Tiradentes, uma pequena cidade de estilo colonial em Minas Gerais, chama a atenção pelas ruas de pedra, pelo casario colonial e pela qualidade da gastronomia. Lá você pode provar tradicionais receitas mineiras com temperos típicos da região, como as folhas de ora-pro-nobis – uma espécie de cacto trepadeira com folhas.
1. Tragaluz
Em uma construção antiga, no coração do Centro Histórico, fica o Tragaluz. O restaurante de Zenilca de Navarro teve o nome inspirado em versos da própria dona e mantém a poesia por todos os cantos, com velas acesas, paredes de pedra e cardápio inspirado na literatura de cordel.
Mas o que garantiu uma estrela à casa foi a culinária, repleta de criações próprias, ingredientes locais e preparo cuidadoso – tudo é feito na hora, então vá sem pressa para aproveitar o tempo no restaurante. Entre os pratos mais pedidos estão a Pintada Tragaluz (galinha d’angola ao molho de vinho com ravióli de abóbora e cogumelos naturais) e o Tagliateli com Surubim (com molho de tomate enriquecido com creme e manjericão).
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2. Estalagem do Sabor
No Estalagem do Sabor, o dono Vicente Teixeira, que aprendeu a cozinhar sozinho, serve pratos regionais com uma pitada de criatividade nos temperos. Um destaque do cardápio é o Mané sem Jaleco, um mexido de arroz, feijão, couve, bacon, ovos, cebola, lombo e banana. Outro prato saboroso (e bonito) é a Abóbora Real, recheada com carne-seca, queijo do reino, requeijão, Catupiry, bacon e cebola e acompanhada de arroz de taioba e caules de taioba fritos – o prato deve ser encomendado com, no mínimo, um dia de antecedência.
O ambiente simples e aconchegante tem um agradável jardim, onde é possível almoçar em dias de sol. E, se na hora de fazer seu pedido o garçom soltar um “vai nessa”, não estranhe. Esse é Marcílio, uma figura da cidade, que com seu jeito peculiar e carismático conquista a simpatia de quem vai ao restaurante – graças ao bom humor e jeito despojado, ele foi convidado até para participar do Big Brother, mas recusou.
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3. Pau de Angu
Para experimentar um típico almoço no campo, o Pau de Angu, na estrada para Bichinho, é o lugar perfeito: restaurante simples e com culinária estrelada. A construção fica no meio da natureza e tem cara de casa na roça, com galinhas e cavalos passeando ao redor. As receitas servidas completam o clima de sítio. Para começar, experimente a linguiça de pernil feita na casa e servida aberta na chapa, com cebola e pimentão desfiados.
Como prato principal, as opções de receitas mineiras são variadas e bem servidas. O Mineirinho é um prato com lombo, carne de panela e costelinha, acompanhado de arroz branco, tutu, feijão tropeiro, batata cozida e couve. Outra boa pedida é o Filé ao Pau de Angu: mignon na chapa, batatas coradas, couve, arroz, feijão preto e feijão roxo.
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4. Virada’s do Largo
Uma apreciadora da comida e do jeitinho mineiro, Beth escolheu o ditado popular “a pressa é inimiga da perfeição” como lema de seu restaurante, o Virada’s do Largo. Lá a comida é feita na hora e, por vezes, colhida da horta com mais de 60 itens cultivados no quintal do restaurante. Se isso toma tempo, também garante o frescor dos ingredientes, que chegam à mesa bonitos e vistosos.
Os pratos são fruto da criatividade de Beth e da equipe da cozinha, mas sempre com muitos ingredientes e temperos mineiros. Divertida e saborosa, a “Misturinha Chocante” tem filé de frango grelhado, arroz, lâminas de amêndoas douradas, couve e ovos de codorna servidos em uma frigideirinha. Vale também experimentar o “Viradinho da cozinheira”: arroz, couve, bacon, ovo, cebola, feijão, carne serenada e pinhole.
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5. Leitão do Luiz Ney
Um dos pratos mais tradicionais em Minas é o leitão a pururuca e na pousada Villa Paolucci os almoços de sábado com a receita portuguesa viraram um evento à parte. O Leitão do Luiz Ney ficou famoso depois que ele desenvolveu um “pururucador manual”, que consegue pururucar de maneira mais uniforme todo o leitão sem queimar.
A carne é servida na varanda do salão do café da manhã e todos conseguem ver a preparação do leitão. Ali também é montado o bufê de acompanhamentos composto por arroz branco, tutu, batatas, couve, farofa de banana e cebola. Menina dos olhos do almoço, o leitão é úmido e bem crocante, com menos gordura. Antes disso, o suíno é marinado durante sete dias e, então, assado por seis horas. Entre os acompanhamentos, cebola ao vinho tinto, batata com alecrim e couve crispada. Ligue antes para reservar.
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6. Angatu
O chef Rodolfo Mayer chegou a Tiradentes em 2012 para tirar do papel a proposta de um restaurante moderno, de gastronomia contemporânea, diferente da maioria encontrada em Tiradentes. Foi assim que nasceu o Angatu. No ambiente bem decorado e ao som de MPB são servidos pratos como filé mignon grelhado com arroz vermelho integral, pinhão e palmito de pupunha salteado na manteiga e flambado na cachaça prata angatu.
Os ingredientes frescos são quase todos locais e usados de forma criativa nas receitas. Para o gran finale da refeição, nada melhor do que um cafezinho – e no Angatu ele é um capítulo à parte: terra de café e espuma de leite, sorvete de chocolate com avelãs e croutons doces. O café é coado na mesa e servido com um canudinho de doce de leite.
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7. Atrás da Matriz
Como diz o nome, a simpática casa na rua que sobe para o santuário da Santíssima Trindade, fica atrás da Matriz de Santo Antônio e as mesas da varanda têm vista para os fundos da igreja. O ambiente é agradável, à meia-luz e com paredes repletas de quadros. O casal Arlete e Gustavo coordena os cozinheiros Edson e Vânia e o pizzaiolo Alécio no restaurante Atrás da Matriz.
O cardápio tem pratos a base de bacalhau e pizzas feitas em forno à lenha. Entre as receitas do peixe está o bacalhau à pedreira: lombo cozido com tomates sem pele no azeite, acompanhado de arroz com brócolis. Também servem salmão, truta, massas, mignon, frango e pratos infantis.
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