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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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África do Sul: Route 62, a rota do vinho mais longa do mundo (ou não)

Correndo pro abraço na vinícola Van Loveren     Continua após a publicidade Vinhedos e canteiros de flores: a típica combinação da Route 62 Entre uma degustação e outra, o dogma de que a Route 62 é a rota do vinho mais longa do mundo chegará até você. Não sei de onde saiu isso, nem […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h39 - Publicado em 27 mar 2014, 20h45
Correndo pro abraço na vinícola Van Loveren

Correndo pro abraço na vinícola Van Loveren

 

 

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Vinhedos e canteiros de flores: a típica combinação da Route 62

Vinhedos e canteiros de flores: a típica combinação da Route 62

Entre uma degustação e outra, o dogma de que a Route 62 é a rota do vinho mais longa do mundo chegará até você. Não sei de onde saiu isso, nem se é algo científico – tive a impressão de que as vinícolas se concentram numa área relativamente compacta. Mas o fato é que o trajeto (que, na verdade, é uma soma da R60 com a R62) é a maneira mais apoteótica de “descer” da região das winelands, onde estão as famosas cidadezinhas de Stellenbosch e Franchhoek, até a Garden Route, no litoral.

 

Comparando as duas regiões, eu diria que a Route 62 é menos muvucada e que a grande maioria dos turistas por lá é sul-africana, enquanto em Franschhoek predominam os estrangeiros. Justamente por isso, o preço dos restaurantes e das acomodações é muito mais barato. Detalhe curioso (que já tinha sido mencionado por uma amiga sul-africana): as doses de vinho nas degustações são mais fartas. Use com moderação. Ou não….

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Quatro tacinhas antes do almoço... é muito bom pra ficar pensando melhor...

Quatro tacinhas antes do almoço… é muito bom pra ficar pensando melhor…

Eu não planejei nada. Estava indo direto de Franschhoek para o litoral e, a meio caminho do Cabo Agulhas (o “fim” da África), vendo que a paisagem já não era a mesma maravilha da região de Cape Town, dei meia volta e dirigi mais três horas até Montagu, uma cidadezinha com a qual tinha encafifado ao ler um guia. Bingo! Eis uma gracinha de lugar, pouquíssimo turístico, que considero a base incontestável para a Route 62.

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Acomodação foi outra bala na mosca. Encontramos um chalé lindinho dentro de um camping (um senhor camping, civilizadíssimo e tranquilo, chamado Montagu Caravan Park), com churrasqueira e terraço à beira de um lago. Um filé sul-africano comprado num supermercado local junto com  um pacotão de lenha, mais um tinto da região e estávamos no céu. Tem nojinho de camping com churrasco? Montagu tem pousadas bacanas e restaurantezinhos pra você também.

 

Terracinho com laguinho em Montagu
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Terracinho com laguinho em Montagu

 

Não planejei mas me dei bem, parte dois. E não é que a vinícola que produz o meu espumante sul-africano favorito ficava bem ali na região, pertinho da vizinha Robertson? Tão imponente quanto seus vinhos, a Graham Beck tem um espaço super moderno de degustação, com uma parede de vidro que dá para um mar de vinhedos.

 

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Trabalhos abertos na Graham Beck

Trabalhos abertos na Graham Beck

Espumante à parte, o filé da Route 62 é a quebrada R317, uma estradinha florida onde as vinícolas se enfileiram. Ali, paramos para almoçar na ótima Van Loveren, que tem o restaurante mais disputado da redondeza: bom, barato, despretensioso e animadinho. Do que mais você precisa?

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