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São Paulo recebe exposição imersiva sobre Monet

A mostra reproduz cenários da vida do pintor e ensina de forma interativa sobre as técnicas impressionistas

Por Bruno Chaise
Atualizado em 17 set 2021, 19h08 - Publicado em 18 ago 2021, 12h58
Exposição Monet
A exposição inédita é dividida em oito salas temáticas. Crédito: (As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação)
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Em cartaz desde o dia 13 de agosto no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, a exposição interativa Paisagens Impressionistas de Claude Monet – Uma Experiência Sensorial imerge os visitantes nas cores e nas técnicas utilizadas pelo pintor francês. Com trilha sonora composta pelo paulistano Alexandre Guerra, o espaço de 380m² é dividido em oito salas temáticas que remetem à Belle Époque, período de cultura cosmopolita que perdurou na Europa do fim do século XIX ao início da Primeira Guerra Mundial. 

A visita começa pelo “Ateliê“, que reproduz o espaço em Giverny, na Normandia, onde o artista recebia os seus convidados. A exposição continua por uma calçada inspirada na Rue de Paris”, com vitrines cenográficas que vão dando o tom da sala seguinte, o “Café dos Impressionistas“. Ali, a referência é o Café de la Nouvelle-Athènes, local na capital francesa onde Monet e outros jovens pintores como Renoir, Pissarro e Cèzanne se reuniam para discutir arte. 

Monet primeira sala
A sala que reproduz o ateliê de Monet é decorada com alguns de seus quadros mais famosos. Crédito: (As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação)

A sala Estilo e Técnica”, na sequência, mostra como a evolução dos materiais, o uso da tinta a óleo e o pincel chato influenciaram o trabalho dos impressionistas. O espaço também chama atenção pelo predomínio das cores vibrantes, que Monet começou a usar cada vez mais depois que foi diagnosticado com catarata nos dois olhos em 1907, e pela referência à Catedral de Rouen, que o pintor retratou em diferentes horários e estações do ano em 50 telas diferentes. 

A incidência da luz captada com maestria nos quadros do artista é o tema da sala Variações do Monte de Feno”. Inspirada na obra “Meules”, que foi leiloada pelo valor recorde de US$ 110 milhões em 2019, ela utiliza um jogo de luzes em constante mudança para mostrar os diferentes tons de um campo de feno.

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Exposição Monet
A sala “Variações do Monte de Feno” faz referência a obra “Meules”, em que o pintor abordou as diferentes tonalidades causadas pela incidência da luz. Crédito: (As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação)

A exposição fica um pouco mais sombria no Túnel”, uma alegoria da incessante busca pela perfeição e outros conflitos internos que Monet vivenciou em sua vida, mas logo retoma a sua leveza em “Imersão na Paisagens”, onde espelhos e projeções fazem você se sentir dentro das telas do impressionista.

O percurso termina na “Ponte do Jardim Japonês”, que simboliza um momento de virada na vida do artista: ao ganhar cem mil francos na loteria, Monet conseguiu comprar uma casa em Giverny e construir o Jardin D’Eau, de inspiração japonesa. A sala representa esse lugar, com direito a uma ponte cenográfica e aroma de flores no ar. 

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Exposição Monet, última sala
A sala “Ponte do jardim japonês” traz o aroma dos jardins de Monet. Crédito: (As Paisagens Impressionistas de Claude Monet/Divulgação)

A exposição, de curadoria da Karina Israel e Patrícia Secco, ficaria em cartaz até o dia 19 de setembro, mas foi prorrogada até dia 26 de setembro devido ao grande sucesso. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla ou na própria bilheteria do Shopping Pátio Higienópolis e custam R$ 40 (estudantes, idosos e crianças até cinco anos pagam meia entrada). Os horários de visitação são de segunda a sábado, das 10h às 21h30, e nos domingos e feriados, das 12h às 20h. 

O mais célebre dos impressionistas

Claude Monet nasceu em Paris em 1840, mas mudou-se com a sua família para a região da Normandia aos cinco anos de idade. Ele só retornou à capital francesa aos 17 anos, graças à ajuda financeira de uma tia, para estudar pintura. Embora tenha tido problemas de visão causados pela catarata nos dois olhos, o artista continuou pintando telas até a sua morte aos 86 anos. A casa em que ele passou os seus últimos momentos, em Giverny, foi transformada no museu Fondation Monet. Foi através do quadro de Monet “Impressão: Nascer do Sol” que o termo “impressionismo” passou a ser utilizado para definir o movimento artístico que surgiu no final do século XIX, marcado pela decomposição das luzes e cores do momento exato de uma cena. 

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