar no Palácio para visitar as suas salas mega super hiper pomposas. Do palácio, siga para a Plaza de España, e depois rume à Gran Via a avenida mais movimentada da cidade. Uma vez “dominado” o centro de Madri, você merece umas tapas. Volte para as redondezas da Plaza Mayor e ataque os bares de La Latina, que fervem a partir do final da tarde. O Lamiak e o Txacolí, na Calle cava Baja, são duas ótimas opções.

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2o dia:
Você pode distribuir a sua dose de cultura ao longo dos dias ou tentar matar vários coelhos no mesmo dia. Mas jamais deixe de ir a pelo menos dois museus de Madri. Para uma primeira vez, não há dúvidas: o Prado e o Reina Sofia são os mais fundamentais. O Museo del Prado inaugurou uma ala nova gigantesca em outubro do ano passado. O que antes já era um dos melhores museus da Europa e a maior demonstração do poderio cultural espanhol ficou 50% maior, com 22.000 m2 a mais de área de exposições, piso de rocha vulcânica chinesa, passagem ligando o prédio novo ao antigo e peças recém adquiridas. Aos seus muitos Goyas, Velazquez, Botticellis, Rubes e outros pesos-pesados somaram-se jóias como El Toro Mariposa, de Goya. Lá do lado, o Reina Sofia, onde está o Guernica de Picasso, também tem cheirinho de novo, já que passou por uma baita reforma em 2005. Para descansar entre um e outro, estire-se no Parque del Retiro, o Ibirapuera madrileno. À noite, renda-se aos estereótipos espanhóis e assista a um show de flamenco da no Café de Chinitas. Reserve antes e saiba que, sem o jantar (que não é lá essas coisas), o show sai muito mais em conta.

3o dia:
A partir de aqui o seu programa já pode começar a ficar menos turístico. Uma boa é conhecer o novo CaixaForum, um centro cultural recém inaugurado pertinho do Prado. Mais tarde, gaste a sola do sapato entre Chueca e Malasañas, dois bairros da moda. Curta as lojinhas criativas, os restaurantes badalados, os bares e o Mercado de Fuencarral. A Plaza de Chueca é um ótimo lugar para tomar uma cervejinha vendo o vai e vem da galera GLS. A balada por lá também garante a diversão. Faça como os madrilenos e pule de bar em bar a noite toda. (Não, meu povo, isso não é a movida madrilena. A movida foi um movimento baladístico-cultural que rolou após à volta da Espanha à democracia de onde saiu gente como Almodóvar. Ok?)

4o dia: Dê um jeito de passar um domingo em Madri, um dos dias mais agitados da semana, ainda que muita gente possa estar de ressaca de tanta balada (uma especialidade madrilena). O domingão começa com um passeio pelo Mercado del Rastro, onde se vende de tudo, de roupas ultra fashion a quinquilharias da abuela. Depois, o povo emenda nos bares da La Latina, que simplesmente explode de gente bonita e bacana nesse dia. Para finalizar à madrilena, vale ver uma tourada em Las Ventas, uma das praças mais bonitas e tradicionais do país.

5o dia: Ainda agüenta mais um museu? Então vá ao Thyssen-Bornemisza, que foi ampliado em 2004 e tem Caravaggio, Monet e Van Gogh em seu acervo. Depois, curta um dos novos bistronomics, restaurantes com comida de grife a preços fáceis de digerir. Duas boas pedidas são o Edulis (foto) e o Zorzal.

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