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Como é a exposição de longa duração do Museu do Amanhã

Com mostras imersivas e sensoriais, museu faz público refletir sobre futuros possíveis

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 28 jul 2024, 07h55 - Publicado em 27 jul 2024, 20h00

No centro do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã fala de sustentabilidade e convivência entre espécies, mas é uma instituição de ciências diferente: usa o passado para pensar em como será a vida nos próximos 50 anos. A ideia que o presente determina o futuro e que o “amanhã” pode ser construído hoje são o norte do museu desde a sua inauguração, em 2015.

O belo prédio, inspirado nas bromélias do Jardim Botânico, se projeta em direção à Praça Mauá e conta com espelhos d’água, uma ciclovia e um jardim ao redor. A arquitetura arrojada concebida pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava também tem desenho sustentável: há painéis de captação de energia solar na cobertura do edifício e a água do mar da Baía de Guanabara é utilizada para climatização dos espaços. 

As exposições privilegiam experiências sensoriais e estimulam a imaginação do público, afinal o acervo é praticamente imaterial. Confira as exposições que você pode visitar no Museu do Amanhã

EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO

A exposição permanente dialoga diretamente com o tema do museu ao pensar em futuros possíveis. Cinco perguntas orientam o percurso: “de onde viemos?” é o norte da primeira parte, Cosmos, onde a conexão humana com o universo é abordada. Os visitantes entram em um domo e assistem a uma projeção em 360º que percorre galáxias e a formação da Terra. 

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“Quem somos?” é a pergunta representada por três blocos de sete metros de altura na área Terra. No lado externo dos cubos, há referências ao que é comum a todos os seres humanos, e no lado interno, o que faz a vida ser diversa.

No cubo da Matéria, há 180 fotografias de detalhes da superfície terrestre por fora e, por dentro, imagens do movimento de placas tectônicas, correntes marinhas e a luz do sol, ritmos que regem o funcionamento do planeta. 

Museu do Amanhã, Rio de Janeiro
O cubo da Matéria (Albert Andrade/Divulgação)

O cubo da Vida remete ao DNA por fora e apresenta uma grande variedade de organismos por dentro. Por fim, no cubo do Pensamento, o sistema nervoso ganha destaque no lado exterior, enquanto o interior destaca a diversidade de culturas 

O momento central da exposição é no Antropoceno, que questiona “onde estamos?”. O nome remete à época em que vivemos hoje, a era geológica dos humanos. Para pensar a atualidade, seis totens de dez metros de altura e quatro cavernas apresentam vídeos sobre as consequências das ações humanas para as mudanças climáticas e a vida na Terra. 

Amanhãs leva o público a refletir sobre sustentabilidade, desigualdade social, transformações da biodiversidade em um futuro de cidades gigantescas com hiperconectividade. A pergunta “para onde vamos?” guia o percurso por três áreas — Sociedade, Planeta e Humano — com formato de origami.

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Museu do Amanhã, Rio de Janeiro
O churinga está ao centro da foto (Albert Andrade/Divulgação)

A exposição termina dentro de uma oca perguntando “como queremos conviver nos próximos 50 anos?” na área Nós. O público é levado a pensar sobre o legado que deixará para as próximas gerações e a necessidade de união para que um futuro sustentável seja criado. 

Ao centro da oca, um esguio objeto de madeira é o único item físico que faz parte do acervo do Museu do Amanhã. Trata-se do churinga, um artefato dos aborígines australianos que não tem significado utilitário, mas sim simbólico: serve para associar o passado ao futuro e representar a continuidade da cultura.

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Serviço

Quando? De terça-feira a domingo, das 10h às 18h.

Quanto? R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Ingressos à venda pelo Sympla.

Onde? Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20081-240. É possível chegar de VLT: basta pegar a linha 1 (azul) sentido Aeroporto Santos Dumont ou sentido Rodoviária/Praia Formosa e descer na Parada dos Museus, a 200 metros do Museu do Amanhã.

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