San Sebastián é um daqueles gloriosos lugares do mundo onde comer mal é uma façanha: encontrar um prato feito nas coxas é uma tarefa que exige empenho, principalmente se estivermos falando dos pintxos, a famosíssima alta cozinha em miniatura que é a marca registrada do País Basco.
“Ir de pintxos” é todo um ritual. Pede-se uma bebida (a oficial é o txacoli, um vinho levemente espumante) e um pratinho. Daí você mesmo se serve do balcão e mostra ao garçom, que conta os quitutes sem muito rigor científico. Os bares também têm uma carta de pintxos quentes e preparados na hora: e é aí que estão os melhores.
Enquanto os do balcão tendem ser mais grosseiros, os que saem direto da cozinha são as especialidades da casa – aqueles que participam dos famosos concursos organizados na cidade e em todo o País Basco.
A maioria dos bares se concentram no centro antigo, onde a boa é provar um quitute em cada um até cansar. De antemão, um aviso: satisfazer apetites vorazes pode sair caro, já que os pintxos mais elaborados custam entre € 2 e € 4, sendo que qualquer pessoa minimamente gulosa traça 8 ou 10 fácil, fora a bebida.
Já fui a San Sebastián em várias ocasiões e cada vez saio de lá com um bar favorito. Dessa vez, o eleito foi o Rojo & Negro, que fica no centro (na parte mais moderna), afastado da área mais turística. Anote aí: Calle San Marcial, 52, 94/343-1862.
Detalhe que não entendo: é praxe jogar todos os guardanapos (e alguns palitinhos de pintxos surrupiados quando o garçom deu as costas) no chão. Por motivos que a razão desconhece, os bares se recusam terminantemente a ter um lixo.
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