Ubatuba: Ilha Anchieta agora tem hostel e restaurante
A ilha foi presídio de segurança máxima e por décadas era visitada em passeios de um dia. Agora é possível pernoitar
A mais nova opção de hospedagem em Ubatuba tem uma localização especial: a Ilha Anchieta, que no Litoral Norte só perde em tamanho para Ilhabela. Em seus 17km de extensão existem sete praias, quatro trilhas – e também as ruínas de um antigo presídio de segurança máxima. A penitenciária foi palco de uma rebelião de detentos, que a levou a ser desativada em 1952. Depois de passar alguns anos com seu destino incerto, a ilha foi transformada em parque estadual e teve suas ruínas abertas à visitação em 1977.
Atualmente, a Anchieta é de responsabilidade da Fundação Florestal, órgão do Governo do Estado de São Paulo que concedeu a permissão de uso privado para operação de serviços turísticos na ilha por dez anos.
A vencedora da permissão foi a empresa Ebram Fiore, que é dona do hostel Green Haven na praia do Perequê-Açu, também em Ubatuba.
O primeiro passo foi apresentar um plano de preservação do ecossistema local. Raios solares são a principal fonte energética do lugar e foi implementado um sistema que emprega processos físicos, químicos e biológicos para remover todas as cargas poluentes do esgoto, garantindo que a água retorne ao ambiente em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.
Hospedagem
Em setembro de 2023, foi a vez de inaugurar o Green Haven Ilha Anchieta. As instalações ficam em três edifícios históricos na Praia do Sapateiro, que recebem até 70 pessoas em acomodações compartilhadas e privativas.
São sete dormitórios compartilhados para até 28 pessoas, que compartilham uma área com sala de estar, lavandaria e churrasqueira. As diárias giram em torno de R$ 150 por pessoa com o café da manhã incluído.
Dentre as acomodações privativas, existem opções para duas, três, quatro e seis pessoas. As diárias partem de R$ 500 por casal, também com café da manhã incluído.
Todas as reservas devem ser feitas pelo site do Green Haven Ilha Anchieta.
Passeios
A Ilha Anchieta é repleta de cantinhos que merecem ser desbravados. Alguns passeios podem ser feitos por conta própria, enquanto outros exigem o acompanhamento de monitores.
Não é preciso de guia para visitar as Ruínas do Presídio e a Capela Bom Senhor Jesus da Ilha Anchieta. Tampouco para fazer a Trilha da Restinga, que passa pelo antigo cemitério da ilha, pelo Rio das Palmas e pela Praia das Palmas.
Já as trilhas do Saco Grande, da Represa e da Praia do Sul exigem a contratação de um guia credenciado. É preciso agendar o passeio com antecedência aqui.
A equipe do Green Haven também oferece aluguel de caiaques, pranchas de stand up paddle e equipamentos para mergulho.
Alimentação
A Lanchonete Tapira foi construída em uma das ruínas. No cardápio, há opções para um lanchinho rápido, como as fatias de torta (R$ 20) e os pastéis assados (R$ 18). Mas os visitantes também encontram pratos típicos da culinária caiçara. É o caso do “tapira” (R$ 85), que combina peixe da época frito, purê de banana verde, arroz com brócolis, salada e molho de juçara (o fruto da palmeira juçara, nativa da Mata Atlântica, que lembra muito açaí).
A previsão é que em 2024 seja inaugurado um restaurante na antiga casa do diretor da penitenciária.
Serviço
Saindo do píer do Saco da Ribeira, a viagem de lancha até a lha Anchieta leva pouco mais de 10 minutos. Já a viagem de escuna, cerca de 30 minutos. Há embarcações credenciadas que também partem da Praia da Enseada, Itaguá, Lázaro e Toninhas. Veja a lista de empresas que realizam a travessia aqui.
Para passar o dia na Ilha Anchieta, é preciso pagar uma taxa de R$ 19 por pessoa. O valor já está embutido nas diárias do Green Haven, que custam a partir de R$ 150 por pessoa nos quartos privativos e R$ 500 por casal nos compartilhados. Não hóspedes devem pagar a taxa antecipadamente pelo site do hotel.
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