Por Adrian Medeiros
Atualizado em 18 jun 2024, 12h39 - Publicado em 26 out 2011, 16h51
O Salar de Uyuni, o maior mar de sal do mundo, é uma das grandes maravilhas da natureza da Bolívia. Com mais de 10 mil quilômetros quadrados e localizado a cerca de 3500 metros de altitude, é um importante pólo turístico para região, assim como fonte de minerais como lítio, magnésio, potássio e sódio, muito sódio (Thinkstock/)
1/23 O Salar de Uyuni, o maior mar de sal do mundo, é uma das grandes maravilhas da natureza da Bolívia(Thinkstock)
2/23 Com mais de 10 mil quilômetros quadrados e localizado a cerca de 3500 metros de altitude, é um importante pólo turístico para região, assim como fonte de minerais como lítio, magnésio, potássio e sódio, muito sódio (Carina Castro)
3/23 Na época de chuvas, no início de ano, o deserto de sal fica encharcado e gera várias ilusões de ótica (Thinkstock)
4/23 A Isla del Pescado, ou de los Pescadores, é uma elevação sobre o Salar de Uyuni. Uma de suas principais características são os pés de cactos gigantes, que podem chegar a mais de 10 metros de altura (Thinkstock)
5/23 Localizado a 4000 metros de altitude, a Laguna Verde possui esse tom por conta de traços de cobre oxidados. O vulcão Licanbur é um dos muitos que pontilham o altiplano boliviano (Thinkstock)
6/23 A Laguna Colorada, no altiplano boliviano, é uma das grandes atrações entre a região de San Pedro de Atacama e o Salar de Uyuni (Ville Miettinen/Wikimedia Commons)
7/23 A Laguna Colorada, no altiplano andino, possui uma grande variedade de animais, como flamingos, vicunhas, lhamas e pumas (Thinkstock)
8/23 Bandeiras de vários países enfeitam a entrada de um antigo hotel de sal desativado; o lugar é uma das paradas da viagem pelo deserto boliviano (Creative Commons/Flickr/nicokaiser)
9/23 Quem visita o Salar de Uyuni precisa levar boas câmeras e boas ideias para brincar com as ilusões de ótica que o deserto de sal provoca (Creative Commons/Flickr/patrick_nouhailler)
10/23 É preciso estar em um carro 4x4 para percorrer o Salar; o indicado é visitar as agências na cidadezinha de Uyuni, na entrada do parque nacional, que oferecem passeios com hospedagem e comida inclusos (Creative Commons/Flickr/cadampol)
11/23 Uma das primeiras paradas do passeio pelo Salar de Uyuni é o cemitério de trens, na saída de Uyuni (Creative Commons/Flickr/patrick_nouhailler)
12/23 Crianças brincando no cemitério de trens em Uyuni, Bolívia (Valéria Soares Silvestre/Sua Foto)
13/23 O cemitério de trens tem um cenário perfeito para fotos (Thinkstock)
14/23 A imensidão do Salar do Uyuni, na Bolívia, é apenas uma das primeiras constatações do passeio; um tour de dois ou três dias ainda percorre lagunas com flamingos, vulcões e lugares com formações rochosas impressionantes e plantas exóticas (Nathaly Pinheiro Silva/Sua Foto)
15/23 O Salar de Uyuni, na Bolívia, em época de seca (e frio) (Claudio Antonio Castro de Orte/Sua Foto)
16/23 No período chuvoso do verão, o Salar leva os viajantes ao paraíso. Saturada por centímetros de água, a maior planície de sal do mundo reflete as nuvens – e céu e chão parecem uma coisa só. Considerando a altitude do lugar (são uns 3 650 metros), é a experiência mais próxima do celestial a que um pobre e pecador turista pode chegar (Kazuyoshi Nomachi/Corbis/Latinstock)
17/23 Arbol de Piedra, no altiplano da Bolivia, faz parte do passeio pelo Salar do Uyuni; há várias pedras lascadas pelo vento e pela areia nesta região, e a mais famosa é a da foto (Thinkstock/Thinkstock)
18/23 Laguna Verde, no Salar do Uyuni, na Bolívia, quase fronteira com o Chile, com o vulcão Licancabur ao fundo (Thinkstock)
19/23 A Ilha Incahuasi, no Salar de Uyuni, é povoada por cactos com séculos de idade, com espinhos tão compridos que assoviam com o vento forte (Thinkstock)
20/23 O Salar de Uyuni e a Isla del Pescado, ao fundo; as ilhas são povoadas por cactos antigos e provam que o lugar já foi, mesmo, um mar (Thinkstock)
21/23 Durante o pôr do sol, devido à altitude boliviana, o turistas se sentam mais perto do astro-rei. O céu é geralmente limpo, e proporciona momentos mágicos de extrema luminosidade dominando um horizonte que não acaba nunca. Momento imperdível para quem viaja pelo território boliviano (Thinkstock)
22/23 Para aproveitar o dia, é preciso acordar com o nascer do sol para percorrer as imensas dimensões do Salar de Uyuni, Bolívia (Claudia Lanfredi/Sua Foto)
23/23 Flamingos são presença constante nas lagunas do altiplano boliviano; na foto, um bando se exibe na laguna Hedionda (que tem este nome porque exala um cheiro forte) (szeke Creative Commons)
A travessia por essa região localizada a (distantes) 600 km de La Paz é um dos roteiros turísticos mais bem sucedidos de toda a Bolívia e atrai, durante todo o ano, visitantes estrangeiros em busca de experiências exclusivas em terras sul-americanas. Seja durante o inverno, quando aquela imensidão branca ameaça cegar os olhos dos desavisados, ou nos meses de verão, quando degelo e chuvas formam uma lâmina que reflete um céu sem fim, o Salar de Uyuni é sempre garantia de boas imagens.
A melhor forma para conhecer esse deserto de sal de 12 mil km², resultado da evaporação de antigo lagos a 3600 metros de altitude é contratar os diversos tours comercializados na pequena Uyuni, cidade que serve como base e ponto de partida para quem vai cruzar a imensidão branca em uma viagem de 4 dias de duração que termina na fronteira com o Chile, bem na boca do Deserto do Atacama. O roteiro costuma ter início a 1 km do centro do povoado, onde está o Cemitério de Trens que guarda sucatas de vagões abandonadas por empresas europeias que tentaram explorar a região. O cenário rende boas imagens. Dali para frente, o asfalto será uma imensa placa branca de sal e o céu como horizonte. Em Colchani, o sal é protagonista e está presente nos trabalhos artesanais feitos por locais e nas peças de um pequeno museu. A próxima parada, uma das mais aguardadas de todo o roteiro, é na Isla Incahuasi, cujos destaques são os cactos gigantes que chegam a ter mais de 10 metros de altura.
ROTEIROS E AGÊNCIAS
Cada agência costuma desenhar um roteiro diferente para cruzar mais de 800 km até a fronteira com o Chile, mas todas incluem atrações de tirar o fôlego como interiores de cavernas que guardam resquícios de quando a região era um grande mar; gêiseres e piscinais termais a quase 5 mil metros de altitude; e uma visita à Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Avaroa onde lagoas de impressionantes tons cromáticos fazem jus a nomes como Laguna Verde e Laguna Colorada.
Os tours incluem transporte durante todo o trajeto, alimentação (se você for vegetariano, algo bastante comum entre estrangeiros que visitam a região, avise a agência com antecedência) e hospedagem em pequenos estabelecimentos locais. As agências costumam assumir alguns trâmites para quem vai passar para o lado de lá da fronteira, como compra de passagens de ônibus e até hospedagem. Se você pretende seguir para San Pedro do Atacama no final do quarto dia, avise com antecedência o guia. Se for possível, organize sua viagem para ter início em território boliviano, cujos tours são mais em conta do que na super hiperflacionada San Pedro.