Seria muita pretensão fazer um dossiê completo sobre uma cidade na qual passei 48 horas. Foi a minha primeira vez na Croácia, numa parada relâmpago a caminho de uma viagem balcânica que tem como foco Montenegro e Albânia? Por que? Porque a Croácia já era em termos de “rota alternativa”. Para ser aquela chata a dizer “eu vim pra cá antes de bombar”, decidi subir os primos pobres Montenegro e Albânia na lista de prioridades e deixar para aprofundar na Croácia em qualquer outro momento da vida. Bom, mas vamos ao que interessa:
1. Dubrovnik é uma surra de beleza. Um daqueles lugares aonde você deveria ir antes de morrer. Assim de dramático.
2. Cercada por muralhas poderosas, a cidade realmente merece o seu apelido clichê de “pérola do Adriático”. Ela brilha, literalmente, com a luz que reflete no piso de mármore.
3. O centro histórico é impecável, preservado, florido e muito único. Parte do seu charme é fruto dos muitos becos em desnível. Prepare-se para subir MUITAS escadas. Quem tem problemas no joelho, pouco fôlego ou muita preguiça não vai dar conta de conhecer os confins de Dubrovnik.
4. A grande maioria dos casarões do centro histórico é ocupada por hotéis, lojas, restaurantes, bares e afins. Entre isso tudo, Dubrovnik passa longe da “vida real”, se é que você me entende.
5. Quem ainda acha que a Croácia é “Mediterrâneo alternativo” levará um susto em Dubrovnik. Hordas de turistas circulam entre as muralhas medievais da cidade. Os locais com quem conversei JURAM que agora (segunda quinzena de setembro) o lugar está uma tranquilidade só. Então, tenho pânico de imaginar isso em agosto e me atrevo a dizer que evitar a alta temporada é questão de sobrevivência.
6. Europa sem euro é baratinha? Não, senhor. Dubrovnik é mais cara do que Barcelona. Gastei cerca de € 30 (por cabeça) para jantar em restaurantes razoáveis (longe de soltar rojões) e fiquei abismada com o preço das atrações (tipo € 15 para subir nas muralhas!). No centro histórico, é difícil conseguir acomodação decente por menos de € 60.
7. Dito isso, subir nas muralhas vale cada euro. Num circuito de 3 quilômetros que sobre e desce (prepare os joelhos) por escadas, você dá a volta completa no centro e tem vistas impressionantes.
8. Nos arredores da cidade há algumas praias. Agora, definamos praia. Para o croata, a palavra é sinônimo de algum lugar que dê acesso ao mar, seja ele de areia, de pedra ou de cimento.
9. As praias mais convencionais são de pedrinhas e, ainda que não sejam as mais belas da Croácia, quem se importa com isso? Mergulhar no Adriático cristalino e cor de esmeralda é uma experiência de vida. Em poucos lugares vi um mar tão claro e calminho, ideal para nadar ou passear de caiaque.
10. Mesmo nos arredores do centro, tudo é muito organizado, florido e bonitinho. O caminho até o aeroporto é um primor, ladeado de ciprestes (muuuitos ciprestes) e com mirantes matadores.
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